"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz 2015!

imagem da internet
Aos amigos e à todos que acompanham o blog, um feliz ano novo! que todas as dificuldades sejam superadas e que a união e a força do povo sejam capazes de transformar para melhor a nossa comunidade!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Poluição & Perfume, por José Efigênio Pinto Coelho

Artigo publicado no Jornal "Tribuna Livre", em por Cidinha Hilário.
Disponível em:  http://www.jornaltribunalivre.com.br/2014/12/noticias/ouro_preto/poluicao-perfume/#more-73278

"Com o fechamento da fábrica de alumínio Equisa, Alcan, Novelis, Ouro Preto se livra de uma poluição agressiva, que fez muito mal a sua população, durante 70 anos.

Encravada no vale do rio Tripuí, marco inicial das minas de ouro, esta usina utilizou dos mesmos africanos, que deram seu sangue a este país. O Brasil sem uma legislação ambiental deixou poluir a água do rio, o ar e a mente dos que dela aproveitaram.

A ocupação desregrada das montanhas da bela cidade barroca foi diretamente provocada por um crescimento, ilusório, das populações oriundas das cidades vizinhas, onde a economia tinha falido, o que saiu caro, muito mais caro do que o imposto arrecadado, pois a cidade cresceu sem as necessidades básicas como esgoto, água potável, escolas, ruas, áreas de lazer, energia elétrica…

Justamente, neste mês de dezembro de 2014, a famosa ALCAN fechou. Acabou a fábrica de alumínio, a primeira da América do Sul. Neste momento de pesar, algo de novo e cheiroso, também acontece: o surgimento de uma pequena fábrica de perfume.

Talvez, por ironia do destino, que vem nos mostrar o caminho para um novo tempo. Ouro Preto precisa de um novo tempo.

Tempo de reflexão, tempo de músicas, de danças, de poesias, pinturas, teatro, cinema, tempo de harmonia, tempo de amor. Como o cheiro do perfume que desperta a alma do ser, é chegada a hora de vivermos uma nova vida.

Um centro cultural municipal deveria ser instalado na fábrica de Alumínio, para que o fortalecimento da nossa cultura ouro-pretana siga em frente e feliz."

*Escrito por José Efigênio Pinto Coelho, ouropretano, artista plástico, filósofo, restaurador e escritor.
 

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Carnaval, festas e eventos: prelúdio do futuro de Saramenha?

Nos últimos anos, em especial nos últimos meses, estamos discutindo o futuro de Saramenha face ao declínio da produção industrial. Várias ideias já surgiram e foram debatidas. Agora uma delas dá sinais de efetividade. No próximo carnaval (de 2015) o campo de futebol do clube Aluminas será utilizado pela primeira vez para abrigar um evento festivo de grande porte. A festa de 4 dias que está sendo desenvolvida e executada pela empresa "Nomad" pretende reunir 9 mil foliões por dia em uma grande estrutura especialmente montada, com shows entre 14 e 20 horas. Talvez seja esse um projeto piloto para vários outros que virão. O aquecimento do comércio local certamente será um primeiro reflexo positivo. Confiram em http://www.carnavaldeouropreto.com.br


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Segunda-feira (15/12/14) foi o último dia de trabalho dos funcionários da Novelis em Ouro Preto

Publicado em 15/12/2014 pela TV Top Cultura (disponível no youtube)

Nesta segunda-feira (15), foi o último dia de trabalho dos funcionários da Novelis. Saiba as novidades relacionadas ao fechamento da empresa na cidade:


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

TV UFOP - Plano Aberto, 08/12/2014: Desemprego em Ouro Preto

vídeo disponível no Youtube

Ato na Praça Tiradentes, em Ouro Preto-MG, sobre fechamento da Novelis

Informações de: Jornal Voz Ativa
10/12/2014 às 22:29 por Tino Ansaloni

Com cruzes de madeira no solo e grande parte de trabalhadores, além de representações sindicais, aconteceu, na tarde de 10/12, na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, um ato pelo não fechamento da fàbrica de alumínio Novelis, na cidade. Vários sindicalistas tiveram voz ao microfone e discursaram em relação a passivos ambientais e sociais que a empresa, segundo eles, deixará para trás.

Segundo o Diretor de Política Sindical do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Julião, Roberto Wagner Carvalho, após todas as discussões, manifestações e reuniões já realizadas em torno do assunto, que vem se arrastando, houve um aumento da conscientização da sociedade em relação às questões, quando se construiu a Frente de Defesa de Ouro Preto. “Associações de Moradores, sindicatos, universitários, comerciantes e vários outros seguimentos da região de Ouro Preto se reúnem para levantamento de pautas que possam trazer melhorias para o bem comum” explica.

Roberto comenta ainda que as ações da Frente servirão para tentar diminuir o impacto não só das demissões na Novelis, mas de um caos que poderá se abater sobre a cidade, região e estado de Minas no próximo ano. “A possibilidade de demissões da Rio Doce Manganês; a declaração de inconstitucionalidade da Lei Estadual 100/2007, com o desemprego iminente de cerca 78 mil trabalhadores da categoria; especulações sobre geração de energia elétrica, todas essas questões são discutidas pela Frente de Defesa de Ouro Preto, que na verdade não é somente temas da cidade, mas de todo um contexto”. complementa Wagner.

Um audiência, marcada para dia 18 de dezembro, na Vara do Trabalho de Ouro Preto, poderá trazer novidades quanto às questões previdenciárias, trabalhistas, ambientais e de saúde dos trabalhadores da Novelis.

Após o manifesto, os participantes do ato na Praça Tiradentes foram para a Câmara Municipal, onde, mais uma vez, puderam discutir as várias questões.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Novelis anuncia investimentos sociais em Ouro Preto

Matéria disponível no jornal "Tribuna Livre"
Por: Paulo Roberto Silva
em 05/12/2014

A Novelis, líder mundial em laminados e reciclagem de alumínio, anuncia investimentos sociais para a cidade de Ouro Preto.

As iniciativas foram apresentadas ao prefeito da cidade na manhã desta sexta-feira, 05 de dezembro.

Dentre as ações apresentadas destaca-se o projeto da Associação Casa Azul, liderado pelo arquiteto Mauro Munhoz, responsável pela criação da Festa Literária Internacional de Paraty.
O projeto consiste em uma leitura aprofundada do território ouro-pretano, a fim de identificar a vocação do munícipio, estimular a economia, o turismo e a cultura local, bem como atrair novos investimentos.

Tudo isso levando em consideração toda a articulação e o esforço que já existe a favor dessas temáticas.

A Novelis anunciou também a doação de um terreno de 30 mil metros quadrados, localizado no bairro Saramenha de Cima, para a construção de uma via de acesso que auxilie a mobilidade urbana, com diminuição do tráfego de caminhões e veículos que circulam pela Avenida Américo René Gianetti.

Além disso, a Companhia apresentou a intenção de construir um espaço de convívio e para a prática esportiva na área conhecida como Lago do Azedo.

Antes de seguir com esse passo, a Novelis deverá apresentar e aprovar o projeto junto à Superintendência de Meio Ambiente de Minas Gerais (SUPRAM).

A Empresa esclarece que continuará responsável pelo controle ambiental da área, com reportes sistemáticos às autoridades ambientais do Estado de Minas Gerais.

Após a realização do investimento, será concedido o direito de uso à Prefeitura, que ficará responsável pela manutenção das benfeitorias realizadas em favor da comunidade.

“Estes investimentos reforçam o compromisso da Novelis com a população de Ouro Preto, e favorecem a construção de um novo momento na região, no qual a vocação do município possa ser o motor de uma nova etapa do desenvolvimento local”, afirma Eunice Lima, diretora de Relações Comunicação e Relações Governamentais da Novelis.


Outras informações também AQUI

Fraca demanda e o alto custo de energia podem levar unidades da Vale ao fechamento

Matéria do jornal "Estado de Minas". Disponível AQUI.
Postado em 06/12/2014 06:00 / atualizado em 06/12/2014 07:46
Por: Marta Vieira 

Depois de anunciado para este mês o fechamento da fábrica de alumínio primário da multinacional Novelis em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, com as demissões de 350 trabalhadores, os metalúrgicos da cidade histórica temem o fechamento da unidade industrial da mineradora Vale produtora de ferro-silício-manganês, que emprega 150 pessoas. A paralisação das operações da Vale Manganês é cogitada também na vizinha Conselheiro Lafaiete e em Barbacena, outro município da porção central de Minas, em negociações abertas pela companhia com os sindicatos locais de metalúrgicos. Mais de 600 empregos diretos e indiretos estariam ameaçados nas três cidades pela fraca demanda e o alto custo de energia que afeta as atividades de ferroligas da Vale nas três cidades, configurando perda de competitividade, justificativa que foi dada pela Novelis.

Nas rodadas de conversas com os representantes da mineradora, o sindicato dos metalúrgicos de Ouro Preto tenta negociar um acordo de estabilidade no emprego até que o cenário da economia em 2015 fique mais claro, mas a Vale recusou a proposta, de acordo com o advogado da entidade sindical, Renato dos Santos Lisboa. Procurada pelo Estado de Minas, a companhia não se pronunciou sobre o caso e nem deu informações quanto ao ritmo da produção nas unidades de Ouro Preto, Lafaiete e Barbacena.

Segundo o sindicato de Ouro Preto, a empresa mantém desligados desde fevereiro os três fornos que opera no município, tendo optado por vender a energia consumida nas operações no mercado livre, aquele em que o comprador escolhe o seu fornecedor. A continuidade da fábrica, de acordo com informações dadas por representantes da mineradora à diretoria do sindicato, depende da renovação pela Vale do contrato de venda de energia. “Há uma nuvem preta no ar, segundo a companhia, em virtude de uma situação desfavorável de mercado. Defendemos a manutenção dos empregos”, afirma Renato Lisboa.

DESTINO

Em Barbacena, o presidente do sindicato local dos metalúrgicos, Jaci da Silva Coelho, diz que a categoria está apreensiva com o destino da unidade produtora de ferroligas, a única que estaria operando em Minas. A produção da fábrica e da unidade da Vale em Simão Pires, na Bahia, seria suficiente para atender os clientes, que usam as ligas na fabricação de produtos siderúrgicos. “Os trabalhadores temem pela perda do emprego, num momento em que não há opção de trabalho na indústria no município. Nos últimos quatros anos, duas fábricas de tecidos fecharam as portas, com cerca de 2 mil demissões”, afirma.

Jaci Coelho afirmou que em reunião com representantes da Vale, como parte das negociações da campanha salarial deste ano, a companhia admitiu a possibilidade de fechamento da fábrica, em decorrência da energia mais cara, e propôs a manutenção do atual acordo coletivo, sem a concessão de reajuste dos salários, em troca da manutenção dos empregos. Os trabalhadores discutirão a proposta na próxima terça-feira. Em Ouro Preto, a Novelis iniciou na última quarta-feira o processo de paralisação das atividades dos seus fornos e comunicou que concederá férias coletivas para 300 empregados a partir do dia 16. O sindicato local dos metalúrgicos obteve decisão da Justiça do Trabalho de Minas que impede demissões até que haja acordo com os trabalhadores.


Ato contra o fechamento de empresas e demissões será realizado no dia 10 de dezembro de 2014!

Assembleia Popular dos trabalhadores de Ouro Preto - dia 10 de dezembro de 2014, às 17 horas na Praça Tiradentes.

Para mais informações, CLIQUE AQUI.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Vereador Chiquinho de Assis (PV) acompanha Sindicato em reunião com o Governo de Minas

"Estivemos ontem em Belo Horizonte apoiando a marcha dos trabalhadores da Novelis pela manutenção dos seus postos de trabalhos. Não podemos admitir que a empresa abandone os compromissos e saia daqui repleta de passivos ambientais, sociais etc e tais. Falamos ontem com Secretario de Desenvolvimento do Estado, no entanto, a estratégia dos indianos é boa, fechar as portas na transição de governos. Agora, temos que ser ainda mais estratégicos e combater esse dano ao patrimônio dos ouro-pretanos. Queremos investimentos em práticas sustentáveis de exploração. Não queremos demissões!!!! O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Julião e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) tem o nosso compromisso"

Sindicato faz protesto na Cidade Administrativa

Foram instaladas 354 cruzes brancas na Cidade Administrativa do Governo de Minas em referencia aos 354 trabalhadores da Novelis que estão sendo demitidos com o fechamento da fábrica no município de Ouro Preto.

 


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Aneel libera operação comercial de oito PCHs da Novelis do Brasil

Com informações de "Jornal de Energia"
São Paulo, 02 de Dezembro de 2014 - 14:38
 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou o comissionamento de oito pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) da Novelis do Brasil, multinacional do setor de alumínio. As usinas estão todas localizados no estado de Minas Gerais. Os testes têm início nesta terça-feira (2/12), segundo despacho publicado no Diário Oficial da União. A solicitação para a operação comercial somente poderá ser efetuada após a conclusão da operação em teste.

Confira as usinas e as respectivas turbinas que foram liberadas:

Veja também AQUI (atualizado em 06/12/14)

Vídeo: "Indústria do Alumínio - A floresta virada em pó"

Vídeo disponível no Youtube (clique aqui): uma reflexão!


China: preços altos do alumínio fazem siderúrgicas investirem na produção

Disponível em: "O Portal do Geólogo"
Publicado em: 2/10/2014 20:51:00
Autor: Pedro Jacobi 

 
A alta de 27% em sete meses, nos preços do alumínio da bolsa de Londres juntamente com uma expectativa de déficit futuro, acabou por convencer as metalúrgicas chinesas que é mais interessante apostar na alta e investir em novas plantas e projetos.

É uma reviravolta na indústria do alumínio que aparentava ter o seu primeiro ano de procura maior do que a oferta após anos de superprodução.

Segundo a Reuters e a Rusal o ano de 2015 deverá ter um déficit de mais de 1,3 milhões de toneladas de alumínio. Esta possibilidade de déficits futuros aliada aos altos preços reativou a esperança dos empresários chineses que já começam a investir em novas plantas siderúrgicas e expansões. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A omissão da Prefeitura no fechamento da Novelis e nas discussões sobre o futuro de Saramenha


Questões político-partidárias à parte, a análise do Júlio Pimenta é perfeita! Faço minhas as suas palavras. Como todos os ouropretanos atingidos pela fábrica, LAMENTO profundamente a ausência do Prefeito José Leandro e da sua equipe nas discussões sobre o fechamento da Novelis e o futuro socioambiental de Saramenha.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Criada a "Frente em defesa de Ouro Preto e região"

Frente em defesa de Ouro Preto e região sendo articulada no final da tarde do dia 20 de novembro de 2014, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Julião. O objetivo é reunir as entidades da sociedade civil organizada e os sindicatos na luta por melhores condições para a nossa região. Em breve mais informações!


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Liminar da Justiça do Trabalho obriga Novelis a reintegrar trabalhadores e cessar demissões

Informações extraídas do Jornal Voz Ativa.
20/11/2014 às 09:27 por Tino Ansaloni. Atualizado dia 20/11/2014 às 09:44
_____________________________________________________________ 

Empresa poderá pagar multa em caso de descumprimento de determinação da justiça

Uma discussão de grandes proporções, com direito a várias reuniões no Sindicato, na Câmara Municipal, audiências públicas da Assembleia de Minas , manifestações com interrupções de trânsito, além de viagens ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tomou conta de Ouro Preto e região, após o anúncio, no dia 16/10, do fechamento da produção de alumínio primário, na empresa Novelis do Brasil na cidade.

Um forte movimento foi levantado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos de São Julião, na cidade, pela manutenção das vagas de trabalho. Mais de 300 funcionários seriam demitidos até o mês de dezembro, quando a produção da fábrica seria encerrada, de acordo com o cronograma da empresa.

Numa ação que pretendia preservar os postos de trabalho e, contudo, evitar um impacto negativo na receita do município, com um grande número desempregados, o Sindicato, já antevendo a possibilidade de fechamento de toda a planta da empresa Novelis em Ouro Preto de forma gradativa, fez denúncia ao Ministério Publico do Trabalho, em 28/02/2014.

Em 28/3/2014, a empresa foi intimada pela Justiça do Trabalho e não compareceu. Uma nova audiência foi designada, desta vez para o dia 30/04/2014, e os representantes da empresa assim responderam: “os representantes da Investigada responderam de forma categórica que não há qualquer indício de venda da empresa ou encerramento de suas atividades na unidade em Ouro Preto; que, de fato, foram vendidas 8 usinas hidrelétricas que pertenciam à Investigada, mas essa negociação não influi no desenvolvimento das atividades ordinárias da empresa em Ouro Preto; que também não há nenhuma informação ou fato novo concernente à dispensa em massa de trabalhadores da empresa em Ouro Preto. Nada mais”.

Diante dos acontecimentos recentes e outras demissões que a empresa já havia feito, após negar a possibilidade de fechamento, a justiça do trabalho, através da Juíza do Trabalho Dra. Graça Maria Borges de Freitas, expediu liminar no dia 19/11/2014, onde declara nulas as demissões ocorridas a partir de 17/10/2014 e determina a reintegração dos trabalhadores até o final das negociações. Em caso de descumprimento, a empresa deverá pagar multa diária no valor de R$1.000,00 por empregado não reintegrado. O valor da multa será revertido ao FAT-Fundo de Amparo ao Trabalhador ou à outro fundo que possa beneficiar os afetados com as decisões.

Além disso, a empresa terá dez dias para juntar ao processo a relação de todos os trabalhadores demitidos na unidade de Ouro Preto, a partir de abril de 2014, juntamente com os termos da rescisão de contrato de trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 5.000,00.

Ainda segundo a liminar, há longos contratos de trabalho em curso, situações de pré aposentadoria, afastamentos previdenciários, doenças ocupacionais e ações relativas a condições ambientais, que podem gerar aposentadorias especiais e que necessitam ser levadas em conta em eventual negociação, portanto, é preciso garantir a proteção aos empregados até o término do processo, para, inclusive, garantir o equilíbrio nas negociações.

Segundo o advogado do Sindicato, Dr. Renato dos Santos Lisboa, essa liminar vem reconhecer parte do dano moral coletivo que a empresa causou aos trabalhadores.

As negociações continuam, agora, com mais garantias para os empregados, diante da determinação judicial.

Clique aqui para ver liminar na íntegra

Mais informações em:  http://www.prt3.mpt.gov.br/procuradorias/prt-belohorizonte/335-liminar-obriga-multinacional-de-ouro-preto-a-cessar-demissoes (atualizado em 11/12/2014)

foto: Tino Ansaloni, Jornal Voz Ativa

sábado, 15 de novembro de 2014

Discussões sobre o fechamento da Novelis ganham a internet

Primeiro o site "congressoemfoco" publicou um artigo, de autoria dos militantes do PSTU Zé Maria e Geraldo Batata, em que foi dito que a paralisação da fábrica de Saramenha teve como causa a venda da energia elétrica aqui gerada ao mercado de eletricidade. (CLIQUE AQUI E LEIA).

"Fabricantes de alumínio e ferro ligas desligam seus fornos em Minas Gerais para vender energia no mercado livre, aumentando o desemprego e a conta de luz, dizem sindicalistas, ao cobrarem posição dos governos estadual e federal sobre o assunto"

Logo depois a Novelis enviou uma Nota ao site rebatendo a acusação (CLIQUE AQUI E LEIA).

ESCLARECIMENTO

Em relação ao artigo publicado no site Congresso em Foco, em 13 de novembro de 2014, a Novelis esclarece que:

A Empresa, líder mundial em laminados e reciclagem de alumínio, tomou a decisão pelo fechamento da fábrica localizada em Ouro Preto/MG por conta do cenário adverso para o setor de alumínio primário no Brasil. Nesse processo são impactados diretamente 350 profissionais.

A Novelis anunciou em abril de 2014 a venda de seus ativos de geração de energia, compostos por oito Pequenas Centrais Hidrelétricas para a Companhia Energética Integrada (C.E.I.) e 50% de sua participação no Consórcio Candonga (UHE Risoleta Neves). O processo segue os trâmites operacionais para transferência dos ativos. A venda de energia não faz parte dos planos de negócio da Companhia.

A Empresa reitera o respeito ao Sindicato local e já iniciou as negociações para discutir os termos do desligamento de seus funcionários, inclusive com mediação da Gerência Regional do Trabalho e Emprego.

Em, 3 de novembro, a Novelis lançou o Núcleo de Apoio Profissional (NAP), para dar suporte aos seus profissionais neste momento de transição de carreira. O Núcleo oferece orientações para entrevistas, planejamento financeiro, além de treinamentos para ampliar conhecimentos técnicos, aumentando assim a possibilidade de conquistar uma nova posição de trabalho. 

A equipe de consultores também é responsável por apresentar oportunidades de recolocação no mercado. Tudo isso alinhando com as expectativas de cada um de seus funcionários. A ação foi discutida com o Sindicato local, que concordou com o início do atendimento.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sindicato faz protesto e desarticula reunião entre a direção da Novelis e Vereadores de Ouro Preto

Na manhã desta terça-feira (11/11/14), o Sindicato dos Metalúrgico de São Julião realizou ato na Portaria da Novelis em defesa dos trabalhadores.

foto: Operário Verde, em 11/11/14
Apesar de estar prevista uma reunião de negociação entre o Sindicato e a Novelis para a próxima sexta-feira (14), os Vereadores de Ouro Preto foram convidados para uma reunião hoje cedo com a diretoria da empresa.

Indignados, os trabalhadores ali reunidos votaram para que os Vereadores não entrassem na fábrica e não se reunissem com a direção da Novelis, em respeito às negociações feitas pelo Sindicato. Prontamente, os Vereadores Léo Feijoada, Nicodemos e Dentinho da Rádio aceitaram o pedido e foram embora aplaudidos. Já o Vereador Roberto Leandro mostrou-se insatisfeito e saiu do local sob vaias. Os demais Vereadores não estavam lá.

Segundo informações do Jornal Voz Ativa, a Novelis já solicitou à Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Conselheiro Lafaiete mediação para a negociação das contrapartidas referentes ao encerramento das operações de sua fábrica.

sábado, 8 de novembro de 2014

Fim da ocupação da Câmara com importantes encaminhamentos

O Vereador Chiquinho de Assis (PV) publicou há pouco em seu perfil no facebook a seguinte informação:

"Estivemos Agora a noite reunidos com os trabalhadores da Novelis que lutam para manter os postos de trabalho na cidade. Havia um acampamento destes trabalhadores na Câmara Municipal. Nesta noite, se encerrou o acampamento com várias deliberações. Dentre elas, uma comissão que irá até Brasília se reunir com o Ministro de Desenvolvimento Econômico. Uma ação Popular que será apresentada à justiça. Os trabalhadores tem todo o nosso apoio e lamentamos a ausência de representantes da prefeitura durante todas as manifestações. Solicitamos ao povo de Ouro Preto que abrace essa causa. Mobilize o seu vizinho, o seu amigo, o seu parente. As terras que hoje são exploradas pela Novelis são terras do povo de Ouro Preto. Dezenas de famílias foram desabrigdas para que usinas de energias fossem construídas. Tudo isso em nome da geração de emprego e renda na cidade. Não podemos permitir que centenas de pessoas se vejam desempregadas. Ha estudos que indicam a possibilidade de que o negócio continue sendo explorado na cidade. O Governo Federal já sinalizou com a possibilidade de articular um consórcio de investidores para que os postos de trabalho permaneçam aqui. Vamos ajudar nesse movimento. Precisamos de investimentos tecnológicos e da manutenção dos postos de emprego. Seguimos na luta!!!!"

 Por oportuno, parabenizo o referido Vereador pelo envolvimento na causa e pela excelente mediação.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Cobertura da TV TOP Cultura sobre as manifestações e a Audiência Pública que tratou do encerramento da Novelis em Ouro Preto



Vide aqui também: https://www.youtube.com/watch?v=4rsFZx8BL5E

TV TOP Cultura: entrevista sobre fechamento da Novelis


Em Audiência Pública, Novelis afirma que fechamento de unidade é irreversível

Matéria disponível no site da ALMG, em 05/11/2014

Audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira ,5, em Ouro Preto, para debater o fechamento da unidade local de alumínio primário. Foto: Willian Dias/ ALMG

“A decisão é dura, difícil e grave. Nós entendemos a importância da empresa para a história do município, mas é uma decisão irreversível, fruto de uma crise que não é exclusiva da Novelis”, afirmou o assessor da diretoria da empresa, Ricardo Carneiro. Ele participou de audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta quarta-feira (5/11/14), em Ouro Preto (Região Central do Estado), para debater o fechamento da unidade local de alumínio primário. Instalada desde a década de 1950 na cidade, a decisão da empresa de encerrar suas atividades até dezembro deste ano representará o fechamento de 350 postos de trabalho diretos e o fim da produção de 18 mil toneladas por ano de tarugos (peças metálicas).

Segundo Ricardo Carneiro, a decisão da Novelis partiu de uma crise mundial do alumínio primário que vem ocorrendo desde 2008, com redução do preço em dólar do metal, inviabilizando a planta em vários países. De acordo com ele, em 2008, o Brasil produziu 1,6 milhão de tonelada de alumínio primário e este ano a estimativa é que essa produção seja de cerca de 950 mil toneladas. “O Brasil passou de exportador de alumínio primário para importador”, disse Ricardo Carneiro.

Por essas razões, o assessor da diretoria da Novelis justificou a decisão da empresa e afirmou que está à disposição para dar as respostas que a comunidade e autoridades precisam. Disse ainda que a Novelis fez um esforço ao longo dos últimos anos para manter suas operações e empregos na unidade de Ouro Preto. “Uma das ações foi a concentração da operação da fábrica na produção de tarugo, abandonando a produção de placas”, disse.

Segundo Ricardo Carneiro, a empresa tem saúde financeira para manter suas obrigações   Foto: Willian Dias/ ALMG
 Ricardo Carneiro reconheceu ainda que a Novelis possui passivos ambientais, que estão sendo identificados, e que irá apresentar um plano de mediação, com cronogramas de execução e análise de risco dessas áreas. Também afirmou que a Novelis tem saúde financeira para manter seus encargos e obrigações, principalmente as relativas às medidas ambientais.

Em contraponto à posição da empresa, o diretor de Política Sindical do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Julião, Roberto Wagner Carvalho, disse que desde 2009 tem chamado a empresa para conversar e que, quando ela afirma que a decisão de fechamento da unidade é irreversível, mostra que realmente não está disposta a conversar. O sindicalista também questionou o fato de a Novelis explorar a região e depois ir embora, e convocou os trabalhadores a lutar para que a fábrica não feche. “Temos que cobrar a responsabilidade social dessa empresa”, afirmou Roberto.

Segundo ele, o trabalhador quer a continuidade da produção e está disposto a trabalhar. Roberto Carvalho afirmou ainda que a unidade de Ouro Preto é viável e obtém lucros. Nesse sentido, o autor do requerimento para o debate, Celinho do Sinttrocel (PCdoB), ponderou que a afirmação da empresa de que a decisão é irreversível é muito pesada e grave. Por isso, fez um apelo para que a Novelis se sensibilize a debater e negociar essa decisão.

Participantes cobram intervenção do Estado e da União

Presente na reunião, o coordenador-geral das Indústrias Intensivas em Recursos Naturais do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tólio Edeo Ribeiro, disse que, em virtude da decisão da Novelis, o órgão está disposto a abrir canais de diálogo para que esses empregos permaneçam na região, que tem vocação para a metalurgia. Em sua opinião, é preciso buscar formas de manter o emprego dessas pessoas, como novos empreendimentos, que irão absorver essa mão-de-obra qualificada.

No entanto, o assessor de Formação e Política da Federação Sindical e Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Minas Gerais, Geraldo de Araújo Silva, disse que o cenário não é positivo na região, principalmente porque nada da riqueza produzida fica no Brasil, nem minério nem dinheiro. “Fica doença respiratória e buraco. Só esse ano morreram 25 trabalhadores na mineração”, disse.

Geraldo de Araújo se mostrou preocupado ao dizer ainda que o fechamento da Novelis vai atingir também 600 trabalhadores terceirizados. Segundo ele, a empresa tem lucro e o que a Novelis tem feito é especular e vender energia excedente por meio das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). “Quem deu o direito da Novelis de vender as PCHs? Era para produzir alumínio, e não vender para o mercado”, criticou Geraldo de Araújo Silva.

Em sua opinião, os governos estadual e federal precisam intervir, não podem ficar vendo postos de trabalho sendo fechados, principalmente dos oriundos de empresas que utilizaram dinheiro público. “Duvido que a empresa é deficitária. Ela não tem custo de energia, é autosuficiente”, ponderou.

Deputado Celinho do Sinttrocel (PC do B) e o Representante do Ministério da Indústria e Comércio - Foto: Willian Dias/ ALMG
O deputado Celinho do Sinttrocel também afirmou que denunciou, nos últimos quatro anos, a intenção da Novelis de fechar sua unidade em Ouro Preto. Ele disse ainda que uma fábrica não pode ser fechada pensando apenas em seus interesses, que é preciso olhar para a sociedade e os trabalhadores. Em sua opinião, o problema não pode ser tratado apenas pelo ângulo da empresa, e o Governo de Minas precisa agir para combater o desemprego e o desaquecimento da economia local. O parlamentar salientou ainda que a empresa precisa se preocupar com o passivo ambiental e resolver as pendências trabalhistas e fiscais com o Estado.

Veja a íntegra da audiência (atualizado em 19/01/2015):

 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Fechamento da Novelis: manifestação ocorre neste momento em Ouro Preto

Teve início agora há pouco em Ouro Preto uma manifestação promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos local com a participação de diversas entidades da sociedade civil organizada. O objetivo é chamar a atenção das autoridades e da população da região sobre o fechamento da metalúrgica de alumínio Novelis, anunciado para dezembro próximo, em especial quanto aos passivos trabalhistas e socioambientais que serão deixados. 

Os manifestantes se concentraram logo cedo na portaria da empresa e seguiram para o trevo de acesso à cidade, na BR-356 (próximo à Jacuba), onde bloquearam a passagem dos veículos.

Durante o dia a manifestação percorrerá as ruas da cidade e chegará à Praça Tiradentes, onde haverá um ato público. Na sequência, às 14 horas, acontecerá na Câmara Municipal, localizada na mesma Praça, uma Audiência Pública promovida pela Assembleia Legislativa do Estado, onde serão discutidas todas as questões envolvendo o fechamento da fábrica e o futuro da região.

foto: Operário Verde

foto: Operário Verde

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ONU: tempo é curto para limitar o aquecimento global a 2ºC



Por Soren Billing | AFP – 02/11/2014: disponível AQUI

O tempo está acabando para reduzir o aquecimento global a apenas dois graus centígrados, anunciaram os especialistas da ONU, em uma advertência de que as tendências atuais de emissão de gases que provocam o efeito estufa resultarão em um desastre.

Em um relatório geral de síntese mundial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), os especialistas afirma que as emissões dos três principais gases que provocam o efeito estufa estão em seu maior nível em 800.000 anos.

A Terra caminha atualmente para um aumento de pelo menos 4ºC até 2100 na comparação com nível da era pré-industrial, o que provocará grandes secas, inundações, aumento do nível do mar e extinção de muitas espécies, além de fome, populações deslocadas e conflitos potenciais.

"A justificativa científica para dar prioridade a uma ação contra a mudança climática é mais clara que nunca", disse o diretor do IPCC, Rajendra Pachauri.

"Temos pouco tempo pela frente antes que passe a janela de oportunidade para permanecer abaixo dos 2ºC".

"Para preservar uma boa oportunidade de permanecer abaixo dos 2ºC com custos abordáveis, nossas emissões deveriam cair entre 40 e 70% em nível global entre 2010 e 2050, e cair a zero até 2100".

O relatório - a primeira revisão global do IPCC desde 2007 - foi divulgado antes das negociações de dezembro em Lima, que pretendem traçar o caminho para a grande reunião de dezembro de 2015 em Paris, que tem como meta a assinatura de um compromisso para alcançar a meta dos 2ºC.

As negociações esbarram há vários anos no debate sobre quais países deveriam assumir o custo da redução das emissões de gases do efeito estufa, que procedem principalmente do petróleo, gás e carvão, que atualmente constituem grande parte da energia consumida.

O documento afirma que o uso de energias renováveis, o aumento da eficiência energética e o desenvolvimento de outras medidas destinadas a limitar as emissões custaria muito menos que enfrentar as consequências do aquecimento global.

A conta a pagar atualmente para atingir a meta ainda é possível, mas adiar a resposta aumentaria consideravelmente a fatura para as gerações futuras.

"Os custos das políticas de limitação variam, mas o crescimento mundial não seria gravemente afetado", afirma o IPCC, que calcula que curvas "ambiciosas" de redução de carbono provocarão uma queda de apenas 0,06% no crescimento mundial neste século, que deve ser em média anual de entre 1,6 e 3%.

"Comparado ao risco iminente dos efeitos irreversíveis da mudança climática, os riscos a assumir para alcançar uma redução são administráveis", destaca Youba Sokona, um dos cientistas responsáveis pelo relatório.

Neste sentido, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou neste domingo que "a ação contra o aquecimento global pode contribuir para a prosperidade econômica, para uma saúde melhor e para cidades com melhores condições de vida".

"Uno minha palavra política à palavra dos cientistas, que trabalharam muito duro", completou na entrevista coletiva concedida pelos especialistas em Copenhague para apresentar o relatório.

O secretário de Estado americano, John Kerry, criticou "aqueles que decidem ignorar ou questionar a ciência" da mudança climática, que "coloca todos em perigo, assim como nossos filhos e netos".

"Quanto mais tempo passamos trancados em um debate sobre questões ideológicas e políticas, mais crescem os custos da inação", disse.

A França defendeu uma "mobilização universal e imediata".

O relatório adverte, sem rodeios, que caso as tendências atuais sejam mantidas, "a mudança climática tem mais probabilidades de exceder 4ºC que de não fazê-lo até 2100", na comparação com os níveis da era pré-industrial.

- Risco de dano irreversível -

Sem ações adicionais para limitar as emissões, "o aquecimento até o fim do século XXI conduzirá a um risco de impacto irreversível generalizado a nível global", destaca o IPCC.

O IPCC foi criado em 1988 para fornecer aos governos informações neutras e objetiva sobre as mudanças climáticas, seus impactos e as medidas para reverter o problema.

O relatório elaborado por mais de 800 especialistas é o quinto resumo geral da situação publicado nos 26 anos de história do painel.

O documento anterior da mesma importância foi publicado em 2007 e ajudou a preparar a reunião de cúpula de Copenhague de 2009, que fracassou na tentativa de obter a assinatura de um acordo global.

Foto: AFP

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mais um vazamento de bauxita no Rio Funil e a notória confusão entre Novelis e Hindalco

O Portal de Notícia G1 publicou matéria nesta quarta-feira, dia 29 de outubro de 2014, relatando mais um vazamento de rejeitos de bauxita no Rio Funil. Para ler a notícia CLIQUE AQUI.

Essa não foi a primeira vez em 2014, conforme já denunciamos aqui no blog nas seguintes postagens:

1. http://www.operarioverde.blogspot.com.br/2014/05/rio-colorido-de-bauxita-reflexo-da.html

2.  http://www.operarioverde.blogspot.com.br/2014/05/rio-funil-uma-simples-comparacao.html

3.  http://www.operarioverde.blogspot.com.br/2014/09/supram-responde-sobre-irregularidades.html

Infelizmente temo que a velha fábrica de alumina e hidratos reativada em 2013 pela empresa Hindalco do Brasil sem grandes investimentos e modernizações ainda será protagonista de outras matérias como esta.

Mas o que me chamou a atenção na reportagem do Portal de Notícias G1 foi a evidente confusão entre Novelis e Hindalco. De fato, conforme alegou em nota, a Novelis não utiliza a bauxita no seu processo produtivo em Ouro Preto, já que é a Hindalco que produz o pó de alumina a partir do beneficiamento do minério de bauxita. Mas como separá-las? a comunidade, a imprensa e ninguém consegue entender como essas empresas pertencentes aos mesmos donos podem ser diferentes. Já fiz essa reflexão em abril de 2014 (LEIA AQUI) e mais uma vez volto a provocá-la.

O assunto também foi veiculado na Globo Minas:  http://g1.globo.com/videos/minas-gerais/t/todos-os-videos/v/rio-em-mariana-fica-com-agua-laranja-apos-receber-rejeitos-de-mineradora/3730059/

Foto: Leandro Henrique dos Santos/jornal "O Espeto", publicada no Portal G1