O texto abaixo foi extraído de uma publicação feita no grupo "UFOP" do facebook. Achei bastante interessante e nos leva à uma reflexão sobre a nossa realidade. Aliás, eu já havia provocado tal reflexão aqui no blog em 27/04/2012 na seguinte postagem: http://operarioverde.blogspot.com.br/2012/04/em-outubro-de-2010-o-governo-da-hungria.html
"O rompimento de uma barragem de rejeito da mineração de ferro da
mineradora Herculano, ocorrido ontem em Itabirito, vitimando três
trabalhadores da empresa e causando expressivo dano ambiental, pode ser
apenas o prelúdio de uma fração do que o futuro reserva para Minas
Gerais, caso a atual política de compensações do setor de mineração não
se altere. Essas imensas e perigosíssimas barragens de rejeito estão por toda
Minas Gerais, muitas delas dentro de bacias de importantes mananciais
de abastecimento d’água e, portanto, demandarão monitoramento e
manutenção para todo o sempre. E quando o minério de ferro acabar, quem
proverá ou pagará pela manutenção desse imenso e instável passivo
ambiental? Não acredite neste engodo de que há minério para mais 300
ou 400 anos, pois a duração da jazida depende apenas da velocidade de
sua exploração e a cada dia a tecnologia torna mais rápida a extração do
ferro em Minas Gerais. E quando isso acontecer, o que vai ser de Minas?
Qual o desenvolvimento que o ciclo da Mineração do Ferro terá trazido a
Minas Gerais? Quantos, mundo afora, terão se enriquecido com os metais
do subsolo mineiro e o que terá restado a Minas Gerais? Com a atual
política de royalties da mineração (somente 3% sobre o lucro) quase
nada tem restado a Minas Gerais, além de cenas trágicas como a de ontem
em Itabirito."
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