"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

sábado, 2 de abril de 2016

Autor do Blog recebe Moção de Aplauso na Câmara Municipal

O blog Operário Verde, além expor opiniões e análises autorais, recebe contribuições de várias pessoas e replica informações publicadas em outras mídias. Porém, como todos sabem e sempre souberam, a responsabilidade pela existência e manutenção do blog é de apenas de uma pessoa: André Lana, eu mesmo que ora escrevo.

Assim, em reconhecimento a este e outros trabalhos que desenvolvo voluntariamente, recebi na Câmara Municipal de Ouro Preto uma Moção de Aplausos, que dediquei a todos os cidadãos ouropretanos que, assim como eu, se dedicam à construir uma comunidade melhor.

Agradeço muito ao Vereador Alysson Gugu (PPS), que desde o início acompanha o blog e a minha luta pelo desenvolvimento socioambiental de Saramenha, bem como aos inúmeros colaboradores do Operário Verde. Valeu!!!







A Tragédia de Bento - Apontamentos de um Mineiro Verde

O sempre combativo Vereador Chiquinho de Assis (PV), de Ouro Preto/MG, publicou na revista Pensar Verde uma reflexão sobre a tragédia de Bento Rodrigues em Mariana. De fato, não podemos nos esquecer da importância de estarmos sempre alerta com relação às inúmeras potenciais tragédias ambientais que nos cercam. É preciso lutar por um meio ambiente seguro e saudável. Por outro lado, os aspectos socioeconômicos são fundamentais para o desenvolvimento das localidades, razão pela qual não podemos criminalizar a mineração e a indústria. O uso racional, responsável e seguro das nossas riquezas ambientais, sempre em equilíbrio com os princípios éticos, morais e humanos, deve ser o nosso objetivo.

Vale a leitura, confiram abaixo:

Disponível em: https://issuu.com/pensarverde/docs/pensarverde16, acesso em 02/04/16.







terça-feira, 29 de março de 2016

Avaliação de Riscos de Saúde para Refinarias de alumina

Estudo de Michael Donoghue, MBChB, MMedSc, PhD e Patrick S. Coffey, BE, BA, MSc, disponível em: http://abal.org.br/downloads/avaliacao_de_riscos_de_saude_para_refinarias_de_alumina.pdf , acesso em 29/03/2016.

"Conclusões: Os riscos de efeitos agudos à saúde estão devidamente controlados e os riscos de efeitos crônicos à saúde e os riscos de carcinogenicidade adicionais são insignificantes nas refinarias de alumina de referência."


Antiga fábrica de cimento é transformada em “castelo verde”

Disponível em: http://maravilhosomundo.com.br/antiga-fabrica-de-cimento-e-transformada-em-castelo-verde


Há sempre uma opção melhor do que o abandono!

segunda-feira, 21 de março de 2016

Casa Azul e Novelis apresentam documento "Legado Ouro Preto"

A Associação Casa Azul, em parceria com a Novelis, realizou em julho de 2015 o workshop de leitura territorial com o objetivo de colher contribuições para pensar o futuro do município a partir das potencialidades e histórias locais. Foi feito o seguinte diagnóstico da cidade:  http://we.tl/jmXJAeHZ8m

Com a participação efetiva de um grupo de lideranças locais, este processo de leitura territorial gerou um conjunto de ações que podem contribuir para o desenvolvimento econômico e social de Ouro Preto. Estas ações, organizadas nos eixos economia verde, expansão urbana e emprego e renda, foram trabalhadas ao longo dos últimos meses para construir uma proposta de desenvolvimento alinhada com as potencialidades Ouro Preto.

Para apresentar ao grupo de lideranças de Ouro Preto o resultado desse trabalho, validando uma proposta de desenvolvimento para o município, ocorreu no dia 11 de março, às 14hs no Centro de Convenções da UFOP a apresentação de uma proposta que em breve será disponibilizada à comunidade. 

Com a contribuição de todos poderemos avaliar juntos as possibilidades de viabilização e encaminhamentos das propostas desenvolvidas.

Fonte: Associação Casa Azul.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Preço baixo da alumina fez metade das refinarias operarem com prejuízo




O analista sênior Ami Shivkar, da empresa de pesquisa de mercado Wood Mackenzie, afirmou que metade das refinarias de alumina no mundo operaram com prejuízo, quando os preços da commodity estavam a US$ 210 a tonelada. Segundo o especialista, as produtoras agora esperam uma recuperação na cotação antes de fazerem cortes na capacidade.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

São Gonçalo do Rio Abaixo cria distrito, dá incentivos e espera atrair 21 empresas e evitar impacto vivido em Ouro Preto e Mariana

Fonte: Estado de Minas, 23/02/2016
por: Marinella Castro / Marta Vieira

São Gonçalo do Rio Abaixo – Distante 84 quilômetros de Belo Horizonte, São Gonçalo do Rio Abaixo, com seus 12 mil habitantes, respira no ritmo da mineradora Vale. Ao mesmo tempo que a cidade vê a economia girar, vive uma contagem regressiva. A expectativa é de que a atividade da mineradora continue dando fôlego para a arrecadação local por mais 30 anos. Mas e depois? Como as gerações futuras devem se sustentar?

A questão central nos municípios que têm alta dependência da renda e do emprego gerado por um único negócio ou empresa é o tema da terceira reportagem da série “Cidades dependentes”, que o Estado de Minas publica desde domingo. Ha iniciativas que tentam dar um passo adiante, na esperança de sair da sombra. Diversificar, no entanto, não é uma medida simples, e sim uma busca contra a tendência do capital, que tende a se concentrar.

Com o futuro de médio prazo ameaçando a sustentabilidade, São Gonçalo deu um passo importante para fugir de uma espécie de sina anunciada, que pode condenar a cidade ao abandono a médio prazo. Em 2010, o município criou um minidistrito industrial, que começou com 42 mil metros quadrados e em cinco anos já multiplicou a área, alcançando 211 mil metros. Na vizinhança, um segundo distrito foi implementado e tem o dobro do tamanho do primeiro empreendimento. A proposta é uma ação para tentar diversificar a economia local, drama que, em Minas, pode atingir cerca de 100 cidades, que vivem reféns de uma única atividade econômica.

Para atrair indústrias, a Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo não economizou nos benefícios, oferecendo isenção de impostos, área por 30 anos e, no início do projeto, chega a fornecer também o galpão. Os benefícios fiscais valem por 10 anos. “Nossa perspectiva é de que 21 empresas se instalem em São Gonçalo, seis já estão funcionando e outras cinco vão ser inauguradas neste ano”, diz Breno Starling, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.

Em Mariana, onde a mineradora Samarco, que tem como acionistas a Vale e a anglo-australiana BHP, sustenta a receita do município, palco do maior desastre ambiental do país, a prefeitura corre contra o tempo, e tenta viabilizar opções à atividade. Um distrito industrial está na mira do município e também atividades de fomento ao empreendedorismo local. As medidas de médio prazo vão tentar fazer frente a situações como o drama vivenciado agora.

O fantasma da dependência, como um dominó, atinge o emprego, derruba as vendas do comércio e a prestação de serviços. No ano passado, a arrecadação prevista em R$ 330 milhões caiu para R$ 240 milhões com a derrubada dos preços do minério de ferro no mercado internacional. Neste ano, a perspectiva é de uma queda de outros 25% na receita do município, onde cerca de 90% do que entra no caixa estão ligados à Samarco.

Fábrica fechada Ouro Preto, que já tem sua receita baseada em mais fontes de arrecadação – além da mineração de ferro, conta com os serviços gerados em torno da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e o turismo –, enfrentou há dois anos o drama do desemprego, com o fechamento da fábrica de alumínio primário da Novelis, sucessora da Alcan. Os prédios que abrigaram a produção durante 80 anos e que mantinham, no fim de 2014, cerca de 800 empregos diretos e indiretos resistem ao tempo e animam representantes da Frente em Defesa de Ouro Preto envolvidos num projeto para dar destinação aos imóveis.

Segundo o diretor do sindicato local dos metalúrgicos, Roberto Wagner de Carvalho, ideia é adequar os galpões à implantação de pequenas empresas, formando uma espécie de arranjo produtivo de empreendedores. “Trabalhamos com a possibilidade de incentivar a economia criativa. Ouro Preto enfrenta a falta de empregos. Começamos a elaborar o projeto para uso das instalações industriais, que será apresentado ao governo estadual”, afirmou. A elaboração da proposta deverá se estender por cerca de seis meses.

Em janeiro do ano passado, a Novelis firmou acordo com o sindicato prevendo indenizações em valor aproximado de R$ 22,2 milhões aos trabalhadores. Como parte do acordo, a empresa anunciou que financiaria um estudo sobre as vocações da economia de Ouro Preto para servir como ponto de partida da atração de negócios.

Investimento Resultados surgem em São Gonçalo do Rio Abaixo. Instalada em uma área de 31 mil metros quadrados, a Citróleo, fábrica especializada em óleos essenciais, chegou à cidade em 2012, atraída pelos benefícios fiscais, pela oferta do terreno no Distrito Industrial 2, onde a planta foi instalada, e pela proximidade da candeia, principal matéria-prima. A empresa gera 47 empregos diretos, sendo 24 no município. O gerente-geral Michel Luis Pimenta conta que no período de três anos foram feitas três ampliações. “Começamos produzindo 500 quilos de óleo por mês, hoje são duas toneladas.” Segundo Pimenta, o que fez a empresa optar por São Gonçalo, entre outros três pontos que estavam sendo avaliados, foram os atrativos do distrito industrial.

Memória

Bairro fantasma


Como uma cidade-fantasma o Bairro de Saramenha em Ouro Preto abriga o que restou da fábrica de alumínio primário que funcionou no local durante 80 anos. Ao fim de 2014 empregava cerca de 350 trabalhadores do quadro direto e mantinha ao redor de 450 empregos em empresas prestadoras de serviços, na estimativa do sindicato local dos metalúrgicos. Sucessora da antiga Alcan, a multinacional Novelis, pertencente ao grupo indiano Aditya Birla, iniciou em dezembro de 2014 o processo de paralisação de fornos. Comunicado divulgado pela companhia em outubro daquele ano informou que a suspensão das atividades era irreversível, diante da crise que os fabricantes de alumínio primário enfrentavam, com baixa da produção devido aos altos custos, principalmente da energia elétrica, maior despesa nas fábricas. 

Esforço para fortalecer a cadeia setorial


Ciente do poder que a indústria tem de alavancar uma cadeia de fornecedores e prestadores de serviços, além do peso da atividade em pequenos municípios do interior, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) está trabalhando num programa para melhorar a capacidade desses setores considerados essenciais para o desenvolvimento regional. Outro ingrediente que não poderia ser esquecido é a crise da economia brasileira, com seus efeitos sobre a atividade. A proposta é fortalecer as indústrias que são importantes em cada região do estado, de acordo com Simone Porto Cavalcanti, gerente de Projetos Coletivos para a Indústria da Fiemg.

“Sem o olhar de que todos têm de ser iguais, trabalhamos no mapeamento da indústria em cada região, com ênfase na dinâmica do setor de atividade. Como dizia Guimarães Rosa, Minas são muitas”, afirma Simone Porto. Batizado de Programa de Competitividade Industrial Regional (PCIR), o projeto mapeou 21 setores que mais dinamizam as diversas regiões de Minas. Informações completas sobre esse mapeamento já estão disponíveis na internet num portal virtual do programa. Em março, a Fiemg vai entregar planos de desenvolvimento industrial em cada região.

Em São Gonçalo do Rio Abaixo, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Breno Starling, espera que, dentro de dois anos, o distrito industrial da cidade já responda pela geração de 1 mil empregos em atividades que vão da construção civil à extração de óleo de candeia e fabricação de doces. Ele conta que o processo de atração das empresas é promissor, mas não tem sido fácil. A crise atropelou os projetos, atrasou investimentos e empresas, como a Petropasy, especializada em tubos para mineração, que chegaram a se instalar no local foram embora deixando para trás investimentos e desempregados.

A paulista Petropasy tinha como meta gerar 250 empregos, mas longe de atingir o objetivo, acabou deixando para trás 30 desempregados. A análise de investimentos e a contrapartida que as empresas têm para oferecer ao município é outro desafio da diversificação.

Organização Mariana tenta atuar em duas frentes. A primeira delas é por meio do fomento ao empreendedorismo local, na geração de renda. Duarte Junior, prefeito de Mariana diz que a saída para as cidades mineradoras é se organizar para se proteger de crises profundas. Um começo para Mariana pode ser o investimento em fábrica de materiais para construção, com a fabricação de 39 produtos a partir dos rejeitos da mineração. “O rompimento da barragem da Samarco nos machucou mas também nos ensinou que precisamos nos defender.” Mariana busca a médio prazo ter uma alternativa para sua economia. A tarefa não é fácil e o drama é vivenciado de Norte a Sul do estado. 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Exportação brasileira de alumina sobe 3,5% em 2015


"Os embarques de alumina para o exterior ficaram praticamente estáveis em dezembro de 2015, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Um total de 699.456 toneladas foram exportados no último mês do ano passado, enquanto que 698.969 foram exportadas em dezembro de 2014. O país exportou 8,47 milhões de toneladas de alumina em 2015."

Fonte: http://www.noticiasdemineracao.com/storyview.asp?storyID=826959871&section=Economia&sectionsource=s1450688

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Reunião com moradores de Saramenha de Cima sobre a barragem do Marzagão

Aconteceu hoje, dia 04 de fevereiro de 2016, às 19 horas no Salão Comunitário de Saramenha de Cima, uma reunião entre representantes da Hindalco e moradores. O objetivo era conversar sobre a barragem do Marzagão. Estive lá convidado pela Presidente da Associação de Moradores.

Apesar de ser uma quinta-feira véspera de carnaval, com blocos já desfilando na cidade, o público presente superou as minhas expectativas, sobretudo porque ficou evidente a preocupação das pessoas com o tema.

Em síntese, depois de uma interessante apresentação técnica seguida do debate com a plateia, posso inferir o seguinte:

1. A barragem do Marzagão está sob a responsabilidade técnica da Hindalco, que tem feito o devido monitoramento, controle e manutenção;

2. Não há iminente risco de acidente como ocorreu com a Samarco em Mariana, segundo nos relatou o técnico responsável, haja vista os rigorosos controles que são feitos;

3. Não há um plano de emergência para salvaguardar as comunidade à jusante, ou seja, aquelas potencialmente atingidas por um eventual rompimento. Questionada, a empresa reiterou o controle que mantém sobre a barragem e considerou bastante improvável qualquer tipo de rompimento, o que dispensaria tal plano. Mas digo: ainda que remoto, há o risco! Isso é da natureza do empreendimento. Ignorá-lo pode ser uma falha de impossível reparação. Ao final, pressionados, acabaram falando que em virtude do que ocorreu em Mariana certamente haverá uma "evolução" normativa que obrigará a elaboração do plano.

4. Não ficou claro o futuro da barragem. Foi sinalizado que a empresa está desenvolvendo um estudo técnico para descartar os seus rejeitos de forma seca, sem água, o que dispensaria o uso da barragem. Porém, isso ainda é uma ideia em desenvolvimento, não uma decisão. Por outro lado, se esquivaram de responder sobre um eventual novo alteamento da barragem, que segundo eles também dependeria de estudos e aprovações pelos órgãos de controle ambiental. Sai de lá sem saber o que pretendem fazer quando se esgotar a atual capacidade de armazenamento da barragem.

5. O discurso sobre empregos gerados no âmbito local continua presente como uma forma de intimidar as pessoas e minimizar críticas e questionamentos mais duros. Em outras palavras, a velha proposta de ignore sua saúde e corra os meus riscos em troca de um subemprego ainda é a tônica dessas reuniões.

Por fim, a pérola da noite: perguntados por mim sobre a propriedade da barragem (registro imobiliário), a resposta foi: "não sei". Fato é que a barragem era da Alcan que depois a vendeu para a Novelis. Esta, por sua vez, transferiu alguns imóveis para a Hindalco, compartilhou o uso de outros e mantém mais alguns. Há ainda rumores de que aquelas terras foram vendidas para a Vale. Enfim, se é certo que a Hindalco detém a posse, ainda não está claro de quem é a propriedade. O mais curioso é que esse "não sei" partiu do técnico responsável pela barragem que disse conhecê-la desde a sua construção. Certamente é a pessoa que cuida, inclusive, dos documentos para o licenciamento ambiental. Soou, portanto, extremamente estranha a curta resposta que recebi.

Enfim, fico pensando...



domingo, 31 de janeiro de 2016

Opinião: o que pensa o Operário Verde sobre a Ocupação Chico Rei?

Algumas pessoas vieram me perguntar qual a minha opinião sobre a Ocupação Chico Rei em Saramenha. No princípio respondi que não tinha opinião certa. Certo mesmo é que sempre achei que a herança da Novelis deveria ser bem mais do que a especulação imobiliária na nossa região. Mas sobre a forma da Ocupação eu não sabia dizer nada.

Fui entender- busquei notícias sobre o assunto (reproduzi algumas aqui no blog) e conversei com algumas pessoas envolvidas. Procurei saber da fundamentação da MM. Juiza que determinou a reintegração de posse.

Pois bem, após isso já tenho opinião: agiu certo o Poder Judiciário e está equivocada a forma como está sendo conduzida a Ocupação Chico Rei - explico:

Concordo que aquelas terras não devem ser sorrateira e clandestinamente vendidas à tal empresa de engenharia sediada em Saramenha, tampouco devem ser loteadas para simplesmente gerar lucros à Novelis e beneficiar aqueles com maior poder aquisitivo. Acho, sinceramente, que devem servir para assentar famílias em situação de vulnerabilidade e que é uma área nobre para a expansão urbana da cidade, além de possuir nichos de proteção ambiental permanente.

Porém, compete ao PODER PÚBLICO - EXECUTIVO MUNICIPAL tomar à frente nisso e não à um ou outro "líder" com objetivos que não vão além da próxima eleição. Entendo que deve a Prefeitura declarar a utilidade pública daquelas terras e buscar meios legais (amigáveis ou litigiosos) para se apropriar delas. É um projeto público para Ouro Preto e não um projeto eleitoral. Aliás, é inadmissível que os tais "líderes" do movimento de ocupação não tenham se indignado publicamente contra a total omissão do Prefeito, Sr José Leandro, que nada mais fez até o momento além de repassar parte das terras da Novelis à Santa Casa de Misericórdia, que está sob a sua própria intervenção. O mesmo com relação a alguns Vereadores, que ao invés de buscar soluções institucionais estão apoiando bravatas eleitorais e ações de pouca ou nenhuma efetividade.

E não venham me acusar de ser contraditório ou de eleitoreiro! Contraditório é reivindicar áreas privadas alegando interesse público, mas sem a participação do Poder Público. Eleitoreiro é usar os sonhos das pessoas em troca de votos e excluir da pauta o Prefeito, fingindo não saber das suas relações com a Novelis.

Acho que o futuro de Saramenha deve ser pensado de forma mais institucional, técnica e democrática e não em rodas de conversas conduzidas por pessoas que não representam com legitimidade a população de Ouro Preto.