"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

domingo, 20 de janeiro de 2013

Novelis avalia expansão em Ouro Preto?

Matéria publicada em dezembro de 2012 no "Diário do Comércio" - clique aqui para ler


Novelis avalia expansão em Ouro Preto
Companhia aguarda o posicionamento da Supram para o pedido de ampliação de sua fábrica de pasta.

LEONARDO FRANCIA.

ERIC GONÇALVES
Expansão da planta mineira visa eliminar gargalos na fábrica de pasta
Expansão da planta mineira visa eliminar gargalos na fábrica de pasta
Depois de enfrentar paralisações na produção e apresentar resultados pouco expressivos desde a crise financeira internacional de 2008/2009, a Novelis do Brasil Ltda, subsidiária da norte-americana Novelis Inc, com planta em Ouro Preto (região Central do Estado), pretende ampliar a capacidade da fábrica mineira.

No próximo dia 3, a Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Região Central (Supram Central), vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), vai julgar o pedido de licença de operação (LO) da ampliação.

Segundo relatório do órgão ambiental, a solicitação refere-se à implantação de uma britador, uma peneira no sistema de moagem, um misturador de pasta e uma briquetadeira na fábrica de pasta. A unidade será destinada à fabricação de produtos acabados à base de carbono, para atender às necessidades de clientes internos e externos, com o processo de produção em duas fases distintas.

Em nota, a Novelis afirmou que "aguarda o posicionamento da Supram para o pedido de ampliação de sua fábrica de pasta e melhorias no processo de refusão e alumina de sua unidade em Ouro Preto, que será analisado no próximo dia 3 de dezembro". A empresa diz ainda "que já realizou todos os controles ambientais exigidos e investiu mais de US$ 1 milhão em processos de melhorias e controles ambientais desenvolvidos internamente".

A empresa informou à Semad que, com a ampliação da unidade, eliminará gargalos de produção, que permitirão o ajuste dos equipamentos à operação da fábrica de pasta em três turnos, já que atualmente a planta opera em apenas um período. Além disso, a plataforma ganhará condições de atingir a capacidade nominal de produção de 140 mil toneladas por ano, quase três vezes mais do que o patamar atual, de 50 mil toneladas anuais.





A licença de operação, ainda de acordo com informações contidas no relatório da secretaria, também inclui a planta de alumina, que tem como objetivo a fabricação de aluminas especiais para venda e a produção de alumina metalúrgica, matéria-prima para o processo de redução.

A Novelis tem 32 precipitadores em sua fábrica de alumina, sendo que quatro tiveram seu uso modificado visando o armazenamento de alumina comprada de terceiros e recebida em caminhões. Para a adequada modificação foi instalado um filtro de mangas para captar as partículas geradas no processo de transporte pneumático de carregamento do silo.

No caso da refusão de alumínio, quando, depois de ajustes químicos nos fornos, os tarugos passam por fornos de homogeneização, a ampliação inclui a instalação de mais um equipamento elétrico, que foi transferido da fábrica da Novelis em Aratu (BA) para Ouro Preto.

Em 2009, a Novelis chegou a encerrar a produção de alumina na unidade. Na ocasião, a companhia admitiu ter dispensado 55 trabalhadores, dos quais 30 funcionários eram aposentados que haviam voltado à ativa.

A fábrica mineira tem capacidade de gerar 90% da energia que consome, graças à pequena central hidrelétrica (PCH) Brito, em Ponte Nova, e à PCH Jurumirim, em Guaraciaba, ambas cidades da Zona da Mata e da bacia do rio Piranga. A unidade está em operação desde 1953.

No Brasil, a Novelis atua na produção de aluminas especiais, alumínio primário, laminação (chapas e folhas) e reciclagem. A empresa possui ativos que incluem as plantas de Aratu, as operações de laminados em Pindamonhangaba (SP) e em Santo André (SP).

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