"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

sábado, 17 de dezembro de 2016

Pra onde vai o seu lixo? uma vergonha para Ouro Preto!

O Vereador Chiquinho de Assis (PV) denuncia que o Aterro Sanitário de Ouro Preto, situado na Rancharia/Saramenha, transformou-se num verdadeiro LIXÃO! um absurdo!




segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A história do alumínio no Brasil e a importância de Saramenha

Disponível em: "O Explorador",  http://www.oexplorador.com.br/a-historia-do-aluminio-no-brasil/, acesso em 12/12/16.


Na cidade de Ouro Preto (MG) é produzido o primeiro lingote de alumínio do Hemisfério Sul, na fábrica da Elquisa
 (Foto: odetequimica.comunidades.net/Divulgação)

Ano a ano, a história do alumínio no Brasil, que começou em 1913, com a instalação de uma fábrica sem nome, em São Paulo.

1913 - Uma fábrica sem nome inicia, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, a fabricação de artefatos de alumínio, com equipamento inglês.

1916 - Depois de seis meses parada, a fábrica é reorganizada, com o nome de Companhia Paulista de Artefatos de Alumínio (CPAA).

1917 - Registarada a marca Rochedo. A (CPAA) começa a fabricar as primeiras placas de automóveis fundidas, com números rebitados posteriormente.

1919 - Fundada a Estamparia Caravellas, em São Paulo, fabricando cápsulas com patente dinamarquesa.

1925 - A Metalúrgica Matarazzo, em São Paulo, cria uma seção para fabricar utensílios de alumínio, com discos e chapas fornecidos pela Laminação Matarazzo, de Giulio Pignatari.

1933 - Américo Gianetti começa a estudar a viabilidade da implantação de uma fábrica de alumínio na região de Ouro Preto.

1934 - Várias fábricas de artefatos de alumínio já funcionavam no Brasil, utilizando lingotes e chapas importados. A Metalúrgica Matarazzo compra a CPAA e adquiri a marca Rochedo. Américo René Gianetti lança a pedra fundamental, em Saramenha, Ouro Preto, da Eletro Chimica Brasileira S.A. No começo, fabricaria produtos químicos. Numa segunda etapa, alumínio.

1938 - O Governo Federal convida o engenheiro Gianetti a retomar os estudos para a instalação de uma fábrica de alumínio. A Elquisa encomenda, no exterior o equipamento para a montagem de uma usina de fabricação de alumina. A tensão mundial, impede o embarque.

1939 - A Elquisa inaugura a sua primeira usina hidrelétrica: Usina do Salto, no rio Maynart.

1940 - A seção de utensílios de alumínio da Metalúrgica Matarazzo passa a ser propriedade de Giulio Pignatari e ganha um novo nome: Fábrica de Artefatos de Metais Rochedo S.A. Em 31 de dezembro, é fundada em São Paulo a empresa Alumínio do Brasil S.A. – Alubrasil, com capitais da Alcan Aluminium Ltd. (então Aluminium Ltd.), do Canadá, que só iniciaria suas atividades industriais anos mais tarde.

1941 - A Elquisa contrata a compra, nos Estados Unidos, de equipamento para a fabricação de alumínio.

1942 - Tem início, em Saramenha, a construção do conjunto de fábricas e edifícios para a fabricação de alumínio.

1943 - A empresa de Giulio Pignatari passa para seu filho, Francisco Pignatari, que alterou o nome para Companhia Brasileira de Artefatos de Metal (CBAM).

1944 - Entra em funcionamento a segunda hidrelétrica do rio Maynart, a Usina do Caboclo. Começa a funcionar, em caráter experimental, a fábrica de alumina de Saramenha, com capacidade para 10 mil toneladas anuais.

1945 - 26 de março: primeira corrida de alumínio primário no Brasil, em Saramenha.

1946 - Interrompida a produção de alumínio em Saramenha.

1947 - Francisco Pignatari vende o setor de manufatura de alumínio (Rochedo) de sua indústria em Utinga ao grupo canadense Aluminium Ltd., que também comprou a Laminação Caravellas, através da Alumínio do Brasil S.A. – Alubrasil, Alcan Alumínio do Brasil S.A. – ALCAN BRASIL.

1948 - A Alubrasil inicia suas atividades industriais em Utinga, laminando folhas de alumínio e fabricando artefatos da marca Rochedo.

1950 - A Alubrasil, através da Alumínio Minas Gerais S.A. – Aluminas assume o controle da Elquisa, decidindo-se pelo retorno à produção de alumínio em Saramenha. Com isso, a Alubrasil se tornaria a primeira empresa totalmente integrada do Brasil.

1951 - A Aluminas reinicia a produção de alumínio no Brasil, em Saramenha.

1956 - Iniciado o primeiro programa de expansão da fábrica de alumínio primário de Saramenha, concluído em 1958, com capacidade para 18 mil toneladas anuais.

1964 - Protocolados os dois primeiros pedidos de pesquisa na Amazônia, em nome da Bauxita Santa Rita, subsidiária da Aluminas.

1965 - É concedida a autorização para pesquisar bauxita nas áreas de Mathias Sul e Mathias Norte, na Amazônia.

1966 - A Alubrasil passa a chamar-se Alcan Alumínio do Brasil – ALCAN BRASIL. Fundada a Alumínio do Brasil Nordeste S.A. – Alunordeste, a principal subsidiária da ALCAN BRASIL.

1969 - Início das atividades industriais da Alunordeste.

1970 - Iniciado o estudo de engenharia do Projeto Trombetas.

1972 - A ALCAN BRASIL se associa à Petrobras e outros grupos para fundar a Petrocoque S.A.

1975 - A Petrocoque inicia a produção de coque de petróleo, em Cubatão (SP).

1977 - Inaugurada a fábrica de laminados de Pindamonhangaba.

1979 - Início de operação do Projeto Trombetas.

1981 - Início da implantação do laminador a quente da fábrica de Pindamonhangaba.


(Fonte: Veja, 3 de abril de 1985 -– Edição 865 -– ECONOMIA -– INFORME PUBLICITÁRIO – Pág: 124/125)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Que futuro para antigas fábricas abandonadas?




A Fábrica de Fiação e Tecidos de Santo Thyrso foi uma das mais emblemáticas fábricas do Vale do Ave, coração da indústria têxtil e do vestuário português, tendo empregado nos seus tempos áureos mais de mil trabalhadores. Por este motivo, existe ainda hoje uma forte ligação sentimental da população para com este espaço. Pioneira no desenvolvimento industrial da região, esta fábrica não resistiu às mudanças estruturais do sistema económico e produtivo que, nos anos oitenta, colocaram desprotegidamente as nossas indústrias no mercado global. Fechou as suas portas em 1990.

Ultrapassando as suas competências estritas, a câmara municipal iniciou um longo processo para a aquisição deste patrimônio, aceitando o desígnio de manter viva a memória e a identidade coletivas.

A requalificação da Fábrica de Santo Thyrso enquadra-se numa intervenção de regeneração urbana mais alargada que visa tornar as frentes ribeirinhas do rio Ave um espaço de sociabilidade e de fruição para todos os habitantes, turistas e visitantes de Santo Tirso, ao qual se associa a promoção de atividades culturais e económicas, criativas, urbanas, inovadoras e diferenciadoras. Este processo suportado por um Plano Municipal de Ordenamento do Território, o Plano de Urbanização das Margens do Ave, fundamentou uma candidatura bem-sucedida ao Polis XXI, Parcerias para a Regeneração Urbana, que possibilitou o acesso a financiamento comunitário e viabilizou a recuperação de parte significativa deste patrimônio.

São razões de ordem patrimonial e identitária e de ordem econômica e social as que norteiam todo este projeto.

Memória e identidade são valores subjetivos. Neste caso, encontram-se associadas a um lugar, um espaço edificado e fabricado, que esteve ligado à história pessoal de muitos dos habitantes de Santo Tirso e à história econômica do município e da região. A preservação desta memória coletiva não se faz sem a sua continuidade na contemporaneidade. E a dificuldade reside aí. Como preservar a memória e a identidade, fatores que contribuem para o bem-estar e a coesão social, adotando e adaptando o espaço a novos usos? Como conseguir que a população local se aproprie e faça seu este novo projeto?

A apropriação implica a identificação com o objetivo e com o lugar socialmente produzido em continuidade, integrando o passado no novo uso e garantindo deste modo a sua viabilidade futura: ao significado cultural e histórico, há que acrescentar os novos significados trazidos pelas novas funções; à preservação da memória patrimonial, conseguida pela leitura interpretativa do edifício e da sua original função, haverá que adicionar a gerada pelas atividades que aqui se vão sedimentar.

Mais do que a requalificação física do espaço pretende-se um verdadeiro projeto de regeneração urbana que obrigatoriamente pressupõe uma perspetiva evolutiva e vivencial do patrimônio. Não interessa ao município, não interessa à cidade, guardar estaticamente a memória do lugar, interessa recompô-la com novas vivências, abertas à comunidade local.

Este é o principal desafio do projeto: abri-lo ao exterior, divulgando-o externamente, estabelecendo parcerias e trazendo experiências e projetos para serem desenvolvidos no espaço da Fábrica de Santo Thyrso e, ao mesmo tempo, incorporar o saber fazer dos antigos operários têxteis, os métodos produtivos tradicionais da cultura local, fazendo-os coincidir na contemporaneidade.

É neste espaço e neste contexto, de elevado simbolismo e de projetado dinamismo, que está a ser concretizado sob o conceito de Quarteirão Cultural o projeto "Fábrica de Santo Thyrso", projeto este que configura, em nosso entender, um bom exemplo de uma operação de regeneração urbana. Oxalá se concretize.

sábado, 5 de novembro de 2016

Um ano da tragédia de Bento Rodrigues: não podemos esquecer!

Texto e música do amigo Chiquinho de Assis, nobre Vereador do Partido Verde de Ouro Preto.

"Hoje se completa completa 1 ano da Tragédia de Bento. Um ano de um crime que matou crianças, trabalhadores, moradores, seres humanos. Matou a fauna e a flora contaminando centenas de quiilomêtros. De Bento Rodrigues (MG) a Regência (ES).
Não podemos ser um povo sem memória.
Eis a canção que fiz para refletirmos...
Chega de LUTO é hora de LUTA!!!!"
Ps.: As imagens são do amigo Guilherme Niquini e foram feitas semanas antes da tragédia.

Memória de Saramenha: a extinta Electrochimica

Texto de Kátia Maria Nunes Campos, extraído no Facebook. 

Recentemente fiz centenas de pesquisas para embasar o processo de retorno das terras públicas, cedidas para as fábricas de Saramenha. E fui achando coisa do arco da velha.
Em 1937, quando começou, era a mais importante fábrica ou indústria no Estado de Minas, considerada como de vital importância para a defesa nacional. Ainda pouco tinha a ver com o metal alumínio. Como o próprio nome diz, não era uma metalúrgica, era uma genuína indústria química. Maior produtora nacional de ácido sulfúrico, usado até na fabricação de explosivos.
Meu tio Antônio Nunes começou na empresa, quando ainda era tabula rasa, zero. E ficou cego de um olho, num acidente com o perigoso ácido sulfúrico. Sua esposa, tia Lolô Mendes Nunes ainda vive em Saramenha (Associação De Moradores Saramenha de Cima). Por coincidência, da família do meu amigo Geraldo Mendes, assim como da Creusa Mendes. Mundo microscópico.
Mas não era só: a "Elquisa" também fabricava sulfato de cobre. Eu ouvi esse tio "Totó", ainda menina, contar como vinham vagões repletos das antigas moedas de cobre do império, que viraram matéria prima do sulfato de cobre. Eram só sucata, nada mais.
Por último, o terceiro e igualmente muito importante, sulfato de alumínio, de que era a única no Brasil, usado, entre outros, para purificar água. Só algum tempo depois é que se construíram os fornos eletrolíticos para fabricar o metal alumínio. Que acendeu a cobiça estrangeira e fizeram de tudo para falir o empresário Reneé Giannetti. Conseguiram.
De empresa genuinamente brasileira passou a estrangeira e assim tem sido até hoje, com as terras garfadas por vias indiretas. E vão aí duas fotos históricas da velha Electrochimica, provavelmente as primeiras, em seu primeiro ano, com uma foto do ramal de acesso, galpões e sala de catalisadores, se não me engano. Serve de novo aquele velho verso do Drummond: toda história é remorso.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

SARAMENHA DE CIMA: UMA “PERIFERIA” DE OURO PRETO E AS SUAS PERCEPÇÕES DE PATRIMÔNIO

Artigo de Tiago Pires

RESUMO


O objetivo deste texto é discutir, a partir de resultados advindos de um projeto de extensão, como os moradores do bairro de Saramenha de Cima, localizado na cidade de Ouro Preto, percebem e se apropriam das noções de patrimônio tanto da cidade quanto da localidade em que habitam. Para realizarmos essa análise utilizamos fontes escritas que abordam a história do bairro e entrevistas com alguns moradores. Almejamos também perceber se os moradores de Saramenha se apropriam das noções patrimoniais formadoras do centro histórico de Ouro Preto e de que maneira esse possível diálogo é traçado.

PALAVRAS-CHAVE


Patrimônio cultural; Extensão universitária; Ouro Preto; Educação patrimonial; História regional.

TEXTO COMPLETO:

PDF - CLIQUE AQUI


DOI: http://dx.doi.org/10.14393/REE-v15n12016_art01

ISSN: 1518-6369
e-ISSN: 1982-7687
Qualis: B4 (Enfermagem; Letras e Linguística; Odontologia) 
Indexadores e Bases de Dados: Clase; Diadorim; EBSCO; Geodados; Latindex.
Periódico incluído na Rede CARINIANA de Preservação Digital.
Fator de Impacto (Google Acadêmico): Índice h5: 4 / Mediana h5: 5
A revista utiliza ferramentas destinadas a detecção de plagio em qualquer de suas formas.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Documentos mostram a origem das "Terras da Novelis"

E aí, qual é a história das terras da Novelis? os documentos abaixo, obtidos pelo blog e já encaminhados ao Ministério Público Estadual, mostram a origem das terras, cedidas à Electro Chímica Brasileira S/A em 1935, empresa sucedida por Aluminas, Alcan e Novelis.

Veja os documentos no seguinte link: https://drive.google.com/open?id=0B0DbwjCkPZUaallSQXBLY2tNNDA


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Qual a participação da Hindalco no mercado de alumina?

Muitos já me perguntaram sobre o tamanho da participação da fábrica da Hindalco de Ouro Preto no mercado de alumina. Alguns defendem que é uma fábrica única, com produção de aluminas especiais de alta comerciabilidade. Outros dizem que é uma fábrica como outras, apenas mais uma. Bom, sobre a qualidade da alumina eu não sei, mas sobre o tamanho da produção em comparação com outras fábricas consegui a informação abaixo no site da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). 


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Blog tem legalidade reconhecida pela Justiça!

Conforme já publiquei aqui no blog (relembre aqui), a empresa Novelis moveu em 2013 uma ação judicial requerendo não só o fim do "Operário Verde", mas uma indenização de R$100 mil por supostos danos morais em razão das postagens aqui realizada.

Pois bem, com fé na justiça e mantendo a luta por uma Saramenha melhor, o blog não sucumbiu às inúmeras pressões políticas e psicológicas nos últimos anos e teve agora a sua legalidade reconhecida pela Justiça. Em Sentença proferida nos autos da ação nº. 0026291-24.2013.8.13.0461, o pedido da Novelis foi julgado improcedente.

Um trecho da Sentença merece aqui uma colagem:

"Por fim, não poderia deixar de registrar que nessa data acessei as matérias postadas no aludido “blog” e não posso me escusar de descrever com que me deparei. As matérias vinculadas possuem caráter informativo, de cunho educativo e orientação social e, embora, em alguns casos conste nomes, símbolos e imagem ligados a empresa não ofendem sua honra objetiva."

Lei aqui a íntegra da Senteça: https://drive.google.com/open?id=0B0DbwjCkPZUaVkNlR1YtN08xZk0

A Sentença também está disponível no site do TJMG - consulta processual do processo nº. 0026291-24.2013.8.13.0461.

Fica aqui um profundo agradecimento a todos que apoiam e colaboram com o "Operário Verde"


domingo, 18 de setembro de 2016

Hindalco vai vender fábrica de Ouro Preto




A informação partiu da Índia, de um jornal especializado:

"A companhia indiana Hindalco disse que vai vender parte de seus ativos de alumínio no Brasil, que incluem minas de bauxita e uma planta para a produção de alumina, em Minas Gerais, disse hoje (15) o jornal The Economic Times, da Índia, citando fontes com conhecimento do assunto. O motivo seria a lenta recuperação do preço do alumínio. A Hindalco é dona da Novelis."



Mas segundo o mesmo site, a empresa negou:

"A Hindalco negou ontem (15) que vá vender minas de bauxita e uma refinaria de alumina que tem em nome da subsidiária AV Minerals em Minas Gerais. Ontem o jornal indiano The Economic Times noticiou que a companhia indiana quer vender esses ativos, além de outros que não estão alinhados à estratégia do grupo, para reduzir as dívidas."

E começou... sinalizam ao mercado, negam à comunidade, é sempre assim.

Expansão desordenada coloca Ouro Preto em risco

Matéria extraída de: https://www.brasildefato.com.br/2016/09/02/expansao-desordenada-coloca-ouro-preto-em-risco/

Terras sob domínio de empresa podem ser a solução para crescimento da cidade


Ouro Preto, 

domingo, 14 de agosto de 2016

Foto antiga registra o início da ocupação de Saramenha

Foto histórica de Saramenha, com o registro do início da fábrica. 
Esta foto foi enviada pelo Prof. Jaime Sardi.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Justiça determina que Prefeitura pare de usar lixão da Rancharia, próximo à Saramenha

Clique AQUI para ver a matéria do Portal G1.

"O pedido foi feito pelo MP e a determinação é do dia 20 de julho de 2016. Segundo o órgão, o local funciona sem licença e a prefeitura não tomou providências para conseguir a autorização ambiental. Outra solução seria participar de um consórcio de tratamento de resíduos, o que ainda não ocorre.
De acordo com a Prefeitura, não há recursos para realizar as adequações no terreno a fim de conseguir a licença. Com relação ao consórcio com outras cidades, Ouro Preto ainda não recebeu a autorização para ampliar o aterro já usado e com isto participar do despejo. A cidade, conforme a administração municipal, recolhe 45 toneladas de lixo por dia.
A Prefeitura disse que, agora, após esta determinação da Justiça, vai analisar a contratação de um aterro para receber os resíduos. O município afirmou também que não vai suspender a coleta, pois esta atitude atenta “diretamente contra a saúde da população ouro-pretana”.
O executivo municipal disse que vai recorrer da decisão e pedir uma perícia judicial no aterro de Rancharia. Caso a determinação da Justiça seja descumprida, o município e o prefeito de Ouro Preto terão que pagar multa diária de R$30 mil."

domingo, 19 de junho de 2016

Situação caótica da Avenida Renne Gianetti é discutida pela Associação de Moradores

Originalmente publicado em 18/06/2016 às 22:19 por  - Jornal Voz Ativa

Por João Paulo Silva
Cansada de esperar por iniciativas do poder público, a Associação dos Moradores dos Bairros Saramenha de Cima, Tavares, Vila Santa Isabel e Vila Maria Soares convocou uma reunião na última quinta-feira (16), às 18h, para discutir a situação do trânsito da Avenida Américo Renê Gianetti. O encontro aconteceu na sede da associação, localizada na mesma avenida da cidade de Ouro Preto.
Estiveram presentes moradores dos bairros, representantes da Polícia Militar e Guarda Municipal e o Vereador Wander Albuquerque.
De acordo com a presidente da Associação de Moradores, Regina Maria Mendes Morais, “a situação é caótica e a comunidade está apreensiva, pois o número de carretas que passa diariamente pela avenida tem aumentando expressivamente, colocando em risco a vida dos moradores”. “Temos um processo em tramitação no Ministério Público, mas até agora ele não foi concluído. O risco de acidentes graves é iminente e já tivemos casos fatais envolvendo atropelamento”, lembrou Regina Morais.
A luta pela solução deste problema já acontece há mais de 15 anos, mas até agora nenhuma providência foi tomada pelo Governo Municipal. Os moradores citaram também a ocorrência constante de direção perigosa, barulho excessivo.
“A princípio o objetivo era fazer uma alça viária, mas a nossa reivindicação nunca foi atendida pelo Executivo Municipal. A situação está cada vez mais difícil. Carretas passam por aqui em alta velocidade e a população está muito preocupada”, completou a presidente.
Os moradores vêm cobrando um posicionamento efetivo da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, mas de acordo com eles, a mesma se mostra totalmente omissa à situação. “Esse é um problema de responsabilidade do município, mas a prefeitura nesta atual administração é totalmente ausente. Todos os projetos realizados com o intuito de resolver os problemas da Estrada Real foram esquecidos e engavetados pela atual administração”, afirmou Geraldo Mendes, nascido no Bairro e morador há mais de 40 anos.
Diante do perigo iminente de acidentes no local, foi solicitado aos representantes da Guarda Municipal um maior envolvimento no bairro. “Fomos orientados pelo Ministério Público a impedir o tráfego apenas de carretas com mais de 16 metros. Até o momento, outros caminhões podem transitar livremente”, afirmou o Inspetor Mendes, da Guarda Municipal. Mendes ressaltou ainda a “alta demanda da Guarda Municipal em várias questões além do trânsito da cidade de Ouro Preto, o que impede o atendimento de todas as solicitações”. Membros da Polícia Militar também estiveram presentes na reunião.
O Vereador Wander Albuquerque afirmou que “com o fechamento da Vale Manganês não faz mais sentido o tráfego de carretas na avenida”. Ele citou também “a importância de se averiguar juntamente ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG) a legislação vigente sobre a circulação de caminhões de grande porte na Estrada Real”.
Albuquerque ressaltou ainda “a necessidade de se provocar uma audiência pública no Conselho de Transporte da Assembleia Legislativa do Estado de Minas” e se prontificou a apoiar e acompanhar as reivindicações dos moradores do Saramenha de Cima na condição de vereador da cidade de Ouro Preto.
Após a Vale Manganês, localizada na Estação Rancharia, encerrar suas atividades em maio deste ano, os moradores do entorno esperavam que o trânsito fosse menos intenso, já que a Avenida foi o principal acesso à indústria eletrointensiva que, ao fechar suas portas, deixou centenas de pessoas desempregadas. No entanto, o problema não apenas deixou de ser resolvido, como se intensificou. “Motoristas carregando cargas pesadas, utilitários e até carros de passeio se utilizam do desvio irregular para fugir dos pedágios na BR 140”, afirmou Márcio Glicério Mendes, morador do bairro Saramenha de Cima.
Ao final do encontro, a presidente da Associação, Regina Morais, falou dos objetivos traçados a partir do que foi discutido na reunião. “O nosso intuito é acabar com o trânsito pesado na região e devolver a tranquilidade aos moradores. Iremos atrás do Ministério Público e verificaremos as condições para a proibição do tráfego na avenida e daremos continuidade a este trabalho que se começou hoje. Para isso, contamos também com a cooperação do vereador Wander Albuquerque”.

Ela ainda falou da descrença em relação ao atual Governo Municipal. “No começo desse governo nós tínhamos a expectativa de que o projeto da alça viária fosse concluído, porém ficou tudo apenas na conversa. Estamos prontos para a luta e não vamos parar enquanto não vermos melhorias”, finalizou a presidente.
Foto - Regina Morais, presidente da Associação de Moradores, fala durante reunião
Crédito - João Paulo Silva

sábado, 18 de junho de 2016

4ª Conferência da Cidade de Ouro Preto

Vem aí a 4ª Conferência da Cidade de Ouro Preto (24 de Junho de 2016). 

Confira a programação:

12 às 13h30 ....... Credenciamento
13h30 ................. Mesa de Abertura
14h ...................... Leitura e aprovação do Regimento da 4a Conferência da Cidade de Ouro Preto
15h ...................... Mesa com o tema: "Função social da cidade e da propriedade: por uma nova matriz econômica e social"
15h40 .................. Tribuna livre
17h10 .................. Intervalo e café
17h30 ................... Grupos de Trabalho (Saneamento ambiental; Mobilidade e acessibilidade; Política Municipal de Habitação e Regulação Fundiária; Planejamento Urbano e revisão do plano diretor)
19h ...................... Plenária final de aprovação das prioridades e encerramento da conferência
21h ...................... Encerramento

Participe!!!
Pré-credenciamento pelo e-mail quartaconferenciaouropreto@gmail.com ou pelo formulário disponível no link https://goo.gl/qiZ8qx.

Vagas limitadas!


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Promotor de Justiça fala na Câmara Municipal sobre os passivos socioambientais deixados pela Novelis

O Promotor de Justiça de Ouro Preto, Dr. Domingos Ventura, falou na Câmara Municipal sobre os passivos socioambientais deixados pela Novelis e sobre a sua atuação no caso. Veja o vídeo:


terça-feira, 24 de maio de 2016

Vídeo da Alcan de 1988 já abordava degradação socioambiental

A minha história com Saramenha não é recente. Nem é superficial e minha preocupação com o meio ambiente e com o desenvolvimento social da nossa região. No vídeo abaixo, de 1988, a minha família foi utilizada como fundo de cena para uma história fictícia que chamava a atenção do expectador para a degradação do meio ambiente e seus impactos nas vidas das pessoas. A personagem principal foi interpretada pelo meu pai. No vídeo aparecem também minha mãe, eu e meu irmão (eu sou o menor). O mais curioso é que o vídeo foi financiado pela própria fábrica, então sob o comando da canadense Alcan. Prestem muita atenção na mensagem final, dita da boca do meu pai - a conclusão é uma só: eu não poderia ser diferente do que sou hoje!


sábado, 21 de maio de 2016

Câmara de Ouro Preto promove Audiência Pública para apoiar trabalhadores da Vale Manganês

SEX, 13 DE MAIO DE 2016 16:02 ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E EVENTOS
Matéria disponível clicando aqui

O objetivo foi reivindicar a manutenção dos serviços e debater a crise econômica nos setores mineral, metalúrgico e siderúrgico
Durante a Reunião Ordinária do dia 03 de Maio, os trabalhadores da Vale Manganês Ouro Preto, junto ao Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Julião, marcaram presença para pedir apoio dos vereadores diante do anúncio do fechamento da empresa Vale Manganês S.A (unidade Ouro Preto), que por consequência teria o encerramento de 160 postos de trabalho.
No plenário, os trabalhadores apresentaram aos parlamentares e à comunidade a situação em que a classe se encontra. Dando total apoio aos funcionários da empresa, os vereadores realizaram uma Audiência Pública (proposta pela Comissão de Participação Popular e Defesa do Consumidor da Câmara de Ouro Preto) no último dia 11, em frente a Vale Manganês Ouro Preto. A finalidade foi reivindicar a manutenção dos serviços e debater a crise econômica nos setores mineral, metalúrgico e siderúrgico.
O vereador Chiquinho de Assis comentou sobre o objetivo da Audiência. “O objetivo principal é apoiar a luta do Sindicato que é a manutenção dos postos de trabalho da nossa região. O Sindicato traz um argumento muito forte do qual eu concordo, não dá pra admitir que uma empresa que foi totalmente restaurada, onde o manganês não está tão em baixa no nosso país, promova a demissão desses trabalhadores”, disse.
O presidente da Câmara, Thiago Mapa avaliou a audiência. “Mais uma vez a Câmara de Ouro Preto está fazendo o seu papel. O Sindicato nos procurou e vimos que é de suma importância a preservação desses empregos e a luta continua. É muito importante destacar que lamentamos profundamente que nenhum representante do Executivo Municipal tenha participado da Audiência. Enfim, a Câmara sempre apoiará a população, pois é a Casa do povo, e por isso, estará aberta e apoiando tudo o que se refere a população de Ouro Preto”, destaca.
O senhor Roberto Wagner de Carvalho, representante da Coordenação Política Sindical do Sindicato dos Metalúrgicos de São Julião, destacou que a audiência e todas as ações realizadas foram um sucesso e,a empresa já está repensando alguns atos.
No dia 1º de Junho será realizada uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, junto a Comissão do Trabalho e Previdência Social onde o tema mineração, siderurgia e metalurgia em Minas Gerais será mais uma vez pautado.
Crédito da foto: Câmara de Ouro Preto

terça-feira, 10 de maio de 2016

Sindicato e funcionários demitidos da Vale Manganês fecham trânsito na BR 040 em Congonhas-MG

Informações de: Jornal "Voz Ativa" - Disponível em: http://www.jornalvozativa.com/sindicato-e-funcionarios-demitidos-da-vale-manganes-fecham-transito-na-br-040-em-congonhas-mg/ 

10/05/2016 às 09:45 por 




































































Por mais de duas horas os funcionários demitidos da Vale Manganês, em Ouro Preto-MG e Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Julião fecharam, em manifestação pacífica, o trânsito, na BR 040, em Congonhas-MG, cidade na qual a Vale tem unidades, desde as 6h 15 min.
Nó último dia 05 de maio, a empresa anunciou o fechamento da Vale Manganês em Ouro Preto, com o desligamento de mais de 160 trabalhadores. Segundo o Sindicato, o lucro auferido e os investimentos feitos pela empresa ao longo dos anos de 2013 e 2014 não justificam o fechamento da fábrica.
Outros atos dos funcionários demitidos e Sindicato já foram realizados em outros locais, entre eles, a portaria da própria fábrica; na Praça Tiradentes, centro de Ouro Preto; na câmara municipal, onde forma recebidos pelos vereadores e em frente a prefeitura municipal por duas vezes, quando, em nenhum dos dois momentos, foram recebidos pelo prefeito para dialogar sobre a situação.
Segundo Roberto Wagner de Carvalho, a atitude do prefeito de Ouro Preto tem sido a mesma de outros momentos de tensão para os trabalhadores, para a própria receita municipal e bem estar financeiro do município, como, por exemplo, no fechamento da Novelis, anunciado no dia 16 de outubro de 2014, quando mais de 350 trabalhadores foram afetados.
O Manifestação de hoje, na 040, fechou a pista com uma barricada de pneus em chamas e contou com a participação da Frente Brasil Popular. O ato foi também contra a situação política pela qual passa o país e, ainda segundo Wagner, contra o verdadeiro golpe que está em andamento no país. Faixas com os dizeres “Temer Golpista”, “Vale Assassina” e “Não vai ter Golpe” foram usadas pelos manifestantes.
O atos sindicais já surtiram impacto positivo, segundo o sindicato, pois a empresa já fala em transferir os trabalhadores afetados, ao invés de efetuar as demissões.
A manifestação terminou por volta de 8h 20min. As pistas foram liberadas e o trânsito flui normalmente

Foto: Jornal Voz Ativa, Tino Ansaloni