Novelis busca caminhos para manter a unidade de Ouro Preto
Para garantir sua sobrevivência, a unidade da Novelis de Ouro Preto enxugou custos, reduziu pessoal e deixou de produzir placas de alumínio para se concentrar em tarugos, utilizados na construção civil e por processadoras.
O objetivo é ampliar a rentabilidade do negócio, buscando novos mercados e decretando sua independência da unidade paulista da Novelis em Pindamonhangaba.
Antes dos ajustes, praticamente toda a produção de placas da fábrica de Ouro Preto era enviada para a unidade paulista, onde eram transformadas em chapas e vendidas para indústrias de latas.
Apesar do esforços da porta da fábrica para dentro, o ambiente para os negócios da empresa ainda não é favorável. Mesmo depois do recente fechamento de uma das linhas de redução e da demissão de 127 trabalhadores, um corte de 20% na força de trabalho, a manutenção dos 480 empregos restantes não é garantida.
“O que vai determinar o futuro é o nível de rentabilidade. Se as pressões (de custos) permanecerem, vamos fazer ajustes”, disse o diretor de operação da empresa, Rogério Almeida.
Ao longo do tempo, a Novelis foi gradualmente diminuindo de tamanho em Ouro Preto. Quando foi comprada da Alcan, a planta tinha um alto índice de verticalização da produção. Era responsável desde a mineração da bauxita até a sua transformação em alumina e produção de tarugos e placas de alumínio.
Com baixa escala, a unidade deixou de minerar a bauxita e passou a comprar sucata e alumina. “Desde 1985, não há nenhum investimento em alumínio primário por nenhuma fábrica”, observa Almeida.
Em Ouro Preto, não é diferente. A Novelis não tem plano de investimentos e realizou apenas ajustes no processo produtivo para focar em tarugos. A escala de produção da unidade também é pequena para os padrões atuais, de 42 mil toneladas anuais. “Por enquanto, é um nível satisfatório”, afirma o diretor de operação.
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