"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

terça-feira, 14 de julho de 2015

Audiência pública na Câmara Municipal de Ouro Preto discutiu crise na indústria de ferroliga. Convidados defenderam ampliação dos efeitos da MP 677/15.

Ampliar para Minas Gerais os efeitos da Medida Provisória 677/15, do governo federal, que estende os contratos entre as indústrias eletrointensivas do nordeste brasileiro e a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) até 2017, pode ser uma alternativa para reduzir a crise do setor no Estado. Foi essa a conclusão de vários dos convidados que participaram da audiência pública sobre as ameaças e o fechamento de postos de trabalho dos empregados das indústrias de ferroligas e de silício metálico em Minas Gerais na noite desta segunda-feira(13/7/15). A reunião foi realizada pela na Câmara Municipal de Ouro Preto - MG.

Entre as motivações da audiência, solicitada pelo vereador Chiquinho de Assis, estão a redução dos salários na unidade da Vale Manganês situada no município. Ligadas ao setor do ferroliga, as empresas têm sofrido, segundo os presentes, com os recentes aumentos de preços da energia elétrica. De acordo com o diretor do Sindicato dos trabalhadores Metalurgicos de Ouro Preto, Roberto Carvalho, a energia é o insumo mais importante dessa indústria, chegando a representar entre 40 e 45% dos custos.


Ainda de acordo com Carvalho, 80% da produção de ferroliga no Brasil está em Minas Gerais. Assim, ele afirmou que a solução mais imediata e rápida para a crise é a ampliação para o Estado dos efeitos da MP 677/15. A medida garantiu a ampliação dos contratos de energia sete indústrias no nordeste com manutenção dos preços, além de criar um fundo com recursos a serem destinado à construção de empreendimentos para geração de energia elétrica.


Foi destacado, porém, que é necessário que a extensão dos benefícios da norma seja condicionada à recontratação dos trabalhadores já demitidos. Roberto Wagner Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, sugeriu que fosse obrigatório que as empresas beneficiadas voltassem a garantir o mesmo número de postos de trabalho de 24 meses atrás, com a contratação de novos trabalhadores nos casos em que os antigos não tivessem mais interesse.


Atualmente, a MP 677/15 está sendo analisada por uma comissão criada na Câmara dos Deputados e o deputado federal Leonardo Monteiro (PT/ MG) já apresentou uma emenda que sugere a extensão dos benefícios para Minas Gerais. “Temos que sair daqui com um grupo de ação junto aos parlamentares mineiros em favor dessa emenda”, disse o advogado do Sindicato Renato Lisboa, que defendeu que parlamentares da base e da oposição se unam com esse fim.


Fonte: https://www.facebook.com/sindsaojuliao

Foto: Facebook do Sindicato São Julião

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