"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Equipe da Prefeitura reúne com moradores da Vila Operária para discutir ações da Prefeitura Itinerante


Vide em: http://ouropreto.mg.gov.br/noticia/642
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Ouro Preto

Para ouvir as demandas e discutir melhorias para as comunidades, a Prefeitura de Ouro Preto iniciou este mês de abril de 2018 o projeto Prefeitura Itinerante. Na noite desta quinta-feira (12), os moradores do bairro Vila Operária receberam na Igreja Matriz de Cristo Rei a equipe formada pelo prefeito Júlio Pimenta e o vice Tico Miranda, com a maioria dos secretários municipais, além do presidente da Câmara Wander Albuquerque e dos vereadores Geraldo Mendes e Alysson Gugu. Também esteve presente diretores da Associação de Moradores da Vila Operária.

Depois de apresentar numa tela as ações da Prefeitura Itinerante, quem esteve presente pôde fazer uso da palavra e outras reivindicações foram solicitadas. Uma delas seria a limpeza da quadra poliesportiva, que foi prontamente atendido pelo projeto e teve a área limpa no dia seguinte a reunião.
Moradora há muitos anos da Vila Operária, Dona Efigênia das Silva Brito agradeceu ao prefeito pelas ações no bairro e disse que tudo que está acontecendo merece nota dez. Ela também disse que tenta ajudar as equipes da forma que consegue, que é fazendo um suco gelado para os trabalhadores das equipes no local.

Para Luiz Carlos Teixeira, presidente da Associação de Moradores, as ações, tanto das obras quanto da reunião, são vistas com bons olhos, pois a associação, juntamente com os representantes do bairro, fazem várias solicitações e muitas aguardam determinado momento para serem executadas. Segundo ele, com o prefeitura Itinerante, a maioria delas foram atendidas.

Na ocasião, o prefeito anunciou que a entrega será na próxima sexta feira, 20 de abril, à partir das 16 horas, com mais serviços da Prefeitura para a comunidade no Dia D. Ele também aproveitou para convidar a todos os presentes e pediu para transmitir aos vizinhos e amigos do bairro e do entorno para acompanhar as melhorias dos trabalhos no local.

Ações ainda continuam na semana que vem na Vila Operária até o Dia D:
Término da pintura na escola Tomás Antônio Gonzaga e da creche Colméia;
Término da manutenção no telhado e calhas da escola e da creche;
Recuperação do alambrado da creche;
Pintura dos brinquedos da creche
Pintura de meios fios;
Reforma das calçadas;
Faixa de pedestre;
Desobstrução de bueiros;
Término da limpeza da quadra poliesportiva;
Conclusão de implantação de sinalização de trânsito e recuperação dos brinquedos.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

Condicionantes para a Hindalco em Saramenha

"[...] O presente processo de LP+LI+LO trata da solicitação de alteração do modus operandi da Hindalco em relação à denominada lama vermelha (resíduo proveniente do beneficiamento do minério bauxita), resíduo este que, na forma de polpa, é atualmente destinado à Barragem Marzagão. O objetivo é processar a lama em filtro prensa e direcioná-la para disposição a seco, em pilhas [...]

PARECER ÚNICO Nº 1245965/2017 (SIAM): http://sistemas.meioambiente.mg.gov.br/licenciamento/site/view-externo?id=1556

domingo, 25 de março de 2018

Arábia: uma inquietação

Ontem a Vila Operária ganhou um presente: assistir a pré-estreia nacional do tão aguardo filme "Arábia", rodado em partes aqui na nosso querido bairro da Vila Operária, em Saramenha.

Vencedor de muitos prêmios, o filme tem sido reconhecido por vários méritos, desde questões técnicas, como a ousada narrativa, bem como pelas reflexões que provoca sobre as relações do trabalho na sociedade contemporânea.

Cheguei cedo, sentei na primeira fila e assisti com bastante atenção e entusiasmo! O filme é, de fato, uma "jóia", com bem classificou a crítica do jornal Folha de São Paulo. Da ressocialização do ex-presidiário, da exploração do trabalho numa alusão certeira à "mais-valia" de Karl Marx, das relações humanas daqueles que nos parecem invisíveis entre tantos, do nosso papel nas vilas das nossas vidas... enfim, foram tantas reflexões! com todos que conversei após o filme percebi uma enorme inquietação sobre suas próprias existências.

Numa determinada cena, num pequeno quarto de alojamento de uma obra no leste de Minas Gerais, vários operários amontoados se divertem e um deles lê uma carta enviada pela sua mãe. No texto ela diz o quanto está feliz pelo filho estar trabalhando, enquanto o filho da vizinha está preso. Mas qual a diferença entre a cela de uma prisão e aquele pequeno quarto no meio de uma obra? Mais adiante, o protagonista diz que tem dó de um jovem que mora na Vila Operária, pois ele está ali preso na alienação da fábrica cercado de um monte de gente velha. Restou claro que as prisões das nossas vidas nem sempre tem grades.

Pessoalmente, não posso deixar de mencionar a cena em que o personagem André (sim, meu xará!) passa o dedo na janela e se assusta com o pó que cai da fábrica. Essa cena está aqui no meu blog numa postagem de 22 de março de 2012 (clique aqui e veja)! Várias críticas sobre o impacto ambiental da fábrica foram captadas com justiça e sensibilidade pelo filme. Sinto-me representado!

Para a Vila Operária foi uma grande homenagem! Não há mais quem não saiba o que acontece aqui nesse pequeno e fértil pedacinho de Ouro Preto.

Por fim, não posso deixar de agradecer à equipe de produção do filme, em especial ao querido João Dumans e à grande amiga Laura Godoy. Vocês fizeram algo muito significativo! Parabéns!






quinta-feira, 8 de março de 2018

Ouro Preto está incluida no TTAC (Samarco / Renova)?

A resposta para a pergunta acima é sim e não! sim porque o Comitê Interfederativo (CIF), órgão gestor do TTAC e que deveria regular sua execução, já deferiu/autorizou o pedido de Ouro Preto para compor o rol de cidades socioeconomicamente atingidas. Porém, a Fundação RENOVA, que deveria apenas executar o que lhe determinam, decidiu que não vai incluir Ouro Preto em suas ações até que todos os signatários do texto original assinem um aditivo. Mas daí o leitor vai perguntar: o próprio TTAC já não deu competência ao CIF para isso? sim, no meu modesto entendimento. Creio que a Fundação RENOVA busca o preciosismo jurídico para deixar de dar a Ouro Preto o que lhe é devido.

Esse imbróglio, apesar de parecer distante de Saramenha e da maioria da população ouropretana, tem relação direta com o funcionamento da cidade. Isto porque a arrecadação de tributos e os empregos formais despencaram abruptamente após o desastre ambiental nas barragens da Samarco. A dificuldade financeira e social trazida por este impactante evento tem reflexos diretos em todo o funcionamento dos serviços público de Ouro Preto. O meio ambiente não tem divisas estanques, é o chamado "efeito borboleta"!

Entenda mais lendo a documentação constante no seguinte link:

https://drive.google.com/open?id=1B3IlMWfr6U-z9fg6yrOZhLkMgKjS8yZD

Fonte: Nacho Catalán / El Pais, Madri 06/11/2015

terça-feira, 6 de março de 2018

Entidades alertam sobre desmonte do Licenciamento Ambiental

 Fonte: https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?63862/alerta-desmonte-licenciamento-ambiental-brasil

Um grupo de 46 organizações representativas do movimento socioambiental, incluindo membros do Ministério Público, divulga nota pública contra projeto de lei que muda regras de licenciamento ambiental. O grupo, do qual participam o WWF-Brasil, o Greenpeace, o Instituto Socioambiental e SOS Mata Atlântica, entre outras 43 entidades, exige que “órgãos técnicos, comunidade científica, comissões ambientais, populações atingidas e a sociedade em geral sejam ouvidos”.

Segundo as entidades, trata-se de um desmonte da legislação. O projeto, que tramita na Câmara dos Deputados, pode ir a votação no plenário ainda este mês, segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Enquanto isso, a população de Barcarena, no Pará, sofre as consequências de vazamento tóxico de mineração. “Trata-se de uma triste e trágica demonstração de que as regras para o licenciamento ambiental deveriam, na verdade, se tornar mais rígidas, e não mais permissivas, como quer o PL em questão”, diz o coordenador de Políticas Públicas do WWF-Brasil, Michel Santos.

“Caso aprovada a proposta na forma como se encontra, esta e outras tragédias, como o rompimento da barragem em Mariana, em Minas, ficariam mais propensas a ocorrer, atingindo de forma ainda mais brutal as populações locais”, diz um trecho da nota.

E continua: “O texto do PL proposto pela bancada ruralista e outros setores que desejam mudar as regras de licenciamento ambiental do país deixa o meio ambiente vulnerável ao recomendar a dispensa de licenciamento para atividades agropecuárias a qualquer título e independentemente de seu impacto; ao criar o licenciamento autodeclaratório e flexibilizar as exigências ambientais; ao deixar inteiramente na mão de Estados e municípios a decisão sobre o grau de rigor da licença ambiental -- que pode ser nenhum se prefeitos e governadores assim entenderem; e ao retirar a obrigatoriedade da consulta a populações potencialmente atingidas -- uma clara violação aos direitos de povos indígenas e de comunidades locais, além de representar ameaças a áreas protegidas”.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

UM AVISO QUE VEM DO PARÁ

Fonte: “Ver-o-fato”: http://www.ver-o-fato.com.br/2018/02/alo-defesa-civil-barcarena-pede-socorro.html?m=1

sábado, 17 de fevereiro de 2018


ALÔ DEFESA CIVIL, BARCARENA PEDE SOCORRO: BACIAS DA HYDRO VAZARAM, DENUNCIAM MORADORES; EMPRESA ESCONDE A VERDADE


Não foi por falta de aviso e alerta às autoridades do Pará - governo do Estado, Defesa Civil e Ministério Público, tanto estadual quanto federal. As dezenas de ...comunidades do município de Barcarena vizinhas às bacias de rejeitos de alumina da multinacional norueguesa Norks Hydro, por meio do Ver-o-Fato, voltam a pedir socorro, temendo uma nova tragédia. Os fatos são gravíssimos.

Uma das bacias da empresa já apresentava vazamento desde a semana passada, agravado pelas fortes chuvas que têm caído na região, como publicado - inclusive com fotografias - pelo Ver-o-Fato. Na tentativa de ouvir o outro lado, como manda a regra do bom jornalismo, temos procurado contato com a Hydro para saber a versão dela, mas até agora não obtivemos sucesso. A Hydro se esconde atrás de seu poder econômico, que parece tudo inibir, comprar e calar, não atende e nem envia qualquer resposta.

Nesta manhã de sábado, os moradores quilombolas do Burajuba, uma das 60 comunidades impactadas pela poluição do ar e das águas causada pelos rejeitos da empresa, voltaram a acionar o Ver-o-Fato, detalhando novas ameaças, mais graves que as anteriores - autêntica tragédia anunciada que, apesar das denúncias, parece não sensibilizar autoridades com poder de evitá-la.

"O vazamento das bacias já contamina as comunidades, mas o pior é que os próprios funcionários da Hydro avisaram a gente, agora pela manhã, que se houver ou rompimento dessas bacias, nós, os moradores, teremos de sair às pressas de nossas casas, porque tudo ficará soterrado, sob escombros da lama vermelha", relatou a líder do Burajubae presidente da associação Cainquiama, Maria do Socorro Costa da Silva, que por denunciar sistematicamente os crimes ambientais e sociais na região têm sofrido perseguições e ameaças de morte.

Segundo dona Socorro e outros moradores, a Defesa Civil deveria se deslocar com urgência de Belém ou de Abaetetuba para tomar ciência do que está ocorrendo e orientar as famílias sobre como agir em caso de rompimento das barragens, que têm 30 metros de altura. "Eu apelo também ao procurador da República, Bruno Valente, para que venha aqui inspecionar as bacias, porque a Hydro está calada e nada diz sobre o risco que estamos sofrendo", acrescentou a líder quilombola.

A lama da morte

Vários moradores gravaram áudios e vídeos - veja acima, aqui no blogue - das ruas alagadas e do próprio rio Murucupi já invadido e contaminado pela lama vermelha das bacias da Hydro. "O ar aqui está irrespirável, a gente amanhece com falta de ar, passando mal", denuncia um deles. Na residência da senhora conhecida por dona Maria, bem próximo de uma das bacias, a situação é desesperadora. A enchente inundou a casa dela, trazendo a lama vermelha e seus produtos químicos devastadores para a saúde humana.

Na comunidade de dona Maria, a Bom Futuro, vizinha à Burajuba, a situação é de medo e alerta. Imagens mostram a enchente e a coloração vermelha da água, proveniente das comportas das bacias abertas pela Hydro para aliviar a pressão e tentar evitar o rompimento. Os sacos de cimento colocados em locais onde o vazamento foi identificado não foram suficientes para deter a saída da lama vermelha para fora de uma das bacias.

Mais e novas informações a qualquer momento.
Carlos Mendes
*BlogVerOFato*
https://youtu.be/k3JC36n05Qw


Mais em

domingo, 28 de janeiro de 2018

Poluição rotineira....

E assim é a rotina dos moradores da Vila Operária... resultado? doenças respiratórias, irritações e alergias na pele, danos aos veículos e imóveis etc.

Seguem fotos das instalações da Hindalco do Brasil em Ouro Preto/MG, tiradas em 27/01/2018 na Vila Operária e compartilhadas por um morador no grupo de WhatsApp do Bairro:





terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Vazamento de lama no sistema de rejeitos da Hindalco para o Marzagão

Numa postagem no Facebook no dia 02/01/2018, cidadão ouro-pretano denuncia possível vazamento de lama no sistema de rejeitos da Hindalco para a barragem do Marzagão. Confira:







terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Morador do bairro Antônio Dias reclama do odor da fábrica da Hindalco

Na noite do dia 25 de dezembro de 2017 um morador do Antônio Dias usou o Facebook para reclamar do mau cheiro da fábrica da Hindalco que, segundo ele, podia ser sentido naquele bairro. Nos comentário, uma moradora do bairro Cabeças corroborou a reclamação.



Essa é, infelizmente, a realidade diária dos moradores de Saramenha.