Veja a excelente matéria da Agência Primaz de Comunicação:

Recentemente diversas entidades de proteção socioambiental e cultural, dentre as quais a Associação de Proteção Ambiental de Ouro Preto – APAOP, divulgaram uma “Carta Aberta” alertando autoridades sobre os danos decorrentes da construção pela empresa VALE de uma estrada que contorna o distrito de Antônio Pereira. Tal obra tem como justificativa formal a necessidade de acesso ao vertedouro da barragem de Doutor, que passa por descomissionamento.
Fato é que no local da obra há canalização ou aterramento de cursos d’agua e de drenagens naturais, retirada de vegetação nativa e legalmente protegida, movimentação de terras em grandes quantidades e, tudo isso, em aparente zona de amortecimento do Parque Municipal das Andorinhas. Também há potencial de comprometimento das águas que abastecem os moradores. E mais, dada a proximidade com o núcleo habitacional do distrito, é necessário ainda verificar se a obra está inserida ou não em perímetro urbano.
No local verifica-se também a existência de muros antigos e canalizações de pedras que, segundo os moradores, são resquícios históricos de antigas fazendas do período colonial que precisam ser protegidos. Há também cavernas e grutas naturais que devem ser tuteladas pela União Federal, nos termos do art. 20, X da Constituição Federal.
Curioso observar ainda que a terra movimentada pela obra aparenta ter minério de ferro em sua composição, o que obviamente suscita que, para além de um mero acesso emergencial à barragem, a obra poderá abrir futuros flancos de mineração para a empresa. Dessa constatação surge a inevitável pergunta: porque a ao invés de uma nova estrada a VALE não optou por fazer alargamentos e melhorias na MG-129?
Portanto, para que todas as dúvidas sejam esclarecidas e suposições afastadas, bem como no necessário exercício do controle social, é urgente que a empresa VALE preste à comunidade esclarecimentos sobre o empreendimento.
Extraído de "Jornal Voz Ativa"
Por Tino Ansaloni
Publicado em 20/08/2020, 23:19 - Atualizado em 20/08/2020, 23:44Bombeiros Militares da 2ª Cia de Ouro Preto foram acionados em atendimento a ocorrência na tarde de 20/08, por volta de 13h30. Duas guarnições da cidade e outra do Posto Avançado, localizado na vizinha, Mariana, trabalharam intensamente para debelar incêndio em carreta, após tombamento. Cavalo mecânico e carroceria ficaram totalmente destruídos.
O local já é conhecido de grande parte da população devido ao grande número de acidentes que acontecem ali, principalmente com veículos de carga. No caso em questão, 20 toneladas de álcool líquido em frasco, usuais no comércio, eram transportadas e entraram em combustão, necessitando de interdição total da via por pelo menos três horas, no intuito de resguardar transeuntes e motoristas de possíveis ferimentos por explosões. Polícia Estadual Rodoviária, também presente, fez o controle do tráfego.
O trecho da BR 356 fica em frente a portaria de cargas da Hindalco, no bairro Saramenha, onde está localizada a balança de pesagem da empresa, motivo do conhecimento de grande parte da população do trecho como Curva da Balança da Hindalco, antiga Novelis.
Segundo relato dos Bombeiros, o motorista, único ocupante do veículo, não teve ferimentos e estava no local. Os trabalhos perduraram por toda a tarde e parte da noite, devido a necessidade de atenção total do militares, por se tratar de carga inflamável.
Os nove Bombeiros que atuaram na ocorrência realizaram o resfriamento e durante os trabalhos, houve explosões que podem ter sido, além de partes da carga, também de pneus do veículo. Foram usados por volta de 50 mil litros de água com LGE - Líquido Gerador de Espuma, que serviu tanto para debelar o fogo diretamente, quanto para evitar que o líquido em chamas escorresse pela via.
Responsáveis da empresa, estiveram no local para providenciar trasbordo de restante da carga que, porventura, não tenha entrado em combustão e retirada do veículo.
A Via
Caminhões e carretas trafegam por um longo trecho em declive e quando precisam dos freios, segundo vários motoristas com os quais nossa redação já conversou em muitos outros acidentes, se deparam com falha do sistema mecânico, por terem sido exigidos excessivamente durante a descida. Somente laudo pericial poderá apontar as causas do acidente.
A região do km 94 é de longa descida sem redutores de velocidade, mas, sim, somente sinalização vertical com alertas. Várias reuniões e solicitações das autoridades municipais e moradores foram feitas ao longo dos anos, porém, nenhuma ação que traga a solução por parte dos órgãos responsáveis pelas estradas foram tomadas.
![]() |
Crédito - Ane Souz/PMOP |