O crime cometido pela Vale em Brumadinho, reprisando a prática da Samarco/Vale/BHP em Mariana, nos leva a pensar sobre as inúmeras barragens existentes em Minas Gerais. No nosso caso específico, de Saramenha, em Ouro Preto, a velha barragem do Marzagão é a maior inquietação. Abaixo estão as postagens sobre o tema já feitas aqui desde 2012:
Postagem 1: http://operarioverde.blogspot.com/2012/04/em-outubro-de-2010-o-governo-da-hungria.html
Postagem 2: https://operarioverde.blogspot.com/2014/09/rompimento-da-barragem-de-itabirito.html
Postagem 3: https://operarioverde.blogspot.com/2015/05/lama-vermelha-da-industria-de.html
Postagem 4: http://operarioverde.blogspot.com/2015/11/o-risco-do-marzagao-parte-ii.html
Postagem 5: http://operarioverde.blogspot.com/2015/11/sobre-o-marzagao.html
Postagem 6: http://operarioverde.blogspot.com/2015/12/aonde-esta-o-plano-de-emergencia-da.html
Postagem 7: http://operarioverde.blogspot.com/2016/02/reuniao-com-moradores-de-saramenha-de.html
Postagem 8: https://operarioverde.blogspot.com/2017/05/legislativo-e-executivo-de-ouro-preto.html
Postagem 9: http://operarioverde.blogspot.com/2017/06/defesa-civil-visita-barragem-do-marzagao.html
Postagem 10: https://operarioverde.blogspot.com/2018/01/vazamento-de-lama-no-sistema-de.html
Postagem 11: http://operarioverde.blogspot.com/2018/07/barragem-do-marzagao-uma-ameaca.html
Postagem 12: https://operarioverde.blogspot.com/2018/10/tcc-da-ufop-aponta-contaminacao-do.html
Não coloquei aqui as diversas vezes em que registramos pequenos vazamentos de lama alaranjada no Rio Funil, como essa aqui: https://operarioverde.blogspot.com/2014/05/rio-funil-uma-simples-comparacao.html
Por fim, não posso deixar de relembrar (veja AQUI) que as minhas primeiras postagens sobre a barragem do Marzagão em 2012 fizeram com que a Novelis (Hindalco Inc.) me processasse por dano moral! obviamente perderam e o blog continua aqui, firme e forte no seu dever de esclarecer os moradores da Saramenha.
"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)
segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
sexta-feira, 11 de janeiro de 2019
terça-feira, 1 de janeiro de 2019
INDÚSTRIA DO ALUMÍNIO - A FLORESTA VIRADA EM PÓ
A exploração de bauxita e sua transformação nos minérios industriais alumina e alumínio é um caso extremo do que os estudiosos denominam Economia de Enclave. Um sistema concentrador de riqueza, que só garante sua expansão ao se instalar abruptamente em uma região, manter-se segregado do contexto geográfico e de todo o resto da economia que o rodeia. O isolamento é o que garante o máximo de aproveitamento dos recursos naturais para o progresso dos negócios. Uma intromissão que os povos amazônicos são obrigados a suportar em benefício do desenvolvimento dos outros. *** O Núcleo Amigos da Terra Brasil, em contato com organizações e movimentos locais, foi registrar esses conflitos com ribeirinhos para avaliar os impactos sociais e ambientais que a indústria do alumínio provoca desde à década de 80 no Brasil. Para isso, organizou visitas técnicas em pelo menos um local de cada etapa da cadeia produtiva. Essa reportagem, acompanha a pesquisa de campo e revela os casos de ameaças aos povos tradicionais e aos trabalhadores da indústria, dando voz aos afetados.
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hixX70sqqpo
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Hindalco inaugura Filtro Prensa e Marzagão não receberá mais rejeitos de minério
Notícia de Jornal Voz Ativa, disponível em: https://jornalvozativa.com/noticias/hindalco-inaugura-filtro-prensa-e-marzagao-nao-recebera-mais-rejeitos-de-minerio/

A Hindalco Brasil completou cinco anos de atividades, no dia 23 de outubro de 2018, com investimentos em modernização e tecnologia. Ainda em 2018, no dia 6 dezembro, a empresa do grupo Aditya Birla, em cerimônia de inauguração, anunciou a instalação do Filtro Prensa, um equipamento de separação de materiais, usado para reduzir o volume e o peso de um produto para filtragem, separando a parte líquida da parte sólida. Participaram da cerimônia, além de autoridades e imprensa local, Vishal Singh, Diretor-Geral da Hindalco; o gerente Industrial Jota Azevedo e Jeorge Silva, Gerente de Projetos. Após apresentação, houve uma demonstração técnica nas dependências da empresa.
Para a nova tecnologia foram investidos mais de R$ 20 milhões e a ação visa maior segurança e sustentabilidade nos processos da empresa, além de minimizar os impactos ambientais à comunidade a qual pertence. Jeorge Silva afirma que a nova tecnologia é uma alternativa ao alteamento de barragem para disposição de rejeitos. “O Filtro Prensa deverá propiciar a disposição dos rejeitos do processo Bayer de forma sólida, uma alternativa à disposição de forma líquida. Com isso, haverá uma redução do consumo de ácido e energia e a economia de mais de 360 mil litros de água por dia”.
Conheça outros benefícios do Filtro Prensa
A partir de agora, a lama passará por um processo de desaguamento: será transformada em uma torta com mais de 70% de sólidos (atualmente, tem aproximadamente de 10 a 15%). Se antes o rejeito era liberado no Lago do Marzagão, com a tecnologia, ele será disposto em pilhas. O resultado é uma melhoria na recuperação de licor cáustico (que diminuirá o gasto com ácido para neutralização da lama) e a economia de energia elétrica, além de menos impacto ambiental.
Hindalco Brasil
A indústria química especializada na produção de aluminas especiais e hidratos atende o mercado nacional e internacional. A Empresa está sediada no município de Ouro Preto (MG) desde 2013, onde oferece oportunidade, capacita profissionalmente, com mais de 20 mil horas de treinamento/ano, além de gerar 600 empregos diretos e indiretos, contribuindo com a geração de impostos e renda. A Hindalco atua de acordo com as diretrizes de sua Política de Responsabilidade Socioambiental, com base nos pilares de Saúde, Educação, Sustentabilidade e Infraestrutura. A Empresa investe, anualmente, com capital direto, em projetos e ações que contribuem para o desenvolvimento dessas comunidades.
A Hindalco também busca conscientizar os seus colaboradores, por meio do projeto de Sustentabilidade, a aderirem a práticas ecologicamente responsáveis. Como boa prática, a Empresa vem promovendo a reestruturação do projeto luminotécnico da Fábrica, com a utilização de lâmpadas de LED, que consomem menos energia, sendo algumas delas alimentadas por meio de painel fotovoltaico, que são alimentados por energia solar.
Melhorias
Representantes da Força Associativa dos Moradores de Ouro Preto questionaram avanços quanto a questão do tráfego de veículos pesados na avenida Américo Renê Gianetti e o perigo iminente de acidentes no local. O percurso é utilizado pela indústria para o transporte de matéria-prima.
“Nós começamos a fazer alguns testes e o volume de caminhões na via irá depender dos tamanhos dos veículos. Acontecerão, em média, apenas 16 viagens por dia. Além disso, serão construídas, de acordo com normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), sete passagens elevadas para pedestres com 15 cm na avenida. Iremos trabalhar com o treinamento de motoristas, dentre outras medidas que visam a melhoria da situação” garantiu o Gerente de Projetos da Hindalco.
O Prefeito Júlio Pimenta, também presente ao evento de inauguração, acompanhado do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Antenor Rodrigues Barbosa Junior, além do vereador Chiquinho de Assis-PV, solicitou a empresa estudo de viabilidade para uso futuro da represa de Marzagão como depósito de água potável, que resolveria os problemas de água do bairro Saramenha e redondezas. A empresa acatou a sugestão, que será estudada.
A comunidade do Bairro Saramenha deposita expectativas na nova tecnologia e com isso espera viver com mais tranquilidade. Apesar das vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros, que atestaram a segurança da barragem, os ouro-pretanos sempre viveram momentos de apreensão, temendo o seu rompimento, sobretudo em época de chuvas. Segundo a direção da empresa, em cinco anos a barragem, como depósito de rejeitos, deve ser desativada.
Por João Paulo Silva
Publicado em 17/12/2018, 14:11 - Atualizado em 17/12/2018, 15:13

Foto-Visita ao local de instalação do filtro prensaCrédito-Tino Ansaloni
A Hindalco Brasil completou cinco anos de atividades, no dia 23 de outubro de 2018, com investimentos em modernização e tecnologia. Ainda em 2018, no dia 6 dezembro, a empresa do grupo Aditya Birla, em cerimônia de inauguração, anunciou a instalação do Filtro Prensa, um equipamento de separação de materiais, usado para reduzir o volume e o peso de um produto para filtragem, separando a parte líquida da parte sólida. Participaram da cerimônia, além de autoridades e imprensa local, Vishal Singh, Diretor-Geral da Hindalco; o gerente Industrial Jota Azevedo e Jeorge Silva, Gerente de Projetos. Após apresentação, houve uma demonstração técnica nas dependências da empresa.
Para a nova tecnologia foram investidos mais de R$ 20 milhões e a ação visa maior segurança e sustentabilidade nos processos da empresa, além de minimizar os impactos ambientais à comunidade a qual pertence. Jeorge Silva afirma que a nova tecnologia é uma alternativa ao alteamento de barragem para disposição de rejeitos. “O Filtro Prensa deverá propiciar a disposição dos rejeitos do processo Bayer de forma sólida, uma alternativa à disposição de forma líquida. Com isso, haverá uma redução do consumo de ácido e energia e a economia de mais de 360 mil litros de água por dia”.
Conheça outros benefícios do Filtro Prensa
A partir de agora, a lama passará por um processo de desaguamento: será transformada em uma torta com mais de 70% de sólidos (atualmente, tem aproximadamente de 10 a 15%). Se antes o rejeito era liberado no Lago do Marzagão, com a tecnologia, ele será disposto em pilhas. O resultado é uma melhoria na recuperação de licor cáustico (que diminuirá o gasto com ácido para neutralização da lama) e a economia de energia elétrica, além de menos impacto ambiental.
Hindalco Brasil
A indústria química especializada na produção de aluminas especiais e hidratos atende o mercado nacional e internacional. A Empresa está sediada no município de Ouro Preto (MG) desde 2013, onde oferece oportunidade, capacita profissionalmente, com mais de 20 mil horas de treinamento/ano, além de gerar 600 empregos diretos e indiretos, contribuindo com a geração de impostos e renda. A Hindalco atua de acordo com as diretrizes de sua Política de Responsabilidade Socioambiental, com base nos pilares de Saúde, Educação, Sustentabilidade e Infraestrutura. A Empresa investe, anualmente, com capital direto, em projetos e ações que contribuem para o desenvolvimento dessas comunidades.
A Hindalco também busca conscientizar os seus colaboradores, por meio do projeto de Sustentabilidade, a aderirem a práticas ecologicamente responsáveis. Como boa prática, a Empresa vem promovendo a reestruturação do projeto luminotécnico da Fábrica, com a utilização de lâmpadas de LED, que consomem menos energia, sendo algumas delas alimentadas por meio de painel fotovoltaico, que são alimentados por energia solar.
Melhorias
Representantes da Força Associativa dos Moradores de Ouro Preto questionaram avanços quanto a questão do tráfego de veículos pesados na avenida Américo Renê Gianetti e o perigo iminente de acidentes no local. O percurso é utilizado pela indústria para o transporte de matéria-prima.
“Nós começamos a fazer alguns testes e o volume de caminhões na via irá depender dos tamanhos dos veículos. Acontecerão, em média, apenas 16 viagens por dia. Além disso, serão construídas, de acordo com normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), sete passagens elevadas para pedestres com 15 cm na avenida. Iremos trabalhar com o treinamento de motoristas, dentre outras medidas que visam a melhoria da situação” garantiu o Gerente de Projetos da Hindalco.
O Prefeito Júlio Pimenta, também presente ao evento de inauguração, acompanhado do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Antenor Rodrigues Barbosa Junior, além do vereador Chiquinho de Assis-PV, solicitou a empresa estudo de viabilidade para uso futuro da represa de Marzagão como depósito de água potável, que resolveria os problemas de água do bairro Saramenha e redondezas. A empresa acatou a sugestão, que será estudada.
A comunidade do Bairro Saramenha deposita expectativas na nova tecnologia e com isso espera viver com mais tranquilidade. Apesar das vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros, que atestaram a segurança da barragem, os ouro-pretanos sempre viveram momentos de apreensão, temendo o seu rompimento, sobretudo em época de chuvas. Segundo a direção da empresa, em cinco anos a barragem, como depósito de rejeitos, deve ser desativada.
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
TCC da UFOP aponta contaminação do ribeirão Marzagão ocasionada pela barragem
ALMEIDA, Hélio Moreira de. Caracterização geoquímica da água e sedimentos de fundo do Ribeirão Mazargo, Ouro Preto - MG. 2017. 99 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.
RESUMO: "A micro-bacia do ribeirão Marzagão está inserida na a sub-bacia do ribeirão do Carmo, contribuinte da Bacia do Rio do Carmo. Localiza-se nas proximidades do bairro Saramenha no município de Ouro Preto, Minas Gerais. Destaca-se nesta micro-bacia a barragem de rejeitos de lama vermelha da mineração de bauxita, pertencente a empresa Hindalco S.A., e a mineração de topázio imperial Vermelhão. O objetivo principal do trabalho foi caracterizar a geoquímica da água e sedimentos de fundo do ribeirão Marzagão. Sendo esse formado por uma nascente e o sumidouro da barragem e três nascentes das cinco existentes a montante da barragem já mencionada, e correlacionar esses dados com as fontes geogênicas e possíveis interferências antropogênicas. O trabalho consistiu na coleta de amostras de água e sedimentos de fundo de canal a montante e a jusante da barragem Marzagão. Os sedimentos passaram por secagem e quarteamento das amostras de sedimentos para posterior a realização da análise da composição mineralógica e geoquímica parcial de elementos como: Na, Fe, Al, Ca, K, Mg, Mn, As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, V, Zn, Pb e Ti. Os resultados apresentaram valores anômalos para os elementos Al, Na, Ca, K, Mg, S, As e Sr mostrando a contaminação causada pela barragem uma vez que a composição da lama vermelha tem como principais elementos o Al, Na, Ca. A difratometria de raios X na amostra coletada no ribeirão Marzagão, apresentou ocorrência de um hidróxido de alumínio evidenciando a contaminação ocasionada pela barragem" - AQUI GRIFADO.
Trabalho acadêmico disponível em: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/885
RESUMO: "A micro-bacia do ribeirão Marzagão está inserida na a sub-bacia do ribeirão do Carmo, contribuinte da Bacia do Rio do Carmo. Localiza-se nas proximidades do bairro Saramenha no município de Ouro Preto, Minas Gerais. Destaca-se nesta micro-bacia a barragem de rejeitos de lama vermelha da mineração de bauxita, pertencente a empresa Hindalco S.A., e a mineração de topázio imperial Vermelhão. O objetivo principal do trabalho foi caracterizar a geoquímica da água e sedimentos de fundo do ribeirão Marzagão. Sendo esse formado por uma nascente e o sumidouro da barragem e três nascentes das cinco existentes a montante da barragem já mencionada, e correlacionar esses dados com as fontes geogênicas e possíveis interferências antropogênicas. O trabalho consistiu na coleta de amostras de água e sedimentos de fundo de canal a montante e a jusante da barragem Marzagão. Os sedimentos passaram por secagem e quarteamento das amostras de sedimentos para posterior a realização da análise da composição mineralógica e geoquímica parcial de elementos como: Na, Fe, Al, Ca, K, Mg, Mn, As, Ba, Cd, Co, Cr, Cu, V, Zn, Pb e Ti. Os resultados apresentaram valores anômalos para os elementos Al, Na, Ca, K, Mg, S, As e Sr mostrando a contaminação causada pela barragem uma vez que a composição da lama vermelha tem como principais elementos o Al, Na, Ca. A difratometria de raios X na amostra coletada no ribeirão Marzagão, apresentou ocorrência de um hidróxido de alumínio evidenciando a contaminação ocasionada pela barragem" - AQUI GRIFADO.
Trabalho acadêmico disponível em: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/885
domingo, 30 de setembro de 2018
Hindalco inicia aspersão de água na Vila Operária
Atendendo a comunidade, a Hindalco do Brasil iniciou na Vila Operária uma rotina de aspersão de água para diminuir os efeitos incômodos o pó de alumina. A ideia é que essa ação seja mais intensa no inverno, período em que o tempo seco e a inversão térmica nas madrugas agrava o problema. Trata-se de ação simples, mas de grande importância para os moradores. Ponto pra empresa! um demonstração da eficiência do diálogo e da participação popular.
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
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