"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Reforma na antiga Redução II e estudo vocacional em andamento: pensando o futuro de Saramenha

O blog Operário Verde recebeu nesta semana por whatsapp as fotos abaixo que mostram um pouco do processo de substituição do piso do galpão da antiga Redução II da Alcan/Novelis. Segundo nos informou o Sr. Roberto Wagner, Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Julião, essa obra é parte de um acordo firmado entre eles, a Novelis e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Federal para transformar o local em um parque industrial para atrair novas empresas. No mesmo acordo está previsto um estudo vocacional da cidade para subsidiar os novos empreendimento. Essa é uma excelente notícia para Saramenha, fruto da luta dos trabalhadores. Se isto de fato ocorrer poderemos ter na nossa região empresas que gerem empregos e renda de forma limpa e segura, dando àquelas instalações um futuro promissor. 






segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A LUTA POR MORADIA EM OURO PRETO E AS TERRAS "DA NOVELIS"

Texto e fotos extraídos do perfil do Wanderley Kuruzu Rossi Jr. no Facebook:
https://www.facebook.com/kuruzuop/posts/917152491636923:0


A LUTA POR MORADIA EM OURO PRETO E AS TERRAS "DA NOVELIS"
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Continua a luta por moradia, planejamento urbano e regularização fundiária em Ouro Preto.
A próxima reunião será na última quinta-feira de fevereiro (26), às 19h, no Plenário Sebastião Francisco da Câmara. Quem puder ajudar a divulgar, o Movimento agradece !

 Uma luta que, em Ouro Preto, começou em 2004 (bem antes do programa Minha Casa, Minha Vida, lançado em 2009). Muitas reuniões, manifestações, ocupações, negociações e importantes conquistas. Cerca de 400 famílias atendidas até aqui --entre construções e reformas. Pessoas que não tinham casas e outras que perderam as suas em áreas de risco. Muitos ainda na expectativa.
Quais são as áreas de expansão da cidade ? As pessoas vão continuar sendo empurradas para construir nas áreas de risco ? Loteamentos sem nenhum planejamento ?
O "Movimento Ouro Preto de Luta por Moradia" está estudando a situação das terras "da Novelis/Alcan" (será que são dela mesmo ? ). Há fortes indícios de grilagem. E as doações feitas pelo Município para a empresa podem estar nulas por desvio de finalidade. As terras foram doadas para gerar empregos, mas, recentemente, a Novelis fechou as portas.
E as terras da antiga Febem, na entrada da cidade, dos dois lados do asfalto ?
Terrenos bons sendo especuladas e o povo empurrado para as áreas de risco.
Tem também a pressão imobiliária sobre o Centro Histórico, estimulando descaracterizações do Patrimônio Cultural da Humanidade. Sem áreas de expansão adequadas e planejadas, a classe média se vê induzida a ampliar e fazer outras adaptações nas casas coloniais, além de edificar onde não poderia.
Outro aspecto que merece ser destacado é que a cidade é formada de uma região central --localizada em um vale--, cercada de montanhas cheias de áreas de elevado grau de risco. Além de haver no seu entorno 3 grandes áreas de preservação permanente (o conjunto formado pelo Parque Natural da Cachoeira da Andorinhas e pelo Parque Arqueológico do Morro da Queimada, o Parque do Itacolomi e a Estação Ecológica do Tripuí).
Obs. 1: Inicialmente, uma comissão de 15 pessoas está trabalhando na organização da referida reunião (próximo dia 26 --última quinta deste mês--, às 19h, no plenário Sebastião Francisco da Câmara). Se vc tb puder ajudar, entre em contato ! Ajude a divulgar ! O "Movimento Ouro Preto de Luta por Moradia" agradece mais uma vez !
Obs. 2: Falta falar, ainda, dos passivos ambientais da Novelis.
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Olha que interessantes as palavras abaixo, da professora Ermínia Maricato !
"Porque a história do registro de propriedades no Brasil é uma história de fraudes. Eu desagradei muita gente, mas falo isso o tempo todo. A história da propriedade privada no Brasil é uma história de fraudes sistemáticas. Não é que você tenha uma fraude ou outra. É regra de novo. O Ariovaldo Umbelino mostrou em uma de suas palestras (ele é um geógrafo competente, se aposentou da USP) um anúncio de venda de uma propriedade de 40 mil hectares, no qual a grande vantagem que oferecia era uma escritura de 4 mil hectares. Porque a cerca anda. Então ter uma escritura já é uma maravilha. E a cerca anda no Brasil. Então o que me impressionou na tese do Joaquim de Brito, esse meu aluno, é que o governo não tem nenhum interesse em cancelar registros que se revelam falsos." (Ermínia Maricato).
http://novo.fpabramo.org.br/…/erminia-maricato-os-prisionei…
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UM POUCO DE HISTÓRIA DA LUTA EM O.PRETO (situações precaríssimas)
http://falaouropreto.blogspot.com.br/…/questao-da-moradia-e…
VIVENDO EM ELEVADO GRAU DE RISCO. (Álbum do início de 2013).
https://www.facebook.com/kuruzuop/media_set…
SITUAÇÃO EM CACHOEIRA DO CAMPO.
https://www.facebook.com/kuruzuop/media_set…
103 CASAS ENTREGUES - FINAL DO ANO PASSADO (falta ligar água/luz)
http://www.jornaloliberal.net/…/promova-moradia-e-renda-en…/
OUTRAS ENTREGUES EM ANTÔNIO PEREIRA (tb falta ligar água/luz)
http://www.jornaloliberal.net/…/moradores-de-antonio-perei…/
***
CONTAMOS MUITO COM SUA AJUDA NA DIVULGAÇÃO ! COMPARTILHE ! MANDE MENSAGEM PRIVADA ! MARQUE ALGUÉM QUE POSSA SE INTERESSAR ! O MOVIMENTO AGRADECE ! A LUTA É DE TODOS !
APAREÇA NA PRÓXIMA REUNIÃO (ÚLTIMA QUINTA-FEIRA DE FEVEREIRO, 26), ÀS 19H, NA CÂMARA !
 


terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Uma esperança ambiental: homem é condenado por crimes contra a Mata Atlântica no nordeste de Minas

Meio Ambiente, 30/01/2015
Fonte: Coordenadoria Regional de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri
A Justiça de Novo Cruzeiro julgou parcialmente procedente a denúncia ofertada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e condenou um homem, considerado um dos maiores articuladores de crimes ambientais no nordeste do estado, a cumprir a pena de seis anos, cinco meses e 17 dias de restrição de liberdade, além do pagamento de multa.

Segundo os promotores de Justiça Felipe Faria de Oliveira, coordenador regional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri, e Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), a denúncia criminal está inserida no espectro de atuações estratégicas do Ministério Público em defesa do bioma Mata Atlântica, e que abrangem desde ações civis e termos de compromisso com o escopo de recuperar e preservar a vegetação nativa, bem como medidas repressivas em detrimento de agentes que degradam o bioma.

O acusado foi denunciado pela prática de inúmeros crimes ambientais, entre os quais a supressão de mais de 100 hectares de vegetação em estágios médio e avançado de regeneração do bioma Mata Atlântica, a realização de incêndio em mata ou floresta, guarda e depósito de carvão proveniente de floresta nativa sem a documentação ambiental autorizativa e uso de motosserra em florestas sem licença ou registro da autoridade competente.

O Poder Judiciário entendeu que o réu praticou as condutas previstas nos artigos 38-A caput, 41 caput, 46 parágrafo único e 51, todos da Lei n.º 9.606/98. Ele respondeu o processo preso, após a decretação da prisão provisória a pedido do MPMG.

A denúncia foi oferecida pela promotora de Justiça de Novo Cruzeiro, Roziana Gonçalves Camilo Lemos, em conjunto com o coordenador regional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri, Felipe Faria de Oliveira.

Segundo Roziana Lemos, “essa condenação é extremamente representativa para a região. O réu, agora condenado, é apontado como o um dos principais articuladores de crimes contra a Mata Atlântica, recaindo sobre ele até mesmo a suspeita de prática de ameaças contra agentes de fiscalização de órgãos ambientais. Este é mais um exemplo de que crimes ambientais acarretam efetiva restrição de liberdade aos agentes delitivos, e não somente penas alternativas ou restritivas de direitos."

O estado de Minas Gerais, há cinco anos, lidera o ranking de desmatamento de Mata Atlântica, sendo que a região do Mucuri, onde se encontra a comarca de Novo Cruzeiro, é um dos locais mais críticos.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Roupa suja da China aponta caminho a seguir para futuros vencedores entre os metais

 
Por David Stringer


(Bloomberg) - O afastamento da China de uma economia com base na indústria pesada tornou baixistas os mercados de todo tipo de produtos, do minério de ferro até o carvão. Também criou oportunidades para os minerais ignorados que alimentarão sua próxima fase de crescimento.
Entre esses materiais estão a bauxita - o minério utilizado na fabricação de alumínio - e o zinco, o cobre, o gás natural e o urânio utilizados para fabricar ou proporcionar energia aos milhões de máquinas de lavar roupa, aparelhos de ar condicionado e carros novos que os 1,4 bilhão de consumidores da China exigirão, segundo as previsões.

"Estamos observando uma transição", disse Michael Elliott, líder do setor na divisão de mineração mundial da Ernst Young LLP, em entrevista por telefone de Sydney. "Vamos ver que o alumínio terá um pequeno ressurgimento, o cobre certamente estará presente e provavelmente o zinco continue subindo".

A China já ultrapassou o Japão como o maior mercado de consumidores depois dos EUA, segundo a Euromonitor International. A empresa prevê que cerca de 90 por cento das famílias chinesas - 470 milhões - tenham uma renda anual disponível de US$ 15.000 ou mais para 2030, comparado com 133 milhões de famílias nos EUA.

A mudança é uma boa notícia para as companhias mineradoras que foram golpeadas pelo desmoronamento dos preços das commodities utilizadas em grande quantidade para fabricar o aço que impulsionou a fase mais recente de crescimento da China.

A Rio Tinto Group, a segunda maior companhia mineradora do mundo, desacelerará os gastos em minério de ferro e carvão, ao passo que aumentará os investimentos em cobre e bauxita a partir deste ano. A BHP Billiton Ltd. antevê que o consumo de eletricidade impulsione o crescimento da demanda por cobre na China e expandirá suas minas.

Eletrodomésticos

O país já representa cerca de metade das vendas mundiais de eletrodomésticos pequenos, de aspiradores de pó até aparelhos para a cozinha, segundo a Euromonitor.

Uma máquina de lavar roupa comum contém cerca de 7 quilos de alumínio e 2 quilos de cobre, o que coloca esses materiais no grupo de commodities em alta. Normalmente, os refrigeradores têm cerca de 7 quilos de cobre e 4 quilos de alumínio. Uma casa típica precisa de cerca de 125 quilos de cobre para a instalação elétrica, canos e outras ferragens.

Sem contar o declínio de 12 por cento sofrido no que vai deste ano pelo cobre por causa da preocupação com o crescimento mundial, projeta-se que o metal tenha um salto de 21 por cento, segundo a média de previsões de preços em 2015 compiladas pela Bloomberg. As importações de cobre da China quebraram um recorde em 2014, segundo dados alfandegários.

Prevê-se que neste ano o alumínio suba 16 por cento e o zinco, 13 por cento, conforme os prognósticos. Diferentemente, o Citigroup Inc. espera que o minério de ferro caia mais 15 por cento neste ano.

Investimento na Citic

A própria China já mostrou o caminho a seguir. Dois anos atrás, uma unidade da Citic Group Corp., o maior conglomerado do país, realizou um investimento que passou quase desapercebido na desconhecida companhia mineradora australiana Alumina Ltd..

A Citic não ignorava que a Alumina desempenha um papel fundamental no mercado do alumínio, de US$ 76 bilhões, e ao comprar a participação de quase 14 por cento na joint venture com a Alcoa Inc., a empresa obteve uma parte da maior produtora de bauxita e alumina do mundo, com operações em cinco continentes.

As casas chinesas utilizarão 800 milhões de aparelhos de ar condicionado em 2025, o dobro do que em 2013, estima a Rio. Esses aparelhos requererão cerca de 9,4 milhões de toneladas métricas de cobre, com base nos 23,6 quilos utilizados em uma unidade típica.

"A dependência" da China "de materiais importados aumentará, até mesmo na infraestrutura", disse Elliott da Ernst Young. "Cada mês que passa, a proporção de materiais importados no total de consumo aumenta. Essa dependência não vai mudar; de fato, vai crescer".

Título em inglês: 'China's Dirty Laundry Points Path to Next Metal Winners (1)'
Para entrar em contato com o repórter David Stringer, em Melbourne: dstringer3@bloomberg.net

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Sindicato dos Metalúrgicos anuncia acordo com Novelis em assembleia




Publicado pela TV TOP Cultura em 12/01/2015
O Sindicato Metalúrgico de Ouro Preto e a Novelis chegaram a um acordo com relação à demissão dos funcionários da empresa. Confira como foi a assembleia realizada no sindicato nessa sexta-feira para tratar o assunto. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=4JsSnq0qyg0

Mais informações (atualizado em 15/01/2015):


Parabéns aos metalúrgicos de Ouro Preto pela conquista! a união dos trabalhadores dando bons resultados!

Veja o acordo clicando AQUI (atualizado em 17/01/2015)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

FEAM divulga inventário 2014 de áreas contaminadas de MG

Para quem ainda tem dúvidas sobre os passivos ambientais da produção de alumínio em Ouro Preto, aí estão as informações disponíveis em http://feam.br/images/stories/declaracoes_ambientais/GESTAO_AREAS_CONTAMINADAS/inventrio%20de%20reas%20contaminadas%20-%202014.pdf e também em http://feam.br/declaracoes-ambientais/gestao-de-areas-contaminadas

MUNICÍPIO: OURO PRETO
NOVELIS DO BRASIL LTDA - ATERRO DOMÉSTICO
Atividade: Indústria Metalúrgica
Endereço: Acesso estrada Ouro Preto/Ouro Branco, KM 521.
Coordenadas: X= -43.555899 | Y= -20.406823 | Datum: WGS84
Classificação: AMR - Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação
Etapa de Gerenciamento: Monitoramento
Fonte de contaminação: Disposição de resíduos
Meios Impactados:Solo, Água Subterrânea
Contaminantes: Fluoreto, Cianeto


MUNICÍPIO: OURO PRETO
NOVELIS DO BRASIL LTDA - ATERRO INDUSTRIAL
Atividade: Indústria Metalúrgica
Endereço: Acesso estrada Ouro Preto/Ouro Branco, KM 521
Coordenadas: X= -43.557014 | Y= -20.408029 | Datum: WGS84
Classificação: AMR - Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação
Etapa de Gerenciamento: Monitoramento
Fonte de contaminação: Disposição de resíduos
Meios Impactados: Solo, Água Subterrânea
Contaminantes: Fluoreto, Cianeto


MUNICÍPIO: OURO PRETO
NOVELIS DO BRASIL LTDA - GALPÃO DE BARCELOS
Atividade: Indústria Metalúrgica
Endereço: Estrada de Ouro Branco/Ouro Preto a 2 Km da BR 356
Coordenadas: X= -43.524452 | Y= -20.411881 | Datum: WGS84
Classificação: ACI - Área Contaminada sob Intervenção
Etapa de Gerenciamento: Intervenção/Remediação
Fonte de contaminação: Disposição de resíduos
Meios Impactados: Solo, Água Subterrânea
Contaminantes: Fluoreto, Cianeto


MUNICÍPIO: OURO PRETO
NOVELIS DO BRASIL LTDA - MORRO DO MINÉRIO
Atividade: Indústria Metalúrgica
Endereço: Acesso R. Geraldo Laércio - Tavares
Coordenadas: X= -43.516395 | Y= -20.407647 | Datum: WGS84
Classificação: ACI - Área Contaminada sob Intervenção
Etapa de Gerenciamento: Intervenção/Remediação
Fonte de contaminação: Disposição de resíduos
Meios Impactados: Solo, Água Subterrânea
Contaminantes: Fluoreto, Cianeto


MUNICÍPIO: OURO PRETO
NOVELIS DO BRASIL LTDA - PANIFICADORA
Atividade: Indústria Metalúrgica
Endereço: Rua José Barbosa da Silva, nº 100 - Bauxita
Coordenadas: X= -43.505841 | Y= -20.401629 | Datum: WGS84
Classificação: ACI - Área Contaminada sob Intervenção
Etapa de Gerenciamento: Intervenção/Remediação
Fonte de contaminação: Disposição de resíduos
Meios Impactados: Solo, Água Subterrânea
Contaminantes: Fluoreto, Cianeto
 
 
 


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Atenção trabalhadores da Novelis Ouro Preto: Assembleia Geral hoje, sexta-feira, 09/01, às 17h!

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Julião convoca todos os trabalhadores da NOVELIS para uma Assembléia Geral Extraordinária.

Data – sexta-feira -09/01/2015
Horário – 17h
Em sua sede localizada na  Rua Professor Francisco Pignatário, nº 67, Bauxita, Ouro Preto-MG

Informação disponível em:  http://jornalvozativa.com/noticias/atencao-trabalhadores-da-novelis-assembleia-geral-hoje-sexta-feira-0901-as-17h/

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Prefeitura de Muniz Freire/ES pede exploração de bauxita em áreas do Caparaó

Matéria disponível no site da Web Ales, em: http://www.al.es.gov.br/portal/frmShowContent.aspx?i=27137 
Por: Titina Cardoso/Web Ales. Em 15/12/2014
Fotos de Nivaldo Jr. 

Debater a exploração de bauxita no município de Muniz Freire, na região do Caparaó, foi o objetivo de audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (15) pela Comissão de Infraestrutura. Os deputados receberam o prefeito do município, Paulo Fernando Mignone (PSB), que solicitou que a mineradora Curimbaba - empresa detentora da lavra para a exploração de bauxita no município – comece a exploração do mineral para gerar renda e emprego na região.

APInfraestrutura_15122014_PauloMignone_baixa_NivaldoJr.jpg APInfraestrutura_15122014_mesa3_baixa_NivaldoJr.jpg
O prefeito Paulo Mignone pediu para a empresa começar a exploração gerando renda e emprego na região

“No início do ano fomos procurados pelo contador da empresa com o pedido de uma anuência para a Curimbaba. Nós não assinamos, não concedemos, para exatamente provocar essa discussão. A pergunta vem desde 1988, quando a Curimbaba se instalou no nosso município. Isso vem se agravando com a cobrança das comunidades onde estão instaladas as reservas. Precisamos levar aos nossos munícipes uma resposta”, relatou Mignone. 

Muniz Freire possui uma reserva de bauxita localizada em uma área com mais de 94 mil hectares e com uma estimativa de produção de 13 mil toneladas/mês. Para o presidente da Comissão de Infraestrutura, deputado Marcelo Santos (PMDB), a não exploração da reserva tem impedido o crescimento do município. “A partir da exploração teremos desenvolvimento na região, com reflexos enormes na economia do Espírito Santo”, defendeu o parlamentar. 

Logística

APInfraestrutura_15122014_NeryRossi_baixa_NivaldoJr.jpgO Secretário de Estado de Desenvolvimento, Nery Rossi, foi um dos convidados para o debate. Ele destacou que as informações sobre a reserva estão “congeladas na secretaria”. Os últimos estudos foram em 2004. Para ele, um dos fatores que atrapalha a exploração do mineral na região é a logística de transporte. “Um processo de refino, de concentração da bauxita em alumina, poderia ser feito aqui ou em Minas Gerais, mas como transportar para um porto?”, questionou.

“A BR 262 continua igualzinha a 2004 e não suportaria a frota de caminhões para transportar a alumina. Tem que se avaliar algum tipo de logística rodoviária ou ferroviária. Se a região estivesse perto de uma ferrovia, seria ‘melzinho na chupeta’”, explicou. 

Explicação da empresa

Os representantes da Mineradora Curimbaba explicaram os motivos pelos quais a empresa não explora a reserva de bauxita no município. O geólogo e diretor de pesquisa da empresa, Mário Luiz de Andrade Uchoa, relatou que “apesar de o prefeito ter falado de 1988, a portaria de lavra é desde 2008”. 

APInfraestrutura_15122014_MarioLuiz_baixa_NivaldoJr.jpgEle também explicou que a bauxita encontrada em Muniz Freire tem em torno de 15% de quartzo. Essa composição não é adequada para a empresa, que não explora a bauxita para a produção de alumínio, mas para a indústria de refratários, abrasivos e para a indústria de petróleo.  

Uchoa explicou ainda que a topografia da região é muito agressiva. Outro impedimento é que a estimativa de produção na região ainda é baixa para que a empresa consiga um financiamento bancário para dar início à exploração. “Não somos tão grandes assim, não estamos nem entre as 500 maiores empresas do Brasil. Não queremos impedir o desenvolvimento do Estado de modo algum”, disse. 

Decisões 

O prefeito Paulo Mignone compreendeu os motivos da empresa, porém, destacou que a situação financeira de Muniz Freire é complicada. “Preocupa-nos muito a região do Caparaó, formada por 11 municípios. A região está morrendo. É uma época de queda de arrecadação, queda de receita, todo mundo tenta se agarrar em alguma coisa. É um município do interior muito carente”, relatou. Ele informou que vai se reunir com uma comissão de moradores interessada na exploração da bauxita para que eles possam se reunir com a diretoria na sede da Curimbaba em Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais.  
Para o secretário Nery Rossi o encontro foi bastante esclarecedor. “A aproximação dos entes é fundamental. O que eu posso fazer nesse momento é colocar o Estado à disposição. O Estado, obviamente, não vai carregar o projeto, mas podemos ajudar. Embora a gente não tenha chegado a uma solução, talvez tenha sido uma das reuniões mais produtivas e esclarecedoras que eu tenha participado”, afirmou. 

O presidente da comissão, deputado Marcelo Santos, avaliou positivamente a audiência. “Foram dadas informações que não tínhamos e que agora serão socializadas com a população, como a expedição da lavra que foi em 2008 e achávamos que tinha sido antes. Estreitamos o relacionamento para podermos viabilizar uma parceria que culmine na exploração da bauxita”, afirmou. 

Por enquanto, a empresa vai colaborar com um projeto de tratamento de esgoto na área rural do município. “Foi uma condicionante do Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente) que a gente fizesse um projeto de esgotamento em duas vilas rurais”, explicou Uchoa. 

Bauxita

A bauxita é a principal fonte natural de alumínio e a maior parte de sua extração mundial é destinada à obtenção desse elemento, que é matéria-prima para a fabricação de inúmeros produtos usados no dia a dia, como panelas, esquadrias, latinhas, peças de automóveis e aviões, cabos elétricos, entre outros. O elemento também é utilizado para a indústria de abrasivos, refratários, cimento e produtos químicos, entre outros.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz 2015!

imagem da internet
Aos amigos e à todos que acompanham o blog, um feliz ano novo! que todas as dificuldades sejam superadas e que a união e a força do povo sejam capazes de transformar para melhor a nossa comunidade!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Poluição & Perfume, por José Efigênio Pinto Coelho

Artigo publicado no Jornal "Tribuna Livre", em por Cidinha Hilário.
Disponível em:  http://www.jornaltribunalivre.com.br/2014/12/noticias/ouro_preto/poluicao-perfume/#more-73278

"Com o fechamento da fábrica de alumínio Equisa, Alcan, Novelis, Ouro Preto se livra de uma poluição agressiva, que fez muito mal a sua população, durante 70 anos.

Encravada no vale do rio Tripuí, marco inicial das minas de ouro, esta usina utilizou dos mesmos africanos, que deram seu sangue a este país. O Brasil sem uma legislação ambiental deixou poluir a água do rio, o ar e a mente dos que dela aproveitaram.

A ocupação desregrada das montanhas da bela cidade barroca foi diretamente provocada por um crescimento, ilusório, das populações oriundas das cidades vizinhas, onde a economia tinha falido, o que saiu caro, muito mais caro do que o imposto arrecadado, pois a cidade cresceu sem as necessidades básicas como esgoto, água potável, escolas, ruas, áreas de lazer, energia elétrica…

Justamente, neste mês de dezembro de 2014, a famosa ALCAN fechou. Acabou a fábrica de alumínio, a primeira da América do Sul. Neste momento de pesar, algo de novo e cheiroso, também acontece: o surgimento de uma pequena fábrica de perfume.

Talvez, por ironia do destino, que vem nos mostrar o caminho para um novo tempo. Ouro Preto precisa de um novo tempo.

Tempo de reflexão, tempo de músicas, de danças, de poesias, pinturas, teatro, cinema, tempo de harmonia, tempo de amor. Como o cheiro do perfume que desperta a alma do ser, é chegada a hora de vivermos uma nova vida.

Um centro cultural municipal deveria ser instalado na fábrica de Alumínio, para que o fortalecimento da nossa cultura ouro-pretana siga em frente e feliz."

*Escrito por José Efigênio Pinto Coelho, ouropretano, artista plástico, filósofo, restaurador e escritor.