"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

sábado, 4 de abril de 2015

PARECER ÚNICO SUPRAM nº. 180/2014 - Hindalco


Para ver o PARECER ÚNICO SUPRAM nº. 180/2014, que concedeu Licença Prévia concomitante à Licença de Instalação (LP+LI) à Hindalco do Brasil Indústria e Comércio de Alumina Ltda para funcionamento em Saramenha, CLIQUE AQUI .


“A equipe interdisciplinar da Supram Central Metropolitana sugere o deferimento da Licença Prévia concomitante com Licença de Instalação (LP+LI), para o empreendimento HILDALCO DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALUMINA LTDA, para a modernização da Fábrica de Alumina, que consistirá na instalação de infraestrutura necessária à fabricação de aluminas especiais e hidratos especiais a partir do hidrato e alumina produzida no processo em operação, no município de Ouro Preto/MG, pelo prazo de 2 anos, vinculada ao cumprimento  das condicionantes e programas propostos
[...]
Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer  condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Central Metropolitana, tornam o empreendimento em questão passível de autuação.”

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A onda ruim de demissões na indústria do alumínio pelo país

O fechamento da metalúrgica de alumínio primário em Ouro Preto/MG, apesar das suas especificidades com relação ao atraso tecnológico, não é um movimento isolado. Outras empresas estão tomando a mesma decisão Brasil afora. Conforme vínhamos alertando nos últimos anos, o mercado dava sinais de crise no setor, motivando as nossas preocupações com o futuro de Saramenha. A questão não era mais "se", mas "quando" e "como". Vejam abaixo matéria publicada em 30/03/2015 no portal de notícias G1, das organizações Globo.


30/03/2015 16h02 - Atualizado em 31/03/2015 16h05


Consórcio do Maranhão confirmou a demissão de 650 funcionários.
Planta de alumina não será afetada e continuará operando normalmente.

Do G1 MA

O Consórcio de Alumínios do Maranhão (Alumar-Alcoa) confirmou, nesta segunda-feira (30), que suspenderá a produção remanescente de 74 mil toneladas métricas de alumínio da Alumar, em São Luís (MA). De acordo com o sindicato dos metalúrgicos, mais 150 funcionários serão demitidos com a decisão.

Em nota ao G1, a empresa afirmou que os elevados custos operacionais tornaram a produção de metal inviável na capital. Ela assegura que planta de alumina não será afetada e continuará operando normalmente. Confirmou ainda a demissão dos 650 funcionários, embora tenha destacado ações para reduzir o impacto desta decisão.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís (Sindmetal), José Maria Araújo, havia revelado, anteriormente, que 650 funcionários que trabalhavam nesse setor foram desligados da empresa também nesta segunda. 

O sindicato afirma que a empresa vem divulgando os melhores resultados, premiações e pesquisas, como o lucro líquido de US$ 432 milhões de dólares no último trimestre de 2014.

Uma reunião para discutir o assunto está agendada para esta quarta-feira (1º) e terá a participação de representantes do sindicato e da empresa. O presidente sindical José Maria Araújo disse que os trabalhadores lutarão pela garantia de emprego, melhores salários, além de benefícios para aqueles que serão demitidos retroativos à data-base (1° de março).

Em nota também ao G1, o governo do estado do Maranhão lamentou o anúncio feito pelo Consórcio de Alumínios do Maranhão (Alumar-Alcoa).

Leia a nota na íntegra:

"O Governo do Maranhão lamenta o anúncio feito pela Alumar de que desativará a terceira linha de produção de alumínio no Estado, com a consequente redução de 650 postos de trabalho. Em 2014, a Alumar reduziu sua capacidade de produção em duas oportunidades, nos meses de maio e outubro. Portanto, a decisão, sob a justificativa de reduzir custos e da falta de competitividade do preço de alumínio no mercado, reitera a lamentável política adotada pela empresa nos últimos anos, quando dois terços das linhas de produção no Maranhão foram desativadas.

Ainda este ano, o governador Flávio Dino, o vice-governador Carlos Brandão e o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, realizaram audiências com a direção da empresa, para discutir as perspectivas de investimentos no Estado. Em nenhum momento, os dirigentes da multinacional informaram ao governo sobre a intenção de adotarem a drástica decisão, que fere os interesses do Estado e da nossa população. O governador Flávio Dino determinou aos secretários Simplício Araújo (Indústria e Comércio) e Julião Amin (Trabalho e Economia Solidária) imediata interlocução junto à empresa, visando assegurar responsabilidade social e alternativas para minimizar os danos causados."

Demissões em 2014

Em março do ano passado, a empresa havia anunciado a demissão de 500 trabalhadores alegando altos custos no preço da energia e outros gastos. Em maio, a Justiça do Trabalho determinou a suspensão imediata da demissão coletiva sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Segundo o sindicato, mesmo assim, foram demitidos 333 empregados.

Leia a nota na íntegra do Consórcio de Alumínios do Maranhão :

"A Alcoa, líder na produção de metais leves, anunciou hoje que suspenderá a produção remanescente de 74 mil toneladas métricas de alumínio da Alumar, em São Luís (MA). A decisão está alinhada com o recente anúncio da companhia de avaliar possíveis reduções, fechamentos ou vendas em sua capacidade de produtos primários para otimizar ainda mais o portfólio de commodities. A expectativa é de que este ajuste seja concluído até 15 de abril próximo.

“Continuamos a tomar medidas decisivas para criar um negócio competitivo em nível global baseados em uma revisão da nossa capacidade nos negócios de produtos primários”, declarou Bob Wilt, presidente Global do Grupo de Produtos Primários da Alcoa. “São decisões difíceis, mas necessárias, para apoiar a estratégia da Alcoa de reduzir a base de custos dos nossos negócios de commodities.”

Essa suspensão dá continuidade à redução de 85 mil toneladas métricas nas operações de São Luís realizada em maio de 2014, e mais 12 mil toneladas métricas implementadas em outubro de 2014. As condições desafiadoras do mercado global e os elevados custos operacionais tornaram a produção de metal inviável. A planta de alumina não será afetada e continuará operando normalmente.

“Nós sabemos como esta decisão afeta profundamente nossos funcionários, empresas contratadas e nossas comunidades”, afirmou José A. Drummond, presidente da Alcoa América Latina. “Nossas equipes trabalharam arduamente para tornar as operações competitivas. Manteremos o diálogo com nossos funcionários, o sindicato e a comunidade para minimizar o impacto dessa decisão. Continuaremos empenhados em atingir as condições de competitividade necessárias para a produção de alumínio na região.”

Esta suspensão está alinhada com o anúncio da Alcoa, de 6 de março de 2015, de avaliar 500 mil toneladas métricas de capacidade de produção de alumínio e 2,8 milhões de toneladas métricas de alumina, com vistas a possíveis reduções, fechamentos ou vendas. Com o ajuste na linha de produção de São Luís, a Alcoa deixará de produzir aproximadamente 740 mil toneladas métricas anuais, o equivalente a 21% de sua capacidade de produção de metal.

Como resultado do anúncio de hoje, a Alcoa arcará no primeiro trimestre com encargos de reestruturação estimados entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões, após os impostos, ou US$ 0,01 por ação.

Ao suspender as operações de alumínio e de alumina de alto custo, a Alcoa avança em seu objetivo de reduzir sua posição ao 38º percentil da curva de custo mundial da produção de alumínio, e a de alumina ao 21º percentil, até 2016."