"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Reforma na antiga Redução II e estudo vocacional em andamento: pensando o futuro de Saramenha

O blog Operário Verde recebeu nesta semana por whatsapp as fotos abaixo que mostram um pouco do processo de substituição do piso do galpão da antiga Redução II da Alcan/Novelis. Segundo nos informou o Sr. Roberto Wagner, Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Julião, essa obra é parte de um acordo firmado entre eles, a Novelis e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Federal para transformar o local em um parque industrial para atrair novas empresas. No mesmo acordo está previsto um estudo vocacional da cidade para subsidiar os novos empreendimento. Essa é uma excelente notícia para Saramenha, fruto da luta dos trabalhadores. Se isto de fato ocorrer poderemos ter na nossa região empresas que gerem empregos e renda de forma limpa e segura, dando àquelas instalações um futuro promissor. 






segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A LUTA POR MORADIA EM OURO PRETO E AS TERRAS "DA NOVELIS"

Texto e fotos extraídos do perfil do Wanderley Kuruzu Rossi Jr. no Facebook:
https://www.facebook.com/kuruzuop/posts/917152491636923:0


A LUTA POR MORADIA EM OURO PRETO E AS TERRAS "DA NOVELIS"
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Continua a luta por moradia, planejamento urbano e regularização fundiária em Ouro Preto.
A próxima reunião será na última quinta-feira de fevereiro (26), às 19h, no Plenário Sebastião Francisco da Câmara. Quem puder ajudar a divulgar, o Movimento agradece !

 Uma luta que, em Ouro Preto, começou em 2004 (bem antes do programa Minha Casa, Minha Vida, lançado em 2009). Muitas reuniões, manifestações, ocupações, negociações e importantes conquistas. Cerca de 400 famílias atendidas até aqui --entre construções e reformas. Pessoas que não tinham casas e outras que perderam as suas em áreas de risco. Muitos ainda na expectativa.
Quais são as áreas de expansão da cidade ? As pessoas vão continuar sendo empurradas para construir nas áreas de risco ? Loteamentos sem nenhum planejamento ?
O "Movimento Ouro Preto de Luta por Moradia" está estudando a situação das terras "da Novelis/Alcan" (será que são dela mesmo ? ). Há fortes indícios de grilagem. E as doações feitas pelo Município para a empresa podem estar nulas por desvio de finalidade. As terras foram doadas para gerar empregos, mas, recentemente, a Novelis fechou as portas.
E as terras da antiga Febem, na entrada da cidade, dos dois lados do asfalto ?
Terrenos bons sendo especuladas e o povo empurrado para as áreas de risco.
Tem também a pressão imobiliária sobre o Centro Histórico, estimulando descaracterizações do Patrimônio Cultural da Humanidade. Sem áreas de expansão adequadas e planejadas, a classe média se vê induzida a ampliar e fazer outras adaptações nas casas coloniais, além de edificar onde não poderia.
Outro aspecto que merece ser destacado é que a cidade é formada de uma região central --localizada em um vale--, cercada de montanhas cheias de áreas de elevado grau de risco. Além de haver no seu entorno 3 grandes áreas de preservação permanente (o conjunto formado pelo Parque Natural da Cachoeira da Andorinhas e pelo Parque Arqueológico do Morro da Queimada, o Parque do Itacolomi e a Estação Ecológica do Tripuí).
Obs. 1: Inicialmente, uma comissão de 15 pessoas está trabalhando na organização da referida reunião (próximo dia 26 --última quinta deste mês--, às 19h, no plenário Sebastião Francisco da Câmara). Se vc tb puder ajudar, entre em contato ! Ajude a divulgar ! O "Movimento Ouro Preto de Luta por Moradia" agradece mais uma vez !
Obs. 2: Falta falar, ainda, dos passivos ambientais da Novelis.
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Olha que interessantes as palavras abaixo, da professora Ermínia Maricato !
"Porque a história do registro de propriedades no Brasil é uma história de fraudes. Eu desagradei muita gente, mas falo isso o tempo todo. A história da propriedade privada no Brasil é uma história de fraudes sistemáticas. Não é que você tenha uma fraude ou outra. É regra de novo. O Ariovaldo Umbelino mostrou em uma de suas palestras (ele é um geógrafo competente, se aposentou da USP) um anúncio de venda de uma propriedade de 40 mil hectares, no qual a grande vantagem que oferecia era uma escritura de 4 mil hectares. Porque a cerca anda. Então ter uma escritura já é uma maravilha. E a cerca anda no Brasil. Então o que me impressionou na tese do Joaquim de Brito, esse meu aluno, é que o governo não tem nenhum interesse em cancelar registros que se revelam falsos." (Ermínia Maricato).
http://novo.fpabramo.org.br/…/erminia-maricato-os-prisionei…
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UM POUCO DE HISTÓRIA DA LUTA EM O.PRETO (situações precaríssimas)
http://falaouropreto.blogspot.com.br/…/questao-da-moradia-e…
VIVENDO EM ELEVADO GRAU DE RISCO. (Álbum do início de 2013).
https://www.facebook.com/kuruzuop/media_set…
SITUAÇÃO EM CACHOEIRA DO CAMPO.
https://www.facebook.com/kuruzuop/media_set…
103 CASAS ENTREGUES - FINAL DO ANO PASSADO (falta ligar água/luz)
http://www.jornaloliberal.net/…/promova-moradia-e-renda-en…/
OUTRAS ENTREGUES EM ANTÔNIO PEREIRA (tb falta ligar água/luz)
http://www.jornaloliberal.net/…/moradores-de-antonio-perei…/
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CONTAMOS MUITO COM SUA AJUDA NA DIVULGAÇÃO ! COMPARTILHE ! MANDE MENSAGEM PRIVADA ! MARQUE ALGUÉM QUE POSSA SE INTERESSAR ! O MOVIMENTO AGRADECE ! A LUTA É DE TODOS !
APAREÇA NA PRÓXIMA REUNIÃO (ÚLTIMA QUINTA-FEIRA DE FEVEREIRO, 26), ÀS 19H, NA CÂMARA !
 


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Uma esperança ambiental: homem é condenado por crimes contra a Mata Atlântica no nordeste de Minas

Meio Ambiente, 30/01/2015
Fonte: Coordenadoria Regional de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri
A Justiça de Novo Cruzeiro julgou parcialmente procedente a denúncia ofertada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e condenou um homem, considerado um dos maiores articuladores de crimes ambientais no nordeste do estado, a cumprir a pena de seis anos, cinco meses e 17 dias de restrição de liberdade, além do pagamento de multa.

Segundo os promotores de Justiça Felipe Faria de Oliveira, coordenador regional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri, e Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), a denúncia criminal está inserida no espectro de atuações estratégicas do Ministério Público em defesa do bioma Mata Atlântica, e que abrangem desde ações civis e termos de compromisso com o escopo de recuperar e preservar a vegetação nativa, bem como medidas repressivas em detrimento de agentes que degradam o bioma.

O acusado foi denunciado pela prática de inúmeros crimes ambientais, entre os quais a supressão de mais de 100 hectares de vegetação em estágios médio e avançado de regeneração do bioma Mata Atlântica, a realização de incêndio em mata ou floresta, guarda e depósito de carvão proveniente de floresta nativa sem a documentação ambiental autorizativa e uso de motosserra em florestas sem licença ou registro da autoridade competente.

O Poder Judiciário entendeu que o réu praticou as condutas previstas nos artigos 38-A caput, 41 caput, 46 parágrafo único e 51, todos da Lei n.º 9.606/98. Ele respondeu o processo preso, após a decretação da prisão provisória a pedido do MPMG.

A denúncia foi oferecida pela promotora de Justiça de Novo Cruzeiro, Roziana Gonçalves Camilo Lemos, em conjunto com o coordenador regional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri, Felipe Faria de Oliveira.

Segundo Roziana Lemos, “essa condenação é extremamente representativa para a região. O réu, agora condenado, é apontado como o um dos principais articuladores de crimes contra a Mata Atlântica, recaindo sobre ele até mesmo a suspeita de prática de ameaças contra agentes de fiscalização de órgãos ambientais. Este é mais um exemplo de que crimes ambientais acarretam efetiva restrição de liberdade aos agentes delitivos, e não somente penas alternativas ou restritivas de direitos."

O estado de Minas Gerais, há cinco anos, lidera o ranking de desmatamento de Mata Atlântica, sendo que a região do Mucuri, onde se encontra a comarca de Novo Cruzeiro, é um dos locais mais críticos.