"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

sábado, 5 de novembro de 2016

Um ano da tragédia de Bento Rodrigues: não podemos esquecer!

Texto e música do amigo Chiquinho de Assis, nobre Vereador do Partido Verde de Ouro Preto.

"Hoje se completa completa 1 ano da Tragédia de Bento. Um ano de um crime que matou crianças, trabalhadores, moradores, seres humanos. Matou a fauna e a flora contaminando centenas de quiilomêtros. De Bento Rodrigues (MG) a Regência (ES).
Não podemos ser um povo sem memória.
Eis a canção que fiz para refletirmos...
Chega de LUTO é hora de LUTA!!!!"
Ps.: As imagens são do amigo Guilherme Niquini e foram feitas semanas antes da tragédia.

Memória de Saramenha: a extinta Electrochimica

Texto de Kátia Maria Nunes Campos, extraído no Facebook. 

Recentemente fiz centenas de pesquisas para embasar o processo de retorno das terras públicas, cedidas para as fábricas de Saramenha. E fui achando coisa do arco da velha.
Em 1937, quando começou, era a mais importante fábrica ou indústria no Estado de Minas, considerada como de vital importância para a defesa nacional. Ainda pouco tinha a ver com o metal alumínio. Como o próprio nome diz, não era uma metalúrgica, era uma genuína indústria química. Maior produtora nacional de ácido sulfúrico, usado até na fabricação de explosivos.
Meu tio Antônio Nunes começou na empresa, quando ainda era tabula rasa, zero. E ficou cego de um olho, num acidente com o perigoso ácido sulfúrico. Sua esposa, tia Lolô Mendes Nunes ainda vive em Saramenha (Associação De Moradores Saramenha de Cima). Por coincidência, da família do meu amigo Geraldo Mendes, assim como da Creusa Mendes. Mundo microscópico.
Mas não era só: a "Elquisa" também fabricava sulfato de cobre. Eu ouvi esse tio "Totó", ainda menina, contar como vinham vagões repletos das antigas moedas de cobre do império, que viraram matéria prima do sulfato de cobre. Eram só sucata, nada mais.
Por último, o terceiro e igualmente muito importante, sulfato de alumínio, de que era a única no Brasil, usado, entre outros, para purificar água. Só algum tempo depois é que se construíram os fornos eletrolíticos para fabricar o metal alumínio. Que acendeu a cobiça estrangeira e fizeram de tudo para falir o empresário Reneé Giannetti. Conseguiram.
De empresa genuinamente brasileira passou a estrangeira e assim tem sido até hoje, com as terras garfadas por vias indiretas. E vão aí duas fotos históricas da velha Electrochimica, provavelmente as primeiras, em seu primeiro ano, com uma foto do ramal de acesso, galpões e sala de catalisadores, se não me engano. Serve de novo aquele velho verso do Drummond: toda história é remorso.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

SARAMENHA DE CIMA: UMA “PERIFERIA” DE OURO PRETO E AS SUAS PERCEPÇÕES DE PATRIMÔNIO

Artigo de Tiago Pires

RESUMO


O objetivo deste texto é discutir, a partir de resultados advindos de um projeto de extensão, como os moradores do bairro de Saramenha de Cima, localizado na cidade de Ouro Preto, percebem e se apropriam das noções de patrimônio tanto da cidade quanto da localidade em que habitam. Para realizarmos essa análise utilizamos fontes escritas que abordam a história do bairro e entrevistas com alguns moradores. Almejamos também perceber se os moradores de Saramenha se apropriam das noções patrimoniais formadoras do centro histórico de Ouro Preto e de que maneira esse possível diálogo é traçado.

PALAVRAS-CHAVE


Patrimônio cultural; Extensão universitária; Ouro Preto; Educação patrimonial; História regional.

TEXTO COMPLETO:

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DOI: http://dx.doi.org/10.14393/REE-v15n12016_art01

ISSN: 1518-6369
e-ISSN: 1982-7687
Qualis: B4 (Enfermagem; Letras e Linguística; Odontologia) 
Indexadores e Bases de Dados: Clase; Diadorim; EBSCO; Geodados; Latindex.
Periódico incluído na Rede CARINIANA de Preservação Digital.
Fator de Impacto (Google Acadêmico): Índice h5: 4 / Mediana h5: 5
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