"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

domingo, 19 de junho de 2016

Situação caótica da Avenida Renne Gianetti é discutida pela Associação de Moradores

Originalmente publicado em 18/06/2016 às 22:19 por  - Jornal Voz Ativa

Por João Paulo Silva
Cansada de esperar por iniciativas do poder público, a Associação dos Moradores dos Bairros Saramenha de Cima, Tavares, Vila Santa Isabel e Vila Maria Soares convocou uma reunião na última quinta-feira (16), às 18h, para discutir a situação do trânsito da Avenida Américo Renê Gianetti. O encontro aconteceu na sede da associação, localizada na mesma avenida da cidade de Ouro Preto.
Estiveram presentes moradores dos bairros, representantes da Polícia Militar e Guarda Municipal e o Vereador Wander Albuquerque.
De acordo com a presidente da Associação de Moradores, Regina Maria Mendes Morais, “a situação é caótica e a comunidade está apreensiva, pois o número de carretas que passa diariamente pela avenida tem aumentando expressivamente, colocando em risco a vida dos moradores”. “Temos um processo em tramitação no Ministério Público, mas até agora ele não foi concluído. O risco de acidentes graves é iminente e já tivemos casos fatais envolvendo atropelamento”, lembrou Regina Morais.
A luta pela solução deste problema já acontece há mais de 15 anos, mas até agora nenhuma providência foi tomada pelo Governo Municipal. Os moradores citaram também a ocorrência constante de direção perigosa, barulho excessivo.
“A princípio o objetivo era fazer uma alça viária, mas a nossa reivindicação nunca foi atendida pelo Executivo Municipal. A situação está cada vez mais difícil. Carretas passam por aqui em alta velocidade e a população está muito preocupada”, completou a presidente.
Os moradores vêm cobrando um posicionamento efetivo da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, mas de acordo com eles, a mesma se mostra totalmente omissa à situação. “Esse é um problema de responsabilidade do município, mas a prefeitura nesta atual administração é totalmente ausente. Todos os projetos realizados com o intuito de resolver os problemas da Estrada Real foram esquecidos e engavetados pela atual administração”, afirmou Geraldo Mendes, nascido no Bairro e morador há mais de 40 anos.
Diante do perigo iminente de acidentes no local, foi solicitado aos representantes da Guarda Municipal um maior envolvimento no bairro. “Fomos orientados pelo Ministério Público a impedir o tráfego apenas de carretas com mais de 16 metros. Até o momento, outros caminhões podem transitar livremente”, afirmou o Inspetor Mendes, da Guarda Municipal. Mendes ressaltou ainda a “alta demanda da Guarda Municipal em várias questões além do trânsito da cidade de Ouro Preto, o que impede o atendimento de todas as solicitações”. Membros da Polícia Militar também estiveram presentes na reunião.
O Vereador Wander Albuquerque afirmou que “com o fechamento da Vale Manganês não faz mais sentido o tráfego de carretas na avenida”. Ele citou também “a importância de se averiguar juntamente ao Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG) a legislação vigente sobre a circulação de caminhões de grande porte na Estrada Real”.
Albuquerque ressaltou ainda “a necessidade de se provocar uma audiência pública no Conselho de Transporte da Assembleia Legislativa do Estado de Minas” e se prontificou a apoiar e acompanhar as reivindicações dos moradores do Saramenha de Cima na condição de vereador da cidade de Ouro Preto.
Após a Vale Manganês, localizada na Estação Rancharia, encerrar suas atividades em maio deste ano, os moradores do entorno esperavam que o trânsito fosse menos intenso, já que a Avenida foi o principal acesso à indústria eletrointensiva que, ao fechar suas portas, deixou centenas de pessoas desempregadas. No entanto, o problema não apenas deixou de ser resolvido, como se intensificou. “Motoristas carregando cargas pesadas, utilitários e até carros de passeio se utilizam do desvio irregular para fugir dos pedágios na BR 140”, afirmou Márcio Glicério Mendes, morador do bairro Saramenha de Cima.
Ao final do encontro, a presidente da Associação, Regina Morais, falou dos objetivos traçados a partir do que foi discutido na reunião. “O nosso intuito é acabar com o trânsito pesado na região e devolver a tranquilidade aos moradores. Iremos atrás do Ministério Público e verificaremos as condições para a proibição do tráfego na avenida e daremos continuidade a este trabalho que se começou hoje. Para isso, contamos também com a cooperação do vereador Wander Albuquerque”.

Ela ainda falou da descrença em relação ao atual Governo Municipal. “No começo desse governo nós tínhamos a expectativa de que o projeto da alça viária fosse concluído, porém ficou tudo apenas na conversa. Estamos prontos para a luta e não vamos parar enquanto não vermos melhorias”, finalizou a presidente.
Foto - Regina Morais, presidente da Associação de Moradores, fala durante reunião
Crédito - João Paulo Silva

sábado, 18 de junho de 2016

4ª Conferência da Cidade de Ouro Preto

Vem aí a 4ª Conferência da Cidade de Ouro Preto (24 de Junho de 2016). 

Confira a programação:

12 às 13h30 ....... Credenciamento
13h30 ................. Mesa de Abertura
14h ...................... Leitura e aprovação do Regimento da 4a Conferência da Cidade de Ouro Preto
15h ...................... Mesa com o tema: "Função social da cidade e da propriedade: por uma nova matriz econômica e social"
15h40 .................. Tribuna livre
17h10 .................. Intervalo e café
17h30 ................... Grupos de Trabalho (Saneamento ambiental; Mobilidade e acessibilidade; Política Municipal de Habitação e Regulação Fundiária; Planejamento Urbano e revisão do plano diretor)
19h ...................... Plenária final de aprovação das prioridades e encerramento da conferência
21h ...................... Encerramento

Participe!!!
Pré-credenciamento pelo e-mail quartaconferenciaouropreto@gmail.com ou pelo formulário disponível no link https://goo.gl/qiZ8qx.

Vagas limitadas!


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Promotor de Justiça fala na Câmara Municipal sobre os passivos socioambientais deixados pela Novelis

O Promotor de Justiça de Ouro Preto, Dr. Domingos Ventura, falou na Câmara Municipal sobre os passivos socioambientais deixados pela Novelis e sobre a sua atuação no caso. Veja o vídeo:


terça-feira, 24 de maio de 2016

Vídeo da Alcan de 1988 já abordava degradação socioambiental

A minha história com Saramenha não é recente. Nem é superficial e minha preocupação com o meio ambiente e com o desenvolvimento social da nossa região. No vídeo abaixo, de 1988, a minha família foi utilizada como fundo de cena para uma história fictícia que chamava a atenção do expectador para a degradação do meio ambiente e seus impactos nas vidas das pessoas. A personagem principal foi interpretada pelo meu pai. No vídeo aparecem também minha mãe, eu e meu irmão (eu sou o menor). O mais curioso é que o vídeo foi financiado pela própria fábrica, então sob o comando da canadense Alcan. Prestem muita atenção na mensagem final, dita da boca do meu pai - a conclusão é uma só: eu não poderia ser diferente do que sou hoje!


sábado, 21 de maio de 2016

Câmara de Ouro Preto promove Audiência Pública para apoiar trabalhadores da Vale Manganês

SEX, 13 DE MAIO DE 2016 16:02 ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E EVENTOS
Matéria disponível clicando aqui

O objetivo foi reivindicar a manutenção dos serviços e debater a crise econômica nos setores mineral, metalúrgico e siderúrgico
Durante a Reunião Ordinária do dia 03 de Maio, os trabalhadores da Vale Manganês Ouro Preto, junto ao Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Julião, marcaram presença para pedir apoio dos vereadores diante do anúncio do fechamento da empresa Vale Manganês S.A (unidade Ouro Preto), que por consequência teria o encerramento de 160 postos de trabalho.
No plenário, os trabalhadores apresentaram aos parlamentares e à comunidade a situação em que a classe se encontra. Dando total apoio aos funcionários da empresa, os vereadores realizaram uma Audiência Pública (proposta pela Comissão de Participação Popular e Defesa do Consumidor da Câmara de Ouro Preto) no último dia 11, em frente a Vale Manganês Ouro Preto. A finalidade foi reivindicar a manutenção dos serviços e debater a crise econômica nos setores mineral, metalúrgico e siderúrgico.
O vereador Chiquinho de Assis comentou sobre o objetivo da Audiência. “O objetivo principal é apoiar a luta do Sindicato que é a manutenção dos postos de trabalho da nossa região. O Sindicato traz um argumento muito forte do qual eu concordo, não dá pra admitir que uma empresa que foi totalmente restaurada, onde o manganês não está tão em baixa no nosso país, promova a demissão desses trabalhadores”, disse.
O presidente da Câmara, Thiago Mapa avaliou a audiência. “Mais uma vez a Câmara de Ouro Preto está fazendo o seu papel. O Sindicato nos procurou e vimos que é de suma importância a preservação desses empregos e a luta continua. É muito importante destacar que lamentamos profundamente que nenhum representante do Executivo Municipal tenha participado da Audiência. Enfim, a Câmara sempre apoiará a população, pois é a Casa do povo, e por isso, estará aberta e apoiando tudo o que se refere a população de Ouro Preto”, destaca.
O senhor Roberto Wagner de Carvalho, representante da Coordenação Política Sindical do Sindicato dos Metalúrgicos de São Julião, destacou que a audiência e todas as ações realizadas foram um sucesso e,a empresa já está repensando alguns atos.
No dia 1º de Junho será realizada uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, junto a Comissão do Trabalho e Previdência Social onde o tema mineração, siderurgia e metalurgia em Minas Gerais será mais uma vez pautado.
Crédito da foto: Câmara de Ouro Preto

terça-feira, 10 de maio de 2016

Sindicato e funcionários demitidos da Vale Manganês fecham trânsito na BR 040 em Congonhas-MG

Informações de: Jornal "Voz Ativa" - Disponível em: http://www.jornalvozativa.com/sindicato-e-funcionarios-demitidos-da-vale-manganes-fecham-transito-na-br-040-em-congonhas-mg/ 

10/05/2016 às 09:45 por 




































































Por mais de duas horas os funcionários demitidos da Vale Manganês, em Ouro Preto-MG e Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Julião fecharam, em manifestação pacífica, o trânsito, na BR 040, em Congonhas-MG, cidade na qual a Vale tem unidades, desde as 6h 15 min.
Nó último dia 05 de maio, a empresa anunciou o fechamento da Vale Manganês em Ouro Preto, com o desligamento de mais de 160 trabalhadores. Segundo o Sindicato, o lucro auferido e os investimentos feitos pela empresa ao longo dos anos de 2013 e 2014 não justificam o fechamento da fábrica.
Outros atos dos funcionários demitidos e Sindicato já foram realizados em outros locais, entre eles, a portaria da própria fábrica; na Praça Tiradentes, centro de Ouro Preto; na câmara municipal, onde forma recebidos pelos vereadores e em frente a prefeitura municipal por duas vezes, quando, em nenhum dos dois momentos, foram recebidos pelo prefeito para dialogar sobre a situação.
Segundo Roberto Wagner de Carvalho, a atitude do prefeito de Ouro Preto tem sido a mesma de outros momentos de tensão para os trabalhadores, para a própria receita municipal e bem estar financeiro do município, como, por exemplo, no fechamento da Novelis, anunciado no dia 16 de outubro de 2014, quando mais de 350 trabalhadores foram afetados.
O Manifestação de hoje, na 040, fechou a pista com uma barricada de pneus em chamas e contou com a participação da Frente Brasil Popular. O ato foi também contra a situação política pela qual passa o país e, ainda segundo Wagner, contra o verdadeiro golpe que está em andamento no país. Faixas com os dizeres “Temer Golpista”, “Vale Assassina” e “Não vai ter Golpe” foram usadas pelos manifestantes.
O atos sindicais já surtiram impacto positivo, segundo o sindicato, pois a empresa já fala em transferir os trabalhadores afetados, ao invés de efetuar as demissões.
A manifestação terminou por volta de 8h 20min. As pistas foram liberadas e o trânsito flui normalmente

Foto: Jornal Voz Ativa, Tino Ansaloni

Vale manganês encerra operações em Ouro Preto e demite por telegrama

Fonte: Jornal "Hoje em Dia" - disponível em: http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/vale-mangan%C3%AAs-encerra-opera%C3%A7%C3%B5es-em-ouro-preto-e-demite-por-telegrama-1.382429 

Por: Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br

Depois de dois anos sem produzir, mas faturando com a venda de energia, a Vale Manganês de Ouro Preto confirmou que não irá retomar as operações. Dos 150 empregados, pelo menos 67 já foram dispensados por telegrama, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Preto. Desde julho, os funcionários da unidade recebem 50% do salário e ficam em casa, conforme adiantou o Hoje em Dia na época.
De acordo com a Vale, a companhia tentou realizar as demissões pessoalmente. Aqueles que não compareceram à empresa foram desligados por telegrama, segundo informa nota enviada pela assessoria de imprensa. Ainda de acordo com o texto, houve um grande esforço de manutenção dos postos de trabalho por dois anos. O encerramento das atividades teria sido por falta de demanda.
A Vale Manganês é uma indústria eletrointensiva. Cerca de 60% do custo do produto comercializado pela empresa é eletricidade. Por isso, ela costuma fechar contratos de longo prazo com a Cemig. Até 2015, a indústria tinha uma contrato de R$ 67 por megawatt-hora (MWh) utilizado.
Devido à falta de chuvas, o valor do MWh no mercado spot (à vista) chegou a R$ 822. Ou seja, era vantajoso vender a energia no Mercado Livre (ambiente em que o preço do insumo é negociado). Com o fim dos contratos e a energia nas alturas, o setor de ferro-ligas passou aperto. A concessionária propôs valores na casa de R$ 347 o MWh para contratos de dez anos.
O valor máximo da energia para produzir competitivamente ferro-ligas é R$ 180. Na época, a presidente Dilma Rousseff editou a MP 677, garantindo subsídios a empresas eletrointensivas do Nordeste, posteriomente estendidos para Sudeste e Centro-Oeste. “Achávamos que a Vale ia manter os empregos com a conquista. O município já perdeu muito com o fechamento da Novelis”, diz Geraldo Araújo, da Central Sindical Popular.
A unidade da Vale Manganês de Conselheiro Lafaiete, que teve as operações interrompidas em meados do ano passado, será as atividades parcialmente retomadas em breve, segundo a empresa.
Leia nota da Vale na íntegra:
Sobre operações da Vale Manganês
"A Vale Manganês informa que não retomará as operações da Unidade Ouro Preto. As atividades da unidade estão interrompidas desde 2014, período em que a empresa buscou alternativas para atenuar os efeitos decorrentes da redução da demanda de ferroligas no mercado interno.
Já a unidade Morro da Mina, localizada em Conselheiro Lafaiete, cujas operações estavam interrompidas desde julho de 2015, terá as atividades parcialmente retomadas entre abril e maio. A unidade passará por uma adequação dos volumes de produção, de acordo com o cenário atual do mercado interno.
Mesmo com o cenário adverso, em fevereiro de 2016, a Vale Manganês reativou a produção da Usina de Ferro Ligas de Barbacena, que estava interrompida desde janeiro de 2015. A retomada das operações representa a produção de até 60 mil toneladas de ligas por ano e a manutenção de 200 empregos diretos naquela localidade.
 
Durante as interrupções das unidades de Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, foram adotadas iniciativas para manter empregos, com a concessão de férias coletivas, férias concentradas, transferências de empregados para outras unidades e licença remunerada. A empresa manterá seus esforços na busca de caminhos que viabilizem a continuidade das operações remanescentes demais unidades operacionais do negócio Manganês e Ligas".