"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mais um inverno sujo em Ouro Preto

Como acontece em todos os invernos, época em que diminui a umidade do ar e aumenta a ocorrência do fenômeno da inversão térmica, os moradores de Ouro Preto, sobretudo os que são vizinhos da fábrica da Novelis, estão sofrendo (e muito) com o pó expelido pelas chaminés de Saramenha.

Todas as manhãs as ruas, pátios, calçadas, carros, telhados, enfim, tudo, fica sujo pelo pó. Os problemas respiratórios aumentam e forma-se fila na Santa Casa para nebulizações e atendimentos de sinusites, rinites e bronquites.

Da direção da fábrica a resposta é sempre a mesma: "estamos obedecendo os padrões impostos pela legislação". Ora, que a legislação é branda todos sabem, mas será que isso justifica o sofrimento da população?

Outro dia um turista passeando a noite pelo campus da UFOP disse: "como essa neblina de Ouro Preto é charmosa!". Prontamente respondi: "você já viu neblina com odor?". Após ouvir a minha explicação de que aquela neblina era, na verdade, uma nuvem de pó das chaminés da Novelis, o turista mostrou-se assustado e concluiu: "como vocês suportam isso?".

No centro histórico não é diferente. No Jardim Alvorada, Pilar, Rosário e Cabeças essa situação absurda é tão visível quanto na Vila Operária, Bauxita e Vila dos Engenheiros.

Qual é a solução? para essa pergunta esperamos uma resposta dos órgãos ambientais e de controle social. O que não dá mais é para fingir que o problema não existe. Investimento é fundamental. Controle rígido e eficaz também.


fotos de 11/07/2012, tiradas na Vila Operária



Nenhum comentário:

Postar um comentário