Todas as manhãs as ruas, pátios, calçadas, carros, telhados, enfim, tudo, fica sujo pelo pó. Os problemas respiratórios aumentam e forma-se fila na Santa Casa para nebulizações e atendimentos de sinusites, rinites e bronquites.
Da direção da fábrica a resposta é sempre a mesma: "estamos obedecendo os padrões impostos pela legislação". Ora, que a legislação é branda todos sabem, mas será que isso justifica o sofrimento da população?
Outro dia um turista passeando a noite pelo campus da UFOP disse: "como essa neblina de Ouro Preto é charmosa!". Prontamente respondi: "você já viu neblina com odor?". Após ouvir a minha explicação de que aquela neblina era, na verdade, uma nuvem de pó das chaminés da Novelis, o turista mostrou-se assustado e concluiu: "como vocês suportam isso?".
No centro histórico não é diferente. No Jardim Alvorada, Pilar, Rosário e Cabeças essa situação absurda é tão visível quanto na Vila Operária, Bauxita e Vila dos Engenheiros.
Qual é a solução? para essa pergunta esperamos uma resposta dos órgãos ambientais e de controle social. O que não dá mais é para fingir que o problema não existe. Investimento é fundamental. Controle rígido e eficaz também.
fotos de 11/07/2012, tiradas na Vila Operária
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