"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

domingo, 27 de dezembro de 2015

Ato pela devolução das terras da Novelis


Informações da TV Top Cultura, de Ouro Preto/MG

Ocupação "Chico Rei" em terras da Novelis - Ouro Preto/MG

Cerca de 300 famílias estão em terreno da Novelis em Saramenha desde a noite do dia 25 de dezembro de 2015.

A siderúrgica Novelis, antiga Alcan Alumínio (dos canadenses) e cuja unidade em Ouro Preto fechou as portas recentemente, alega ser proprietária do imóvel.
Ao longo da sua existência, a empresa recebeu terras do município e do estado, como incentivo à geração de empregos. Teria que devolver, com o fechamento.
BARRAGEM DE REJEITO
É enorme o passivo ambiental deixado. Um deles é a barragem do Mazargão, na cabeceira do córrego Tripuí, afluente do ribeirão do Carmo, cujas águas correm para o rio Doce. Os rejeito da empresa é autamente tóxico. Contém, inclusive, grande quantidade de soda cáustica. As comunidades de vários bairros de Ouro Preto temem um rompimentos, há anos. O receio aumentou devido ao que aconteceu recentemente em Bento Rodrigues, distrito da vizinha Mariana, e com o possível abandono da Novelis devido ao encerramento de suas atividades.
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
É voz corrente entre as famílias da ocupação, a preocupação com a preservação do patrimônio cultural, visto que em Ouro Preto é grande a incidência de áreas de elevado grau de risco, o que acaba estimulando as pessoas a construírem no Centro Histórico e, até mesmo, fazerem adaptações em duas casas tombadas, por falta de lugar seguro para construir.
ORGANIZAÇÃO
Segundo os coordenadores da ocupação, ali será construído um bairro muito bem planejado, segundo orientações técnicas. As famílias estão conscientes de que suas casas não serão construídas, necessariamente, nos lugares que elas marcaram seus lotes.
"Aqui será modelo de planejamento urbano e técnicas construtivas", disse um dos líderes do movimento. "Queremos a participação direta da UFOP [Universidade Federal de Ouro Preto], que tem cursos de arquitetura, engenharia civil, direito, geologia, engenharia ambiental, entre tantos outros que poderão colaborar com o conhecimento", completou."

Vídeo: https://www.facebook.com/nataliacristina.mateus/videos/vb.100005602033382/413530222177042/?type=2&theater


Foto: Associação Ouro Preto Moradia, Preservação e Cidadania


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Frente em Defesa de Ouro Preto e Região na luta por Saramenha

Extraído do facebook
"A pedido da Frente em Defesa de Ouro Preto e Região, foi encaminhado novo requerimento à Assembléia Legislativa para que cobrem do Estado e da Novelis um relatório ambiental completo das terras de Saramenha, para verificar prováveis danos ambientais e passivos a serem deixados para trás, dentro do nosso município e áreas circundantes.
Dado que a empresa decidiu encerrar as atividades, ela tem obrigação legal de apresentar relatório circunstanciado, paralelamente ao governo do Estado. Esse pedido é o segundo que fazemos (o primeiro foi em novembro de 2014), mas até agora, nada.
A Novelis e a SEMAD (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Ambiental) precisam cumprir essa exigência legal ou seremos forçados a recorrer à justiça para obrigá-las. A situação da Barragem de Marzagão já estava incluída desde 2014. Estamos acompanhando. Sem trégua."

domingo, 6 de dezembro de 2015

Deputados estaduais visitarão barragem do Marzagão

Matéria disponível em: http://www.paulolamac.com.br/2015/12/comissao-extraordinaria-investiga-possiveis-irregularidades-em-acordo-entre-mineradoras-na-tragedia-de-mariana/

Destaque para o seguinte trecho:

"O deputado Paulo Lamac teve dois requerimentos aprovados para a realização de reunião com a finalidade de tratar de assuntos relativos ao rompimento da Barragem de rejeitos do Complexo Minerário do Fundão; e para a realização de visita técnica à barragem de rejeitos do Marzagão, da Alcan Alumínio do Brasil S.A., em Ouro Preto (Central), e ao chamado “Lago de Lama”, que atingiria este patrimônio da humanidade em caso de rompimento". 

Comitiva indiana visita FIEMG

Matéria disponível em: http://www7.fiemg.com.br/noticias/detalhe/comitiva-indiana-visita-fiemg-e-visa-desenvolver-ambiente-de-negocios

Um trecho, porém, me chamou a atenção: 

"Durante o encontro, o diretor executivo da Hindalco, indústria do grupo indiano especializada na produção de hidratos e aluminas especiais sediada em Ouro Preto, Eli Murilo Araújo, criticou o atual quadro de concessão de licenças ambientais no estado. Para ele, a burocracia estatal vem travando vários investimentos para Minas Gerais. “Já investimos mais de R$ 30 milhões e temos a previsão de mais R$ 120 milhões. O problema é que o sistema legislador ambiental em Minas Gerais é caótico e nos impede de executar nosso planejamento”.

Ora, caro Eli, por onde você andou no último mês? será que toda a discussão acerca do licenciamento ambiental em Minas Gerais lhe passou despercebida? O problema não são leis, mas a falta compromisso das empresas, a ausência de fiscalização do poder público e o tímido controle social. Está aí a toda poderosa Samarco que não me deixa mentir. 

Aproveitando o momento, esse encontro com a FIEMG poderia ter servido para a Hindalco anunciar medidas de proteção às comunidades potencialmente afetadas pelo rompimento do Marzagão, que por ser uma barragem possui um risco inerente a esta condição, independentemente do que é feito para mantê-la intacta. 

An passant: circula na comunidade a notícia de que o grupo de técnicos e engenheiros contratado pela fábrica para elaboração de projetos de modernização foi demitido. Neste grupo, aliás, estavam profissionais de longa história em Saramenha, do tempo da antiga Alcan. Não há, ao que tudo indica, maiores pretensões dos indianos em Saramennha. 

Aonde está o plano de emergência da barragem do Marzagão?

Mensagem recebida e em apuração:

"Boa tarde André, preciso de anonimato de meu nome para o que vou dizer.
Tenho visto sua luta no blog operário verde e me parece que sobre o Marzagão você tem poucas informações, porém vou te dar um item a contestar, inclusive no ministério público, sobre o qual a Hindalco fica quietinha como se não tivesse nada. Item este que poderia ter salvado muitas vidas no rompimento da barragem da Samarco.
 Pimenta de Ávila é apenas uma prestadora de serviços da Hindalco, era da Novelis, eles fazem o monitoramento dos Piezômetros, que são aparelhos que medem o deslocamento da barragem, só isso , mais nada. É um software que lê se está havendo o deslocamento, só isso , em grandes espaços de tempo.
POREM O MAIS IMPORTANTE QUE VOCÊ DEVE CONTESTAR QUE VOCÊ TEM O DIREITO DE PEDIR E VER E QUE VOCÊ NÃO ESTÁ TOCANDO NO ASSUNTO É : ONDE ESTÁ O PLANO DE ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS DA HINDALCO EM CASO DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM DO MARZAGÃO?

André pergunte a Hindalco, via órgãos oficiais o que eles tem de plano de emergência se aquela barragem romper, PEÇA OS RELATÓRIOS DE SIMULADOS DE EMERGÊNCIA, CONFORME O 4.4.7 DAS ISO 14001 E OHSAS 18001;.
ANDRÉ, ESTOU TE DIZENDO COM TODAS AS LETRAS QUE ELES NUNCA FIZERAM UM SIMULADO SOBRE ISSO, SE ROMPER VAI ALAGAR CASAS NA BARRA, DEPOIS DA PONTE, VAI MATAR A FAUNA E A FLORA RIBEIRINHA E A LAMA ASSIM COMO A ADA SAMARCO VAI CHEGAR NO RIO DOCE E LAMA DE ALUMINA É MUITO MAIS TÓXICA.
Pergunte a Hindalco se existem sinais sonoros de rompimento de barragem do Marzagão lá na barra, se existe pelo menos um fluxo de comunicação, o que eles tem de contenção.
Mas pergunte logo, porque eles não tem um bilhão para pagar pelos danos a vida e ao meio ambiente como a samarco começa a pagar, se voce quer um caminho para contestá-los sobre o Marzagão este é o caminho, pergunte onde está instalada a sirene de alarme lá para os moradores da barra(ribeirinhos) e se eles conhecem, segue o 4.4.7 da ISO 14001 e OHSAS 18001 é obrigatório ter e eles não seguem. Leia mais a respeito, o da SAmarco falhou."