"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

terça-feira, 6 de março de 2018

Entidades alertam sobre desmonte do Licenciamento Ambiental

 Fonte: https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?63862/alerta-desmonte-licenciamento-ambiental-brasil

Um grupo de 46 organizações representativas do movimento socioambiental, incluindo membros do Ministério Público, divulga nota pública contra projeto de lei que muda regras de licenciamento ambiental. O grupo, do qual participam o WWF-Brasil, o Greenpeace, o Instituto Socioambiental e SOS Mata Atlântica, entre outras 43 entidades, exige que “órgãos técnicos, comunidade científica, comissões ambientais, populações atingidas e a sociedade em geral sejam ouvidos”.

Segundo as entidades, trata-se de um desmonte da legislação. O projeto, que tramita na Câmara dos Deputados, pode ir a votação no plenário ainda este mês, segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Enquanto isso, a população de Barcarena, no Pará, sofre as consequências de vazamento tóxico de mineração. “Trata-se de uma triste e trágica demonstração de que as regras para o licenciamento ambiental deveriam, na verdade, se tornar mais rígidas, e não mais permissivas, como quer o PL em questão”, diz o coordenador de Políticas Públicas do WWF-Brasil, Michel Santos.

“Caso aprovada a proposta na forma como se encontra, esta e outras tragédias, como o rompimento da barragem em Mariana, em Minas, ficariam mais propensas a ocorrer, atingindo de forma ainda mais brutal as populações locais”, diz um trecho da nota.

E continua: “O texto do PL proposto pela bancada ruralista e outros setores que desejam mudar as regras de licenciamento ambiental do país deixa o meio ambiente vulnerável ao recomendar a dispensa de licenciamento para atividades agropecuárias a qualquer título e independentemente de seu impacto; ao criar o licenciamento autodeclaratório e flexibilizar as exigências ambientais; ao deixar inteiramente na mão de Estados e municípios a decisão sobre o grau de rigor da licença ambiental -- que pode ser nenhum se prefeitos e governadores assim entenderem; e ao retirar a obrigatoriedade da consulta a populações potencialmente atingidas -- uma clara violação aos direitos de povos indígenas e de comunidades locais, além de representar ameaças a áreas protegidas”.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

UM AVISO QUE VEM DO PARÁ

Fonte: “Ver-o-fato”: http://www.ver-o-fato.com.br/2018/02/alo-defesa-civil-barcarena-pede-socorro.html?m=1

sábado, 17 de fevereiro de 2018


ALÔ DEFESA CIVIL, BARCARENA PEDE SOCORRO: BACIAS DA HYDRO VAZARAM, DENUNCIAM MORADORES; EMPRESA ESCONDE A VERDADE


Não foi por falta de aviso e alerta às autoridades do Pará - governo do Estado, Defesa Civil e Ministério Público, tanto estadual quanto federal. As dezenas de ...comunidades do município de Barcarena vizinhas às bacias de rejeitos de alumina da multinacional norueguesa Norks Hydro, por meio do Ver-o-Fato, voltam a pedir socorro, temendo uma nova tragédia. Os fatos são gravíssimos.

Uma das bacias da empresa já apresentava vazamento desde a semana passada, agravado pelas fortes chuvas que têm caído na região, como publicado - inclusive com fotografias - pelo Ver-o-Fato. Na tentativa de ouvir o outro lado, como manda a regra do bom jornalismo, temos procurado contato com a Hydro para saber a versão dela, mas até agora não obtivemos sucesso. A Hydro se esconde atrás de seu poder econômico, que parece tudo inibir, comprar e calar, não atende e nem envia qualquer resposta.

Nesta manhã de sábado, os moradores quilombolas do Burajuba, uma das 60 comunidades impactadas pela poluição do ar e das águas causada pelos rejeitos da empresa, voltaram a acionar o Ver-o-Fato, detalhando novas ameaças, mais graves que as anteriores - autêntica tragédia anunciada que, apesar das denúncias, parece não sensibilizar autoridades com poder de evitá-la.

"O vazamento das bacias já contamina as comunidades, mas o pior é que os próprios funcionários da Hydro avisaram a gente, agora pela manhã, que se houver ou rompimento dessas bacias, nós, os moradores, teremos de sair às pressas de nossas casas, porque tudo ficará soterrado, sob escombros da lama vermelha", relatou a líder do Burajubae presidente da associação Cainquiama, Maria do Socorro Costa da Silva, que por denunciar sistematicamente os crimes ambientais e sociais na região têm sofrido perseguições e ameaças de morte.

Segundo dona Socorro e outros moradores, a Defesa Civil deveria se deslocar com urgência de Belém ou de Abaetetuba para tomar ciência do que está ocorrendo e orientar as famílias sobre como agir em caso de rompimento das barragens, que têm 30 metros de altura. "Eu apelo também ao procurador da República, Bruno Valente, para que venha aqui inspecionar as bacias, porque a Hydro está calada e nada diz sobre o risco que estamos sofrendo", acrescentou a líder quilombola.

A lama da morte

Vários moradores gravaram áudios e vídeos - veja acima, aqui no blogue - das ruas alagadas e do próprio rio Murucupi já invadido e contaminado pela lama vermelha das bacias da Hydro. "O ar aqui está irrespirável, a gente amanhece com falta de ar, passando mal", denuncia um deles. Na residência da senhora conhecida por dona Maria, bem próximo de uma das bacias, a situação é desesperadora. A enchente inundou a casa dela, trazendo a lama vermelha e seus produtos químicos devastadores para a saúde humana.

Na comunidade de dona Maria, a Bom Futuro, vizinha à Burajuba, a situação é de medo e alerta. Imagens mostram a enchente e a coloração vermelha da água, proveniente das comportas das bacias abertas pela Hydro para aliviar a pressão e tentar evitar o rompimento. Os sacos de cimento colocados em locais onde o vazamento foi identificado não foram suficientes para deter a saída da lama vermelha para fora de uma das bacias.

Mais e novas informações a qualquer momento.
Carlos Mendes
*BlogVerOFato*
https://youtu.be/k3JC36n05Qw


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domingo, 28 de janeiro de 2018

Poluição rotineira....

E assim é a rotina dos moradores da Vila Operária... resultado? doenças respiratórias, irritações e alergias na pele, danos aos veículos e imóveis etc.

Seguem fotos das instalações da Hindalco do Brasil em Ouro Preto/MG, tiradas em 27/01/2018 na Vila Operária e compartilhadas por um morador no grupo de WhatsApp do Bairro:





terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Vazamento de lama no sistema de rejeitos da Hindalco para o Marzagão

Numa postagem no Facebook no dia 02/01/2018, cidadão ouro-pretano denuncia possível vazamento de lama no sistema de rejeitos da Hindalco para a barragem do Marzagão. Confira:







terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Morador do bairro Antônio Dias reclama do odor da fábrica da Hindalco

Na noite do dia 25 de dezembro de 2017 um morador do Antônio Dias usou o Facebook para reclamar do mau cheiro da fábrica da Hindalco que, segundo ele, podia ser sentido naquele bairro. Nos comentário, uma moradora do bairro Cabeças corroborou a reclamação.



Essa é, infelizmente, a realidade diária dos moradores de Saramenha.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Viva Saramenha!!!


Transtornos na antiga "panificadora"

Uma obra da Novelis na antiga "Panificadora", um dos passivos ambientais deixados após décadas de produção de alumínio em Saramenha, causou grande problema na rua Ana Natalina da Rocha no entroncamento com a BR-356, conforme os vídeos abaixo publicados em 27/11/17 no Facebook:

Vídeos (requer acesso ao Facebook):

https://www.facebook.com/mvcvmarcos/videos/1514974831930191/





quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Vereadores de Ouro Preto acompanham a retomada das atividades na Vale Manganês

Foto-Divulgação
Crédito-Assessoria de Comunicação/Câmara Municipal de Ouro Preto

Com o objetivo de averiguar e conhecer as novas estruturas de trabalho da Vale Manganês unidade Ouro Preto, que retomou as atividades em setembro deste ano, os vereadores realizaram, nessa segunda-feira (23/10/2017), uma visita à empresa, onde foram recebidos pelo gerente da unidade, Gilberto Castro, e pelo gerente-executivo da Vale Manganês, Kesley Julianelli.

A Vale Manganês foi inserida em Ouro Preto em 1999, após pertencer às empresas Alcan e Paulista. As atividades da unidade foram paralisadas em 2014, devido à crise de preço no país, e retomadas agora em 2017. Após o retorno da produção alguns dos funcionários que haviam sido desligados ou estavam em regime de lay-off voltaram a exercer suas funções. Hoje, o local emprega 53 pessoas, sendo todos de Ouro Preto e região, segundo a empresa.

O vereador Juliano Ferreira (PMDB), que intermediou o contato entre a Vale e os vereadores, pontuou sobre a grande perspectiva dos parlamentares, bem como da população, quanto à geração de empregos no município. “Foi com muita alegria que nós recebemos a notícia da volta da produção da Vale Manganês. Diante de vários questionamentos da comunidade ouro-pretana, solicitei à Vale essa reunião para sanarmos algumas dúvidas quanto ao cenário atual, aos empregos gerados e às perspectivas futuras. A medida que a crise for diminuindo, nós acreditamos que a empresa trará mais frutos para Ouro Preto”.

Entre os pontos discutidos durante a visita, foram apresentadas pela Vale as alterações realizadas para a retomada das atividades, entre elas, a utilização do minério de Morro da Mina, em Conselheiro Lafaiete, que resultou em um menor custo na produção. “Conseguimos fazer uma reengenharia muito interessante que nos propiciou sonhar em voltar com a unidade. Um ponto importante é ter uma gestão em que o operador tem responsabilidade e autoridade por suas ações dentro da unidade.
Temos uma parceria muito grande com os empregados, e eles são parte fundamental no funcionamento da empresa, conseguimos fazer uma operação muito simples, enxuta e de alta produtividade”, explicou Kesley Julianelli.

O presidente da Câmara, Wander Albuquerque (PDT), destacou a importância de a Vale retornar ao mercado ouro-pretano. “Agora já vemos aquela luzinha no fundo do túnel que as coisas começam a ter uma melhora, a mineração começa a reagir. A Vale Manganês já gera mais de 50 empregos diretos, fora os indiretos, e isso nos dá esperança de que realmente está tendo uma reação no mercado”.

Ainda sobre a visita, o vereador Marquinho do Esporte (SD) acrescentou que “tivemos a oportunidade de conhecer um pouco o processo, fiquei muito feliz em saber que hoje há cerca 50 funcionários trabalhando e o forno funcionando, e nos mostraram muito otimismo e esperamos que em um futuro próximo possam estar os três fornos funcionando. Ouro Preto precisa da geração de empregos, o país passa por uma crise financeira. Não tenho dúvidas que daqui a um tempo a Vale estará funcionando a todo vapor”.

Os parlamentares ressaltaram que continuarão acompanhando os trabalhos da Vale Manganês, incentivando e apoiando ações e empreendimentos que geram trabalho e renda para a comunidade de Ouro Preto. Além do presidente Wander e dos vereadores Juliano e Marquinho, também estiveram presentes na visita os vereadores Chiquinho de Assis (PV), Geraldo Mendes (PCdoB), Luciano Barbosa (PMDB), Luiz Gonzaga (PR), Regina Braga (PSDB), Vantuir Silva (SD) e Zé do Binga (PPS).

Texto-Assessoria de Comunicação/Câmara Municipal de Ouro Preto