"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

ChatGPT, "quais os danos ambientais da produção de alumina?"

Perguntei ao ChatGPT: quais os danos ambientais da produção de alumina? Vejam a resposta:

"A produção de alumina, que é o estágio intermediário na fabricação de alumínio, pode causar diversos danos ambientais. Esses danos podem variar dependendo dos métodos de produção utilizados, mas geralmente incluem:

1. Emissões de Gases de Efeito Estufa: A produção de alumina envolve o processamento da bauxita, um minério de alumínio, que geralmente requer o uso de energia intensiva, como a queima de combustíveis fósseis. Isso pode resultar na emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas.

2. Desmatamento e Degradação Ambiental: A mineração de bauxita para a produção de alumina muitas vezes envolve a remoção de vegetação natural e pode levar ao desmatamento e à degradação de ecossistemas locais. Isso pode afetar a biodiversidade e causar problemas como a erosão do solo.

3. Poluição da Água: A extração e o processamento da bauxita podem gerar resíduos contendo produtos químicos tóxicos, como ácido sulfúrico e soda cáustica. Se esses resíduos não forem adequadamente gerenciados, eles podem contaminar rios, lagos e aquíferos próximos, prejudicando a qualidade da água e a vida aquática.

4. Consumo de Energia: A produção de alumina consome grandes quantidades de energia, principalmente na etapa de refino. Isso pode resultar em uma pegada de carbono significativa, especialmente se a energia for gerada a partir de fontes não renováveis.

5. Resíduos Tóxicos: A produção de alumina gera resíduos sólidos e líquidos, alguns dos quais podem ser tóxicos. O manejo inadequado desses resíduos pode causar contaminação do solo e da água.

6. Consumo de Água: A produção de alumina também requer grandes volumes de água para processos de lavagem e refino. Em regiões onde a água é escassa, isso pode representar um desafio significativo para a disponibilidade de recursos hídricos locais.

7. Impactos sobre Comunidades Locais: A mineração e a produção de alumina podem ter impactos sociais significativos sobre as comunidades locais, incluindo o deslocamento de pessoas, a interrupção de modos de vida tradicionais e problemas de saúde relacionados à exposição a produtos químicos tóxicos.

É importante destacar que muitas empresas do setor de alumínio têm adotado práticas mais sustentáveis e estão trabalhando para reduzir esses impactos ambientais por meio de medidas como o uso de energia renovável, reciclagem de alumínio e melhores práticas de gestão de resíduos. No entanto, ainda é essencial monitorar de perto a indústria e pressionar por padrões mais rigorosos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental."




Actech continua buscando licenciamento ambiental



segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Moradores de Saramenha reclamam da queda de minério das cargas dos caminhões

Matéria da rádio Itatiaia disponível em: https://www.itatiaia.com.br/editorias/ouropreto/2023/08/04/moradores-de-saramenha-reclamam-da-queda-de-minerio-das-cargas-dos-caminhoes 


Empresa Actech responde às acusações e moradores insistem nos problemas reais

Por Matheus Renovato  - Ouro Preto

04/08/2023 às 09:31


A Rádio Itatiaia Ouro Preto recebeu diversas reclamações de moradores do bairro Saramenha em relação à frequente queda de minério das cargas dos caminhões que prestam serviço para a empresa Actech e transitam pela região. Segundo os relatos, essa situação tem causado uma considerável quantidade de poeira nas vias públicas, que acaba infiltrando-se nas residências, gerando transtornos relacionados à limpeza. A falta recorrente de água no bairro torna ainda mais difícil a tarefa de remover os resíduos.

Diante dessa situação, a empresa Actech foi procurada para esclarecer as medidas que serão adotadas para resolver essa questão. Em nota, a empresa afirmou ter conhecimento da falta de água no bairro, mas negou as acusações de poeira nas ruas com base em imagens fornecidas pelo vice-presidente da Associação dos Bairros, que mostram as ruas aparentemente limpas e a ausência de denúncias em seu portal.

Entretanto, os moradores reforçam a veracidade dos problemas enfrentados em relação à poeira do minério. Apesar das imagens apresentadas, muitos residentes do bairro continuam relatando questões reais relacionadas à poeira que resulta da queda de minério das cargas dos caminhões que circulam pela região.

A situação permanece em destaque, e a comunidade espera que as devidas providências sejam tomadas para solucionar esse incômodo, garantindo assim um ambiente mais limpo e saudável para todos os moradores do bairro Saramenha.



quarta-feira, 5 de julho de 2023

Pó, pó e mais pó... a rotina na Vila Operária

 A foto abaixo, tirada na garagem da minha casa (que é coberta!) exibe a rotina de limpeza de quem mora na Vila Operária. 


Foto tirada em 05/07/2023, na Vila Operária

terça-feira, 6 de junho de 2023

Revisão do Plano Diretor tem início com audiência pública desastrosa

 

"O plano diretor é um instrumento da política urbana instituído pela Constituição Federal de 1988, que o define como 'instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana', e é regulamentado pelo Estatuto da Cidade, pelo Código Florestal e pela Lei de Parcelamento do Solo Urbano. A Constituição atribui aos municípios, através do plano diretor, a obrigação de definir a função social da propriedade e ainda a delimitação e fiscalização das áreas subutilizadas, sujeitando-as ao parcelamento ou edificação compulsórios, ou ainda, à desapropriação com pagamento de títulos e cobrança de IPTU progressivo no tempo". (InfoEscola)


Na noite de ontem, dia 05/06/2023, teve início em Ouro Preto a revisão do Plano Diretor. O que deveria ter sido uma cerimonia de esperança aos ouro-pretanos foi, na minha opinião, o puro simbolismo do que é a política local: um pomposo desastre! 

De início a população que lotou o teatro do Centro de Artes e Convenções da UFOP teve que suportar cerca de uma hora de atraso para o início do evento. 

Quando foi enfim iniciada a cerimonia, a mesa diretiva, com exceção do Du do Veloso, representante da FAMOP, desviou-se da realidade e ocupou suas falas com auto-elogios ou com elogios ao Prefeito. Não foi um ato da sociedade, mas um ato político partidário do atual mandatário do executivo municipal. E nem vou gastar tempo aqui desmentindo as abobrinhas ditas por ele...

Ainda sobre a constituição da mesa, registro aqui o protesto feito pelo Prof. Pedro Peixe, do IFMG-OP, sobre a ausência de representantes daquela instituição, que mantém hoje cursos superiores de geografia e restauro, com elevada quantidade de alunos ouro-pretanos, que podem contribuir muito com os trabalhos. 

Logo após a mesa se desfez e deu lugar às falas dos técnicos estrangeiros que conduzirão os trabalhos nos próximo meses - aí a tragédia se aprofundou! a primeira a falar gastou bons minutos elogiando o currículo do Prefeito e enaltecendo a amizade que mantém com ele há vários anos. Em seguida, com certo ar de superioridade, falou sobre suas experiências na região metropolitana de BH e em outras cidades em que acompanhou revisões do mesmo tipo. Sobre Ouro Preto? ela ateve-se às questões de interesse do centro histórico, num sinal claro de que o foco continuando sendo no patrimônio da humanidade e não na cidade real dos ouro-pretanos. 

As falas seguintes, apesar de mais palatáveis, continuaram muito distantes das expectativas do público presente e sempre vinculando a identidade da cidade apenas ao patrimônio histórico. Não se falou em moradia, mobilidade urbana, regularização e fiscalização com foco nos nossos problemas reais. Noutro giro, ficou claro que o que vem pela frente, mais um vez, terá como resultado prático limitar o uso da cidade. 

Ao final, já passando das 22 horas, abriu-se a fala para pouquíssimas perguntas que revelaram o óbvio: o povo está saturado da pompa da elite belorizontina e quer resultados já! E quando o debate começou a gerar constrangimentos à equipe da prefeitura, uma notória correligionária do Prefeito tomou o microfone e repreendeu uma cidadã que falava. Foi o fim jocoso de uma noite vexatória...

Nas palavras do meu amigo Flávio Andrade, "companheirada, como não se deve fazer uma audiência pública. Foi a aula de hoje. Ouro Preto não é pra principiantes". 

A torcida é para que esse desastroso início não seja o norte dos trabalhos. A despeito da condução elitista, o povo deu o recado claro e vai assumir o protagonismo. 

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Feito o relato supra, não posso deixar de expor aqui alguns dos meus pensamentos sobre o tema:

  • As leis em Ouro Preto são mortas pela ausência de efetiva fiscalização derivada do clientelismo político. Enquanto os iluminados se ocupam em impedir que os ouro-pretanos estraguem o centro histórico, nas periferias tudo acontece livremente! construções irregulares, sobre passeios, rampas de garagem no meio da rua, espaços público apropriados por particulares, fábrica de alumina funcionando sem licenciamento ambiental, mineradora destruindo distritos, ocupações em áreas de risco... enfim, um festival de bagunças! e nossos vereadores ocupam a maior parte do seu tempo intervindo a favor dos infratores em troca de votos e apoios. Nem mesmo o código de posturas de 1980 é cumprido, quanto mais um plano diretor! sem ações educativas associadas será só mais um texto legal usado seletivamente. 
  • O Prefeito Ângelo sabe bem das dificuldades! não sem razão deixa as revisões normativas para o seu último ano de mandato, de modo que recaia sobre o sucessor o ônus da aplicação. Foi assim em 1996, 2011 e será agora. A estratégia dele é se manter como herói normativo e crítico da prática. Falta-lhe compromisso real com o povo da cidade que fica aqui o tempo todo e não apenas quando tem mandato. 
  • As discussões em Ouro Preto não podem ser protocolares, pois há aqui lideranças capacitadas para o debate. O problema é que tais lideranças são estigmatizadas e tratadas pelos gestores como adversários, numa vil análise partidária. É preciso que os gestores entendam a legitimidade das críticas e a importância de todos os partícipes, sob pena de travar os debates por vaidades e preconceitos. É nessa toada que a lei do papel não chega nas comunidades. 

Vamos em frente, o trabalho é longo!

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Dia mundial do meio ambiente: princípios básicos desrespeitados!

 


Em Saramenha tais princípios ambientais são expressamente desrespeitados! por aqui prevalece os princípios do poder econômico e da covardia.