"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O Realismo Fantástico em Estado Puro da Política Ambiental Brasileira


O Observatório de Política Ambiental é um programa do Laboratório Interdisciplinar de Gestão Ambiental (LiGA) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que visa o fortalecimento da interação dos seus pesquisadores com a sociedade por meio de linguagens e formatos de comunicação amigáveis.

Conheça a página na internet do LiGA: www.liga.ufop.br

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Barcelos abandonado!

A Novelis parece ter abandonado a área do Barcelos, onde antes ficava o galpão. Conforme a foto e o vídeo abaixo, obtidas pelo Blog em 08/09/2017, o antigo galpão foi demolido, assim como todas as estruturas anteriormente existentes. O portão, antes trancado e de acesso controlado, agora fica escancarado para quem quiser entrar. Vale lembrar que se trata de área contaminada e que não pode ser ocupada, nem mesmo por usucapião.

Foto: Operário Verde



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Vem aí o I Seminário de Gestão Ambiental Local

A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Ouro Preto realiza no próximo mês o I Seminário de Gestão Ambiental Local, que irá discutir “Municipalização do Licenciamento Ambiental com Restrição Orçamentária”.

O evento acontece nos dias 26 e 27 de outubro de 2017 na Escola de Minas - Praça Tiradentes. O público-alvo do seminário será composto por gestores, analistas e técnicos de órgãos ambientais municipais de Ouro Preto e da Região dos Inconfidentes. Espera-se até 150 participantes.

O evento será totalmente gratuito. A inscrição pode ser feita até dia 10 de outubro no link: liga.ufop.br/gestaoambientallocal

Mais informações: (31) 3559-3356 - Secretaria Municipal de Meio Ambiente.



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Assembleia Popular é realizada na comunidade de Santa Bárbara, em Miradouro (MG)

Fonte: Grupo "Frente Inconfidentes", no Whatsapp

"A Comissão de Enfrentamento à Mineração na Serra do Brigadeiro realizou, nesta terça, dia 08, uma Assembleia Popular no povoado de Santa Bárbara para debater o modelo de mineração adotado pelo Estado brasileiro e os impactos do avanço da exploração de bauxita na região.

Cerca de 50 pessoas participaram da Assembleia. A comunidade de Santa Bárbara, assim como outras comunidades rurais de Miradouro, está ameaçada pelo avanço da mineradora Companhia Brasileira de Alumínio (CBA/Votorantim) que pretende extrair bauxita na região. Durante o espaço os participantes puderam fazer questionamentos, tirar dúvidas, participar e contribuir na formulação de uma tática para impedir o avanço da empresa.

Para Fernanda Oliveira, do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Miradouro, a assembleia cumpriu o objetivo. “A assembleia é um processo importante de mobilização e ampliação da consciência do povo. Pudemos fazer formação e organizar nosso time para derrotar o inimigo. Nossa região é terra para agricultura, para conservação e turismo, não é espaço para mineradora, por isso, reivindicamos coletivamente que a região seja demarcada como território livre de mineração”, reivindica Oliveira.

A realização das Assembleias Populares são uma iniciativa do Movimento Pela Soberania Popular da Mineração (MAM) juntamente com outras organizações populares, sindicais e pastorais. Nessa quarta, 09, será realizada uma Assembleia Popular na comunidade de Monte Alverne, em Miradouro. Participe você também e some forças nessa luta!"


segunda-feira, 24 de julho de 2017

Mais um inverno sujo em Saramenha

O pó preto da Novelis se foi... mas o pó branco da Hindalco continua firme! neste inverno, em especial, a quantidade de pó sobre a Vila Operária foi enorme, acima do usual. Além disso, o pó veio mais grudento, numa espécie de cola. Os efeitos para a saúde desconhecemos, assim como as razões para o aumento. Especula-se crescimento da produção ou sucateamento da fábrica, mas a verdade mesmo, como sempre, fica lá dentro.


Fotos tiradas na Vila Operária em 22/07/2017 - pó sobre um carro preto

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Dissertação de Mestrado explica como a Hindalco pretende encerrar o uso da Barragem de Marzagão

A Hindalco do Brasil Ltda. tem anunciado que pretende mudar a disposição dos rejeitos produtivos da sua fábrica de Saramenha. Segundo a empresa, ao invés da conhecida lama bombeada para a Barragem do Marzagão, será feita a pilhagem seca do rejeito para posterior remessa, em caminhões, para área contígua à Barragem. Com isso, estaria dispensado novo alteamento da Barragem, reduzindo assim os riscos de eventual ruptura.

Obviamente, a solução apresentada possui efeitos colaterais, como o aumento do trânsito de caminhões pesados pela Av. Américo Renê Gianetti. Por outro lado, reduz o risco de vazamentos na calha do Ribeirão Funil. É preciso, outrossim, aguardar as avaliações dos órgãos ambientais.

Por enquanto, vale a leitura do trabalho acadêmico a seguir "linkado", oriundo do Programa de Pós-Graduação em Geotecnia da UFOP:

http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/7053/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O_Crit%C3%A9riosProjetoSistemas.pdf



terça-feira, 4 de julho de 2017

Feam divulga dados de Inventário de barragens 2016

A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) divulgou nesta segunda-feira (03/07) as informações do Inventário de Barragens 2016. As informações constam das Declarações de Estabilidade de Barragem cadastradas pelos responsáveis de empreendimentos industriais e minerários, que possuem barragens de contenção de rejeitos e de resíduos. A declaração deve ser feita anualmente e está determinada nas Deliberações Normativas do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) 87/2005 e 124/2008.

No ano de 2016, foram cadastradas 737 barragens, das quais, em 724 foram declaradas a condição de estabilidade. Dessas, 94,9% das barragens (687) possuem estabilidade garantida pelo auditor, em 3,2% (23) o auditor não concluiu a condição de estabilidade e em 1,9% (14) o auditor não garante a estabilidade.

Em atendimento ao Decreto 46.933, de maio de 2016, que institui a Auditoria Técnica Extraordinária de Segurança de Barragem e à Resolução Conjunta Semad/Feam 2.372, que estabeleceu diretrizes para realização da Auditoria Técnica Extraordinária de Segurança de Barragens de rejeito com alteamento para montante e para a emissão da correspondente Declaração Extraordinária de Condição de Estabilidade, foram declaradas pelos empreendedores, 61 barragens com alteamento à montante. Dessas, depois de realizados os estudos determinados pela Resolução 2.372, quatro estruturas não tiveram a estabilidade garantida pelos auditores.

Fiscalizações

Com o objetivo de trabalhar de uma forma mais integrada e com uma visão mais abrangente entre diferentes instituições, foram realizadas, em 2016, 39 vistorias, que envolveram equipes da Feam, da Secretaria de Estado de Meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), por meio das Subsecretarias de Fiscalização Ambiental (Sufis) e de Regularização Ambiental (Suram), Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec) e Polícia Militar do Meio Ambiente. “Nessas ações, cada órgão pôde contribuir nas fiscalizações em campo de acordo com sua competência”, disse o diretor de Gestão de Resíduos da Feam, Renato Brandão.

As fiscalizações tiveram como foco as estruturas que não vinham apresentando as declarações de condição de estabilidade na periodicidade correta, além de estruturas com alto potencial de dano ambiental ou as que não apresentaram condição de estabilidade garantida ou sem conclusão pelo auditor. As fiscalizações verificaram, também, as estruturas em que o auditor apontou falta de dados ou documentos técnicos, denúncias recebidas pela Feam e demandas em ações Civis do Ministério Público Federal (MPF).

A campanha de fiscalização realizada em 2016 resultou num total de 309 diferentes estruturas vistoriadas, até novembro de 2016, gerando 94 autos de fiscalização.

Programa

O Programa de Gestão de Barragens de Rejeitos e Resíduos é desenvolvido pela Feam desde 2002 com o objetivo de reduzir o potencial de danos ambientais em decorrência de acidentes nessas estruturas. A Feam lançou em 2008, em ação pioneira no país, o Banco de Declarações Ambientais (BDA). A ferramenta permite cadastrar novas barragens, atualizar dados de estruturas já cadastradas e apresentar a declaração de estabilidade, em ambiente web, o que oferece mais agilidade às ações.

Com base nas informações declaradas, a Feam elabora o Inventário Estadual de Barragens de Minas Gerais. O inventário tem como objetivo apresentar os principais dados do cadastro de barragens, as diretrizes e ações realizadas pela Feam, apontando também a evolução dos resultados obtidos no gerenciamento desde a sua implantação.

Clique Aqui para ter acesso ao Inventário e Lista completos

Milene Duque
Ascom/Sisema