"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)
sexta-feira, 24 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Leitura Territorial de Ouro Preto - qual o nosso futuro?
Como parte das ações negociadas com a empresa Novelis face ao encerramento das suas atividades em Ouro Preto, a Associação Casa Azul está realizando um diagnóstico de aptidões, a partir de uma metodologia de leitura territorial, que irá apontar caminhos possíveis para o desenvolvimento de um projeto sustentável para a cidade de Ouro Preto. Como etapa integrante da escuta e levantamento de demandas, foi realizado um Workshop de Leitura Territorial, nos dias 16 e 17 de julho de 2015.
Representando a Federação das Associações de Moradores de Ouro Preto (FAMOP), estive presente e me surpreendi com a boa qualidade do trabalho apresentado. O alto nível do debate e a visível intensão de pensar o futuro de Saramenha e da cidade de Ouro Preto como um todo, incluindo distritos, me encheu de boas esperanças. Espero ansiosamente pelo resultado final do trabalho.
Como ponto negativo registro apenas a ausência do poder público. Dada a importância do tema, era importante a presença das mais altas autoridades municipais, mas infelizmente estavam presentes apenas um representante da Secretaria Municipal de Turismo e uma representante da Câmara Municipal, e mesmo assim não ficaram todo o tempo do evento. Mais uma vez Prefeito, Secretários e Vereadores ficando longe dos grandes temas da cidade enquanto se ocupam apenas de politicagens e demandas de balcão/varejo.
Representando a Federação das Associações de Moradores de Ouro Preto (FAMOP), estive presente e me surpreendi com a boa qualidade do trabalho apresentado. O alto nível do debate e a visível intensão de pensar o futuro de Saramenha e da cidade de Ouro Preto como um todo, incluindo distritos, me encheu de boas esperanças. Espero ansiosamente pelo resultado final do trabalho.
Como ponto negativo registro apenas a ausência do poder público. Dada a importância do tema, era importante a presença das mais altas autoridades municipais, mas infelizmente estavam presentes apenas um representante da Secretaria Municipal de Turismo e uma representante da Câmara Municipal, e mesmo assim não ficaram todo o tempo do evento. Mais uma vez Prefeito, Secretários e Vereadores ficando longe dos grandes temas da cidade enquanto se ocupam apenas de politicagens e demandas de balcão/varejo.
domingo, 19 de julho de 2015
sábado, 18 de julho de 2015
Ainda sobre o vazamento de alumina, mas pensando no futuro.
Não vou ser ingênuo nem irresponsável de veicular que todo aquele pó que caiu sobre a Vila Operária na madrugada de 14 para 15 de julho é tóxico. Não é! como a fábrica gosta de dizer, é "inerte". Porém, também não posso omitir o fato de que toda aquela poeira causa (e realmente causou) o agravamento de sinusites, rinites e várias outras doenças alérgicas e respiratórias. Não foi uma tragédia, mas também não foi algo simples.
O mais grave, creio eu, é o valor simbólico do ocorrido. Digo isso porque desde que a Hindalco reativou a fábrica de alumina em Saramenha, há cerca de um ano e meio, esse foi o terceiro "acidente". Antes desse foram dois derramamentos de lama no Rio Funil.
Observamos uma temerária escala de falhas que pode ser um presságio de algo mais grave. Já pensaram num vazamento de soda cáustica ou de ácido sulfúrico? obviamente muitos irão dizer que não há riscos, mas também não diziam o mesmo sobre o que já ocorreu? será que estamos ignorando uma série de avisos?
O Operário Verde vem desde 2012 alertando a comunidade local e as autoridades sobre os riscos do abandono tecnológico da fábrica de Saramenha. Não é alarmismo ou pessimismo, mas uma leitura fria e atenta dos fatos. Sabemos que esse assunto é espinhoso e delicado, sobretudo em razão dos empregos envolvidos, mas não podemos deixar de pensar na segurança e na saúde dos próprios trabalhadores, dos moradores vizinhos e das crianças da escola e da creche.
O momento é de profunda reflexão...
O mais grave, creio eu, é o valor simbólico do ocorrido. Digo isso porque desde que a Hindalco reativou a fábrica de alumina em Saramenha, há cerca de um ano e meio, esse foi o terceiro "acidente". Antes desse foram dois derramamentos de lama no Rio Funil.
Observamos uma temerária escala de falhas que pode ser um presságio de algo mais grave. Já pensaram num vazamento de soda cáustica ou de ácido sulfúrico? obviamente muitos irão dizer que não há riscos, mas também não diziam o mesmo sobre o que já ocorreu? será que estamos ignorando uma série de avisos?
O Operário Verde vem desde 2012 alertando a comunidade local e as autoridades sobre os riscos do abandono tecnológico da fábrica de Saramenha. Não é alarmismo ou pessimismo, mas uma leitura fria e atenta dos fatos. Sabemos que esse assunto é espinhoso e delicado, sobretudo em razão dos empregos envolvidos, mas não podemos deixar de pensar na segurança e na saúde dos próprios trabalhadores, dos moradores vizinhos e das crianças da escola e da creche.
O momento é de profunda reflexão...
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Mais um dano ambiental...
Pois bem, já fui adjetivado de várias formas e muitos me acusam de alarmista. Mas está aí a justificativa do meu temor. Não vou escrever muito, as imagens são esclarecedoras. A Hindalco do Brasil repetindo os erros das antecessoras e a nossa querida Vila Operária mais uma vez vítima dos acidentes. Aliás, os acidentes são caracterizados tecnicamente por três fatores: imprudência, negligência ou imperícia. Qual será o caso?
terça-feira, 14 de julho de 2015
Hindalco obtém licenciamento de lavra de bauxita em Santa Bárbara/MG
Para ver o PARECER ÚNICO Nº 0585411/2015 (SIAM), clique no seguinte link:
http://www.meioambiente.mg.gov.br/images/stories/URCS_SupramCentral/RioVelhas/84/14.2-hindalco-revlo.pdf
http://www.meioambiente.mg.gov.br/images/stories/URCS_SupramCentral/RioVelhas/84/14.2-hindalco-revlo.pdf
"10. Conclusão: A equipe
interdisciplinar da Supram Central Metropolitana sugere o deferimento da
Revalidação da Licença de Operação, para o empreendimento Hindalco do Brasil
Indústria e Comércio de Alumina LTDA para a atividade de “Lavra a céu aberto
sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto minério de
ferro”, código A-02-01-1, classe 3, no município de Santa Bárbara/MG, pelo prazo
de 8 (oito) anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e programas
propostos."
Imagem da internet |
Audiência pública na Câmara Municipal de Ouro Preto discutiu crise na indústria de ferroliga. Convidados defenderam ampliação dos efeitos da MP 677/15.
Ampliar para Minas Gerais os efeitos da Medida Provisória 677/15, do governo federal, que estende os contratos entre as indústrias eletrointensivas do nordeste brasileiro e a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) até 2017, pode ser uma alternativa para reduzir a crise do setor no Estado. Foi essa a conclusão de vários dos convidados que participaram da audiência pública sobre as ameaças e o fechamento de postos de trabalho dos empregados das indústrias de ferroligas e de silício metálico em Minas Gerais na noite desta segunda-feira(13/7/15). A reunião foi realizada pela na Câmara Municipal de Ouro Preto - MG.
Entre as motivações da audiência, solicitada pelo vereador Chiquinho de Assis, estão a redução dos salários na unidade da Vale Manganês situada no município. Ligadas ao setor do ferroliga, as empresas têm sofrido, segundo os presentes, com os recentes aumentos de preços da energia elétrica. De acordo com o diretor do Sindicato dos trabalhadores Metalurgicos de Ouro Preto, Roberto Carvalho, a energia é o insumo mais importante dessa indústria, chegando a representar entre 40 e 45% dos custos.
Ainda de acordo com Carvalho, 80% da produção de ferroliga no Brasil está em Minas Gerais. Assim, ele afirmou que a solução mais imediata e rápida para a crise é a ampliação para o Estado dos efeitos da MP 677/15. A medida garantiu a ampliação dos contratos de energia sete indústrias no nordeste com manutenção dos preços, além de criar um fundo com recursos a serem destinado à construção de empreendimentos para geração de energia elétrica.
Foi destacado, porém, que é necessário que a extensão dos benefícios da norma seja condicionada à recontratação dos trabalhadores já demitidos. Roberto Wagner Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, sugeriu que fosse obrigatório que as empresas beneficiadas voltassem a garantir o mesmo número de postos de trabalho de 24 meses atrás, com a contratação de novos trabalhadores nos casos em que os antigos não tivessem mais interesse.
Atualmente, a MP 677/15 está sendo analisada por uma comissão criada na Câmara dos Deputados e o deputado federal Leonardo Monteiro (PT/ MG) já apresentou uma emenda que sugere a extensão dos benefícios para Minas Gerais. “Temos que sair daqui com um grupo de ação junto aos parlamentares mineiros em favor dessa emenda”, disse o advogado do Sindicato Renato Lisboa, que defendeu que parlamentares da base e da oposição se unam com esse fim.
Fonte: https://www.facebook.com/sindsaojuliao
Entre as motivações da audiência, solicitada pelo vereador Chiquinho de Assis, estão a redução dos salários na unidade da Vale Manganês situada no município. Ligadas ao setor do ferroliga, as empresas têm sofrido, segundo os presentes, com os recentes aumentos de preços da energia elétrica. De acordo com o diretor do Sindicato dos trabalhadores Metalurgicos de Ouro Preto, Roberto Carvalho, a energia é o insumo mais importante dessa indústria, chegando a representar entre 40 e 45% dos custos.
Ainda de acordo com Carvalho, 80% da produção de ferroliga no Brasil está em Minas Gerais. Assim, ele afirmou que a solução mais imediata e rápida para a crise é a ampliação para o Estado dos efeitos da MP 677/15. A medida garantiu a ampliação dos contratos de energia sete indústrias no nordeste com manutenção dos preços, além de criar um fundo com recursos a serem destinado à construção de empreendimentos para geração de energia elétrica.
Foi destacado, porém, que é necessário que a extensão dos benefícios da norma seja condicionada à recontratação dos trabalhadores já demitidos. Roberto Wagner Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, sugeriu que fosse obrigatório que as empresas beneficiadas voltassem a garantir o mesmo número de postos de trabalho de 24 meses atrás, com a contratação de novos trabalhadores nos casos em que os antigos não tivessem mais interesse.
Atualmente, a MP 677/15 está sendo analisada por uma comissão criada na Câmara dos Deputados e o deputado federal Leonardo Monteiro (PT/ MG) já apresentou uma emenda que sugere a extensão dos benefícios para Minas Gerais. “Temos que sair daqui com um grupo de ação junto aos parlamentares mineiros em favor dessa emenda”, disse o advogado do Sindicato Renato Lisboa, que defendeu que parlamentares da base e da oposição se unam com esse fim.
Fonte: https://www.facebook.com/sindsaojuliao
Foto: Facebook do Sindicato São Julião |
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Associação Casa Azul realiza workshop de leitura territorial em Ouro Preto
No final do ano de 2014 a Prefeitura Municipal de Ouro Preto anunciou em seu site na internet (clique aqui e veja) diversas ações em prol da comunidade em razão do fechamento da fábrica de alumínio de Saramenha.
Uma delas foi assim descrita:
"Outra ação com destaque apresentada ao prefeito foi o projeto da Associação Casa Azul, liderado pelo arquiteto Mauro Munhoz, responsável pela criação da Festa Literária Internacional de Paraty. O projeto consiste em uma leitura aprofundada do território ouro-pretano, a fim de identificar a vocação do munícipio, estimular a economia, o turismo e a cultura local, bem como atrair novos investimentos. Tudo isso levando em consideração toda a articulação e o esforço que já existe a favor dessas temáticas."
Pois bem, tal projeto terá uma etapa nesta semana, nos dias 16 e 17 de julho de 2015, quando lideranças locais serão recebidas pelos técnicos da Associação Casa Azul. O objetivo, conforme anunciado, é realizar "um diagnóstico de aptidões, a partir de uma metodologia de leitura territorial, que irá apontar caminhos possíveis para o desenvolvimento de um projeto sustentável para a cidade de Ouro Preto". Ainda segundo o convite, "será realizado um Workshop de Leitura Territorial", para o qual foram convidados "agentes de relevância na discussão das questões locais."
Desejamos sucesso ao projeto!
Uma delas foi assim descrita:
"Outra ação com destaque apresentada ao prefeito foi o projeto da Associação Casa Azul, liderado pelo arquiteto Mauro Munhoz, responsável pela criação da Festa Literária Internacional de Paraty. O projeto consiste em uma leitura aprofundada do território ouro-pretano, a fim de identificar a vocação do munícipio, estimular a economia, o turismo e a cultura local, bem como atrair novos investimentos. Tudo isso levando em consideração toda a articulação e o esforço que já existe a favor dessas temáticas."
Pois bem, tal projeto terá uma etapa nesta semana, nos dias 16 e 17 de julho de 2015, quando lideranças locais serão recebidas pelos técnicos da Associação Casa Azul. O objetivo, conforme anunciado, é realizar "um diagnóstico de aptidões, a partir de uma metodologia de leitura territorial, que irá apontar caminhos possíveis para o desenvolvimento de um projeto sustentável para a cidade de Ouro Preto". Ainda segundo o convite, "será realizado um Workshop de Leitura Territorial", para o qual foram convidados "agentes de relevância na discussão das questões locais."
Desejamos sucesso ao projeto!
Imagem extraída da internet |
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Vale Manganês: a bola da vez
Primeiro a Novelis se foi encerrando a produção de Alumínio. Depois chegou a Hindalco, uma incógnita. Agora é a vez a Vale Manganês abandonar a região de Saramenha. Os fatos, infelizmente, não negam as previsões mais pessimistas que fizemos no blog nos últimos anos. E reiteramos a pergunta: QUAL O FUTURO DE SARAMENHA?
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