"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A história do alumínio no Brasil e a importância de Saramenha

Disponível em: "O Explorador",  http://www.oexplorador.com.br/a-historia-do-aluminio-no-brasil/, acesso em 12/12/16.


Na cidade de Ouro Preto (MG) é produzido o primeiro lingote de alumínio do Hemisfério Sul, na fábrica da Elquisa
 (Foto: odetequimica.comunidades.net/Divulgação)

Ano a ano, a história do alumínio no Brasil, que começou em 1913, com a instalação de uma fábrica sem nome, em São Paulo.

1913 - Uma fábrica sem nome inicia, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, a fabricação de artefatos de alumínio, com equipamento inglês.

1916 - Depois de seis meses parada, a fábrica é reorganizada, com o nome de Companhia Paulista de Artefatos de Alumínio (CPAA).

1917 - Registarada a marca Rochedo. A (CPAA) começa a fabricar as primeiras placas de automóveis fundidas, com números rebitados posteriormente.

1919 - Fundada a Estamparia Caravellas, em São Paulo, fabricando cápsulas com patente dinamarquesa.

1925 - A Metalúrgica Matarazzo, em São Paulo, cria uma seção para fabricar utensílios de alumínio, com discos e chapas fornecidos pela Laminação Matarazzo, de Giulio Pignatari.

1933 - Américo Gianetti começa a estudar a viabilidade da implantação de uma fábrica de alumínio na região de Ouro Preto.

1934 - Várias fábricas de artefatos de alumínio já funcionavam no Brasil, utilizando lingotes e chapas importados. A Metalúrgica Matarazzo compra a CPAA e adquiri a marca Rochedo. Américo René Gianetti lança a pedra fundamental, em Saramenha, Ouro Preto, da Eletro Chimica Brasileira S.A. No começo, fabricaria produtos químicos. Numa segunda etapa, alumínio.

1938 - O Governo Federal convida o engenheiro Gianetti a retomar os estudos para a instalação de uma fábrica de alumínio. A Elquisa encomenda, no exterior o equipamento para a montagem de uma usina de fabricação de alumina. A tensão mundial, impede o embarque.

1939 - A Elquisa inaugura a sua primeira usina hidrelétrica: Usina do Salto, no rio Maynart.

1940 - A seção de utensílios de alumínio da Metalúrgica Matarazzo passa a ser propriedade de Giulio Pignatari e ganha um novo nome: Fábrica de Artefatos de Metais Rochedo S.A. Em 31 de dezembro, é fundada em São Paulo a empresa Alumínio do Brasil S.A. – Alubrasil, com capitais da Alcan Aluminium Ltd. (então Aluminium Ltd.), do Canadá, que só iniciaria suas atividades industriais anos mais tarde.

1941 - A Elquisa contrata a compra, nos Estados Unidos, de equipamento para a fabricação de alumínio.

1942 - Tem início, em Saramenha, a construção do conjunto de fábricas e edifícios para a fabricação de alumínio.

1943 - A empresa de Giulio Pignatari passa para seu filho, Francisco Pignatari, que alterou o nome para Companhia Brasileira de Artefatos de Metal (CBAM).

1944 - Entra em funcionamento a segunda hidrelétrica do rio Maynart, a Usina do Caboclo. Começa a funcionar, em caráter experimental, a fábrica de alumina de Saramenha, com capacidade para 10 mil toneladas anuais.

1945 - 26 de março: primeira corrida de alumínio primário no Brasil, em Saramenha.

1946 - Interrompida a produção de alumínio em Saramenha.

1947 - Francisco Pignatari vende o setor de manufatura de alumínio (Rochedo) de sua indústria em Utinga ao grupo canadense Aluminium Ltd., que também comprou a Laminação Caravellas, através da Alumínio do Brasil S.A. – Alubrasil, Alcan Alumínio do Brasil S.A. – ALCAN BRASIL.

1948 - A Alubrasil inicia suas atividades industriais em Utinga, laminando folhas de alumínio e fabricando artefatos da marca Rochedo.

1950 - A Alubrasil, através da Alumínio Minas Gerais S.A. – Aluminas assume o controle da Elquisa, decidindo-se pelo retorno à produção de alumínio em Saramenha. Com isso, a Alubrasil se tornaria a primeira empresa totalmente integrada do Brasil.

1951 - A Aluminas reinicia a produção de alumínio no Brasil, em Saramenha.

1956 - Iniciado o primeiro programa de expansão da fábrica de alumínio primário de Saramenha, concluído em 1958, com capacidade para 18 mil toneladas anuais.

1964 - Protocolados os dois primeiros pedidos de pesquisa na Amazônia, em nome da Bauxita Santa Rita, subsidiária da Aluminas.

1965 - É concedida a autorização para pesquisar bauxita nas áreas de Mathias Sul e Mathias Norte, na Amazônia.

1966 - A Alubrasil passa a chamar-se Alcan Alumínio do Brasil – ALCAN BRASIL. Fundada a Alumínio do Brasil Nordeste S.A. – Alunordeste, a principal subsidiária da ALCAN BRASIL.

1969 - Início das atividades industriais da Alunordeste.

1970 - Iniciado o estudo de engenharia do Projeto Trombetas.

1972 - A ALCAN BRASIL se associa à Petrobras e outros grupos para fundar a Petrocoque S.A.

1975 - A Petrocoque inicia a produção de coque de petróleo, em Cubatão (SP).

1977 - Inaugurada a fábrica de laminados de Pindamonhangaba.

1979 - Início de operação do Projeto Trombetas.

1981 - Início da implantação do laminador a quente da fábrica de Pindamonhangaba.


(Fonte: Veja, 3 de abril de 1985 -– Edição 865 -– ECONOMIA -– INFORME PUBLICITÁRIO – Pág: 124/125)

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