Cabe destacar que essa postagem de 2012 foi taxada pela Novelis do Brasil, responsável pela barragem do Marzagão, como alarmista e mentirosa, razão pela qual compõe a ação judicial que empresa move contra mim requerendo danos morais e a eliminação do blog.
Pois bem, a tragédia ocorrida ontem em Mariana, em que a barragem de rejeitos da Samarco Mineração rompeu e atingiu diversas comunidades, em especial a de Bento Rodrigues, deixa claro a procedência da minha preocupação. Aquela era uma barragem controlada, auditada e em constante uso. Mesmo assim rompeu e causou mortes e danos materiais.
É preciso muita responsabilidade e controle dessas barragens. É preciso encarar com transparência e serenidade os questionamentos e dúvidas das comunidades potencialmente afetadas. É preciso ação e não omissão. É preciso contar com o erro e não justificá-lo. Enfim, mais uma vez faço o alerta sobre a barragem do Marzagão, que segundo informações informais que obtive, passa em 2015 por um processo de alteamento para aumentar a sua capacidade para receber os rejeitos da Hindalco do Brasil, empresa sucessora da Novelis do Brasil na produção de alumina em Saramenha.
vídeo disponível na internet: danos em Bento Rodrigues causados
pelo rompimento da barragem da Samarco
Meu caro a barragem do Marzagão não está passando por alteamento, ela está passando por uma retirada de material contaminado de seus aterros, uma determinação de órgãos ambientais. Por dia tem saído de lá várias carretas carregadas com o material.
ResponderExcluirJá a Hindalco está fazendo pior, com o fim dos aterros está atirando a areia que sobra no processo dentro da barragem junto com a lama, ou seja, está forçando a lama a pressionar a barragem, deve ser denunciada por esta prática.
Caro colaborador, você pode me dar mais informações sobre isso? garanto anonimato: operarioverde@gmail.com
ExcluirA partir das relações estabelecidas nos processos produtivos onde a questão da acumulação é a ordem primária, tanto para a competitividade como para o domínio e controle de mercado (em escala local, regional, nacional e mundial), as carências e necessidades humanas estão em segundo plano ou sequer são consideradas. A racionalidade é por e pelo capital, mas jamais para nós sujeitos que o concretizam de forma direta ou indireta. De fato fica muito claro que nessa forma social o produto domina o produtor e, infelizmente, a noção de equilíbrio fica restrita ao plano ideal, mas não faz parte atividade prática real cotidiana. Ou seja, não chegaremos a situações de equilíbrio nos marcos do sistema do capital (seja em sua forma capitalista, seja na do socialismo real), uma vez que sua dinâmica vem justamente de contradições, conflitos e antagonismos firmados no cerne dos processos de acumulação. Precisamos entender tais processos e ter a real noção que nosso enfrentamento é com o capital, numa luta não raras vezes injusta, principalmente se agimos sozinhos ou em pequenos grupos. Compartilho, apoio, participarei e convoco a todos a participar da forma que for possível da luta encabeçada pelo André para expor e questionar a atuação brutal das empresas mineradoras regionais.
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