"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

terça-feira, 14 de julho de 2015

Hindalco obtém licenciamento de lavra de bauxita em Santa Bárbara/MG

Para ver o PARECER ÚNICO Nº 0585411/2015 (SIAM), clique no seguinte link:
http://www.meioambiente.mg.gov.br/images/stories/URCS_SupramCentral/RioVelhas/84/14.2-hindalco-revlo.pdf

"10. Conclusão: A equipe interdisciplinar da Supram Central Metropolitana sugere o deferimento da Revalidação da Licença de Operação, para o empreendimento Hindalco do Brasil Indústria e Comércio de Alumina LTDA para a atividade de “Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco – minerais metálicos, exceto minério de ferro”, código A-02-01-1, classe 3, no município de Santa Bárbara/MG, pelo prazo de 8 (oito) anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e programas propostos."

Imagem da internet

Audiência pública na Câmara Municipal de Ouro Preto discutiu crise na indústria de ferroliga. Convidados defenderam ampliação dos efeitos da MP 677/15.

Ampliar para Minas Gerais os efeitos da Medida Provisória 677/15, do governo federal, que estende os contratos entre as indústrias eletrointensivas do nordeste brasileiro e a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) até 2017, pode ser uma alternativa para reduzir a crise do setor no Estado. Foi essa a conclusão de vários dos convidados que participaram da audiência pública sobre as ameaças e o fechamento de postos de trabalho dos empregados das indústrias de ferroligas e de silício metálico em Minas Gerais na noite desta segunda-feira(13/7/15). A reunião foi realizada pela na Câmara Municipal de Ouro Preto - MG.

Entre as motivações da audiência, solicitada pelo vereador Chiquinho de Assis, estão a redução dos salários na unidade da Vale Manganês situada no município. Ligadas ao setor do ferroliga, as empresas têm sofrido, segundo os presentes, com os recentes aumentos de preços da energia elétrica. De acordo com o diretor do Sindicato dos trabalhadores Metalurgicos de Ouro Preto, Roberto Carvalho, a energia é o insumo mais importante dessa indústria, chegando a representar entre 40 e 45% dos custos.


Ainda de acordo com Carvalho, 80% da produção de ferroliga no Brasil está em Minas Gerais. Assim, ele afirmou que a solução mais imediata e rápida para a crise é a ampliação para o Estado dos efeitos da MP 677/15. A medida garantiu a ampliação dos contratos de energia sete indústrias no nordeste com manutenção dos preços, além de criar um fundo com recursos a serem destinado à construção de empreendimentos para geração de energia elétrica.


Foi destacado, porém, que é necessário que a extensão dos benefícios da norma seja condicionada à recontratação dos trabalhadores já demitidos. Roberto Wagner Carvalho, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, sugeriu que fosse obrigatório que as empresas beneficiadas voltassem a garantir o mesmo número de postos de trabalho de 24 meses atrás, com a contratação de novos trabalhadores nos casos em que os antigos não tivessem mais interesse.


Atualmente, a MP 677/15 está sendo analisada por uma comissão criada na Câmara dos Deputados e o deputado federal Leonardo Monteiro (PT/ MG) já apresentou uma emenda que sugere a extensão dos benefícios para Minas Gerais. “Temos que sair daqui com um grupo de ação junto aos parlamentares mineiros em favor dessa emenda”, disse o advogado do Sindicato Renato Lisboa, que defendeu que parlamentares da base e da oposição se unam com esse fim.


Fonte: https://www.facebook.com/sindsaojuliao

Foto: Facebook do Sindicato São Julião

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Associação Casa Azul realiza workshop de leitura territorial em Ouro Preto

No final do ano de 2014 a Prefeitura Municipal de Ouro Preto anunciou em seu site na internet (clique aqui e veja) diversas ações em prol da comunidade em razão do fechamento da fábrica de alumínio de Saramenha. 

Uma delas foi assim descrita:

"Outra ação com destaque apresentada ao prefeito foi o projeto da Associação Casa Azul, liderado pelo arquiteto Mauro Munhoz, responsável pela criação da Festa Literária Internacional de Paraty. O projeto consiste em uma leitura aprofundada do território ouro-pretano, a fim de identificar a vocação do munícipio, estimular a economia, o turismo e a cultura local, bem como atrair novos investimentos. Tudo isso levando em consideração toda a articulação e o esforço que já existe a favor dessas temáticas."

Pois bem, tal projeto terá uma etapa nesta semana, nos dias 16 e 17 de julho de 2015, quando lideranças locais serão recebidas pelos técnicos da Associação Casa Azul. O objetivo, conforme anunciado, é realizar "um diagnóstico de aptidões, a partir de uma metodologia de leitura territorial, que irá apontar caminhos possíveis para o desenvolvimento de um projeto sustentável para a cidade de Ouro Preto". Ainda segundo o convite, "será realizado um Workshop de Leitura Territorial", para o qual foram convidados "agentes de relevância na discussão das questões locais."

Desejamos sucesso ao projeto!

Imagem extraída da internet

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Vale Manganês: a bola da vez

Primeiro a Novelis se foi encerrando a produção de Alumínio. Depois chegou a Hindalco, uma incógnita. Agora é a vez a Vale Manganês abandonar a região de Saramenha. Os fatos, infelizmente, não negam as previsões mais pessimistas que fizemos no blog nos últimos anos. E reiteramos a pergunta: QUAL O FUTURO DE SARAMENHA?

segunda-feira, 29 de junho de 2015

FEAM lança Calculadora do Consumo de Água

A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) lançou a Calculadora do Consumo de Água. Como o próprio nome diz, trata-se de uma ferramenta para cálculo do consumo de água do cidadão. 

Com o cenário de escassez hídrica e de restrição do uso de água no estado de Minas Gerais e a chegada do período seco, há a necessidade de criar mecanismos para a sensibilização e redução do consumo da água. O conceito “economizar água” é amplamente divulgado aos cidadãos. 

Porém, é necessário que se conheça primeiramente as principais fontes de consumo, para que, posteriormente, sejam adotadas medidas de redução efetivas em cada domicílio.

Segundo o gerente de Produção Sustentável, Antônio Malard, o objetivo principal é proporcionar ao cidadão uma ferramenta para calcular o consumo de água em sua rotina diária e apresentar as possibilidades de redução de consumo, baseadas nas informações prestadas pelo usuário. 

A ferramenta tem uma interface dinâmica e simplificada para atender qualquer tipo de usuário doméstico. 

Para estimar os volumes diários, foram levantadas, em diversas áreas das residências, as vazões médias de torneiras, chuveiros, vasos sanitários, banheiras, máquinas de lavar, entre outros utensílios domésticos, baseadas em referências bibliográficas e testes empíricos, conforme explica o gerente. 

O resultado é apresentado ao usuário numérica e graficamente (valor por área da residência e valor total), sendo também proporcionada uma comparação com os valores de consumo recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e as médias no Brasil e em Minas Gerais. 

Por fim, o nível de consumo é enquadrado em uma das classes apresentadas abaixo e informado ações para redução do consumo. 

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Acesse aqui a Calculadora do Consumo de Água.

domingo, 24 de maio de 2015

Lama vermelha da indústria de beneficiamento de alumina: produção, características, disposição e aplicações alternativas


Artigo disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762007000200011&lng=pt&nrm=iso&referer=www.clickfind.com.au 


RESUMO

A lama vermelha, resíduo da indústria de beneficiamento do alumino, é gerada a partir do refino da bauxita para produção de alumina (Al2O3) através do processo Bayer. Este trabalho apresenta uma revisão de literatura sobre a produção da lama vermelha, suas características, métodos de disposição final, problemas ambientais provenientes de uma disposição inadequada e aplicações alternativas para o seu aproveitamento econômico. 
 
Palavras chaves: Lama vermelha, processo Bayer, tailing, bauxita.

 SciELO - Scientific Electronic Library Online

E a velha fábrica de alúmino aos poucos vai se desfazendo... virou história!

Conforme havia anunciado quando do encerramento das suas atividades em Ouro Preto, a Novelis está se desfazendo dos velhos ativos da fábrica de Saramenha. Vários equipamentos foram recentemente à leilão em website especializado: https://www.superbid.net/leilao/lista/ofertas.htm?auction_id=39892


O nosso desejo agora é que a velha fábrica se renove! que aquele local sirva o quanto antes à geração de emprego e renda de forma limpa e segura para os trabalhadores e vizinhos.

sábado, 4 de abril de 2015

PARECER ÚNICO SUPRAM nº. 180/2014 - Hindalco


Para ver o PARECER ÚNICO SUPRAM nº. 180/2014, que concedeu Licença Prévia concomitante à Licença de Instalação (LP+LI) à Hindalco do Brasil Indústria e Comércio de Alumina Ltda para funcionamento em Saramenha, CLIQUE AQUI .


“A equipe interdisciplinar da Supram Central Metropolitana sugere o deferimento da Licença Prévia concomitante com Licença de Instalação (LP+LI), para o empreendimento HILDALCO DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALUMINA LTDA, para a modernização da Fábrica de Alumina, que consistirá na instalação de infraestrutura necessária à fabricação de aluminas especiais e hidratos especiais a partir do hidrato e alumina produzida no processo em operação, no município de Ouro Preto/MG, pelo prazo de 2 anos, vinculada ao cumprimento  das condicionantes e programas propostos
[...]
Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer  condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Central Metropolitana, tornam o empreendimento em questão passível de autuação.”

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A onda ruim de demissões na indústria do alumínio pelo país

O fechamento da metalúrgica de alumínio primário em Ouro Preto/MG, apesar das suas especificidades com relação ao atraso tecnológico, não é um movimento isolado. Outras empresas estão tomando a mesma decisão Brasil afora. Conforme vínhamos alertando nos últimos anos, o mercado dava sinais de crise no setor, motivando as nossas preocupações com o futuro de Saramenha. A questão não era mais "se", mas "quando" e "como". Vejam abaixo matéria publicada em 30/03/2015 no portal de notícias G1, das organizações Globo.


30/03/2015 16h02 - Atualizado em 31/03/2015 16h05


Consórcio do Maranhão confirmou a demissão de 650 funcionários.
Planta de alumina não será afetada e continuará operando normalmente.

Do G1 MA

O Consórcio de Alumínios do Maranhão (Alumar-Alcoa) confirmou, nesta segunda-feira (30), que suspenderá a produção remanescente de 74 mil toneladas métricas de alumínio da Alumar, em São Luís (MA). De acordo com o sindicato dos metalúrgicos, mais 150 funcionários serão demitidos com a decisão.

Em nota ao G1, a empresa afirmou que os elevados custos operacionais tornaram a produção de metal inviável na capital. Ela assegura que planta de alumina não será afetada e continuará operando normalmente. Confirmou ainda a demissão dos 650 funcionários, embora tenha destacado ações para reduzir o impacto desta decisão.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Luís (Sindmetal), José Maria Araújo, havia revelado, anteriormente, que 650 funcionários que trabalhavam nesse setor foram desligados da empresa também nesta segunda. 

O sindicato afirma que a empresa vem divulgando os melhores resultados, premiações e pesquisas, como o lucro líquido de US$ 432 milhões de dólares no último trimestre de 2014.

Uma reunião para discutir o assunto está agendada para esta quarta-feira (1º) e terá a participação de representantes do sindicato e da empresa. O presidente sindical José Maria Araújo disse que os trabalhadores lutarão pela garantia de emprego, melhores salários, além de benefícios para aqueles que serão demitidos retroativos à data-base (1° de março).

Em nota também ao G1, o governo do estado do Maranhão lamentou o anúncio feito pelo Consórcio de Alumínios do Maranhão (Alumar-Alcoa).

Leia a nota na íntegra:

"O Governo do Maranhão lamenta o anúncio feito pela Alumar de que desativará a terceira linha de produção de alumínio no Estado, com a consequente redução de 650 postos de trabalho. Em 2014, a Alumar reduziu sua capacidade de produção em duas oportunidades, nos meses de maio e outubro. Portanto, a decisão, sob a justificativa de reduzir custos e da falta de competitividade do preço de alumínio no mercado, reitera a lamentável política adotada pela empresa nos últimos anos, quando dois terços das linhas de produção no Maranhão foram desativadas.

Ainda este ano, o governador Flávio Dino, o vice-governador Carlos Brandão e o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, realizaram audiências com a direção da empresa, para discutir as perspectivas de investimentos no Estado. Em nenhum momento, os dirigentes da multinacional informaram ao governo sobre a intenção de adotarem a drástica decisão, que fere os interesses do Estado e da nossa população. O governador Flávio Dino determinou aos secretários Simplício Araújo (Indústria e Comércio) e Julião Amin (Trabalho e Economia Solidária) imediata interlocução junto à empresa, visando assegurar responsabilidade social e alternativas para minimizar os danos causados."

Demissões em 2014

Em março do ano passado, a empresa havia anunciado a demissão de 500 trabalhadores alegando altos custos no preço da energia e outros gastos. Em maio, a Justiça do Trabalho determinou a suspensão imediata da demissão coletiva sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Segundo o sindicato, mesmo assim, foram demitidos 333 empregados.

Leia a nota na íntegra do Consórcio de Alumínios do Maranhão :

"A Alcoa, líder na produção de metais leves, anunciou hoje que suspenderá a produção remanescente de 74 mil toneladas métricas de alumínio da Alumar, em São Luís (MA). A decisão está alinhada com o recente anúncio da companhia de avaliar possíveis reduções, fechamentos ou vendas em sua capacidade de produtos primários para otimizar ainda mais o portfólio de commodities. A expectativa é de que este ajuste seja concluído até 15 de abril próximo.

“Continuamos a tomar medidas decisivas para criar um negócio competitivo em nível global baseados em uma revisão da nossa capacidade nos negócios de produtos primários”, declarou Bob Wilt, presidente Global do Grupo de Produtos Primários da Alcoa. “São decisões difíceis, mas necessárias, para apoiar a estratégia da Alcoa de reduzir a base de custos dos nossos negócios de commodities.”

Essa suspensão dá continuidade à redução de 85 mil toneladas métricas nas operações de São Luís realizada em maio de 2014, e mais 12 mil toneladas métricas implementadas em outubro de 2014. As condições desafiadoras do mercado global e os elevados custos operacionais tornaram a produção de metal inviável. A planta de alumina não será afetada e continuará operando normalmente.

“Nós sabemos como esta decisão afeta profundamente nossos funcionários, empresas contratadas e nossas comunidades”, afirmou José A. Drummond, presidente da Alcoa América Latina. “Nossas equipes trabalharam arduamente para tornar as operações competitivas. Manteremos o diálogo com nossos funcionários, o sindicato e a comunidade para minimizar o impacto dessa decisão. Continuaremos empenhados em atingir as condições de competitividade necessárias para a produção de alumínio na região.”

Esta suspensão está alinhada com o anúncio da Alcoa, de 6 de março de 2015, de avaliar 500 mil toneladas métricas de capacidade de produção de alumínio e 2,8 milhões de toneladas métricas de alumina, com vistas a possíveis reduções, fechamentos ou vendas. Com o ajuste na linha de produção de São Luís, a Alcoa deixará de produzir aproximadamente 740 mil toneladas métricas anuais, o equivalente a 21% de sua capacidade de produção de metal.

Como resultado do anúncio de hoje, a Alcoa arcará no primeiro trimestre com encargos de reestruturação estimados entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões, após os impostos, ou US$ 0,01 por ação.

Ao suspender as operações de alumínio e de alumina de alto custo, a Alcoa avança em seu objetivo de reduzir sua posição ao 38º percentil da curva de custo mundial da produção de alumínio, e a de alumina ao 21º percentil, até 2016."