Nos últimos dias a quantidade de pó, branco da alumina e preto da queima de madeira nas caldeiras, tem aumentado bastante! na manhã do último domingo, dia 24/04/2022, o cheiro também estava insurpotável, ao ponto de dar dor de cabeça. Como previsto, a fábrica vai de mau a pior...
terça-feira, 26 de abril de 2022
sexta-feira, 1 de abril de 2022
Tic Tac... o que acontecerá na próxima semana?
Na próxima semana, especificamente a partir do dia 05 de abril, vence o prazo do Termo de Ajustamento de Conduta - TAC firmado pela Hindalco com o Governo de Minas para a continuidade do funcionamento da fábrica de Saramenha.
Das ações de investimento, mitigação e reparação previstas no TAC, nada foi visto ou explicado à comunidade nestes últimos 12 meses. A única notícia que tivemos é que a Hindalco foi vendida com "porteira fechada" para a Acthec - Terrabel, que assumiu toda a bronca, inclusive mantendo o mesmo CNPJ.
Consultando o Diário Oficial do Estado e o Sistema de Licenciamento Ambiental, nada foi encontrado sobre uma possível renovação do TAC ou um novo licenciamento ambiental. Tudo permanece obscuro e com fortes indícios de que há problemas e decisões não reveladas.
As perguntas são óbvias: foi protocolizado pedido de renovação do TAC? quais medidas já foram cumpridas? se nada foi feito, a fábrica fechará ou continuará funcionando clandestinamente com vistas grossas dos políticos? sem licenciamento e sem TAC, a Policia Ambiental vai fechar a fábrica? enfim, muitas perguntas e nenhuma resposta. Quem viver, verá!
sexta-feira, 25 de março de 2022
Mais um flagrante!
E aí, Terrabel / Actech, como fica o Marzagão?
Em meio a muitas dúvidas sobre o futuro da fábrica de Saramenha, que até o presente momento não teve renovado o TAC para prosseguimento da operação, muito menos obteve o licenciamento ambiental, a pergunta que faço é sobre o futuro da barragem de rejeitos do Marzagão. O cronograma de "dois ou três" anos dito na reportagem a seguir já se encerrou sem uma solução definitiva.
segunda-feira, 14 de março de 2022
Av. Lima Jr.: Dúvida geotécnica e intervenção irregular em APP
Conforme já exposto AQUI no blog numa postagem de 23/02/2022, preocupa-nos bastante a forma aparentemente displicente com que a terra (filito) do acidente geológico da Estação/Morro da Forca foi jogada no buraco surgido na Av. Lima Jr., mais conhecida como estrada da "curva" ou "volta do vento".
Após o Prefeito Municipal divulgar a "conclusão" da obra, surgiram nas redes sociais vídeos e fotos que corroboram a nossa preocupação. Além das questões geotécnicas, há ainda denuncia de intervenção irregular em Área de Preservação Permanente (APP), uma vez que a obra está a menos de 30 metros do Rio Funil. Não há registros de que a intervenção feita pela Prefeitura tenha licenciamento ambiental pelo CODEMA ou de qualquer outro órgão de controle ambiental.
Eis o vídeo as fotos:
quarta-feira, 9 de março de 2022
Prefeito admite que escondeu a verdade da população
O Prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo (PV), concedeu entrevista ao repórter Antônio Isidoro, da Rádio Real FM 90,1, na qual admitiu que sabia desde 2021 que a missão do gerente indiano da Hindalco em Saramenha era fechar a fábrica.
Cliquei AQUI e ouça a entrevista!
É lamentável que o Prefeito não tenha advertido a comunidade sobre o iminente desaparecimento da Hindalco do Brasil no Município, impedindo assim que todos pudessem se preparar para os inevitáveis impactos. Trabalhadores, fornecedores, vizinhos e servidores públicos foram alijados das discussões. Tudo ficou restrito aos gabinetes, num claro conchavo para favorecer os empresários, em detrimento do povo ouro-pretano.
É importante lembrar que em 18/11/2021 a Câmara Municipal realizou a 41ª Audiência Pública para tratar da falta de licenciamento ambiental da fábrica, ocasião em que os representantes da Hindalco falaram de um futuro promissor, sem revelar o que de fato estava acontecendo nos bastidores. Mentiram e o Prefeito foi conivente!
terça-feira, 8 de março de 2022
AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE SITUAÇÃO DAS “TERRAS DA NOVELIS”
Fonte: Jornal O Liberal
Por Karina Peres
08/03/2022
Na tarde desta segunda-feira (07), a Câmara Municipal de Ouro Preto, realizou a primeira audiência pública de 2022. A reunião aconteceu no acampamento “Novo Taquaral” e teve o objetivo de discutir sobre a possibilidade da área, conhecida como “Terras da Novelis”, ser utilizada para a construção de casas para os moradores do Taquaral que precisaram deixar suas casas devido aos riscos de desabamento.
Além de alguns vereadores da casa, a audiência também contou com a participação de representantes do poder executivo, movimentos sociais, dos moradores do Taquaral e do acampamento. As empresas Hindalco e Novelis foram convidadas para participar, porém, nenhum representante compareceu. Segundo o vereador Júlio Gori (PSC), pessoas de alto poder aquisitivo têm interesse nas Terras da Novelis, por isso, a luta da população para utilizar o local será ainda mais desafiadora. “Para sair um conjunto habitacional aqui vai ter que ter muita luta, porque isso aqui é uma terra que os milionários, os poderosos de Ouro Preto, querem. Precisamos ter um trabalho unido, de todos vocês para fazer esse projeto sair. Esse governo tem tudo para desenvolver um projeto para atender a cada família que está aqui”, afirmou o vereador.
Uma moradora que está acampada no local, usou a tribuna livre para falar sobre as dificuldades e a luta. “Eu estou aqui com o povo, tentando terras melhores para a gente sair debaixo de barranco. Eu não vou abrir mão desse sonho, eu tenho nove netos e quero que eles tenham uma vida digna e que não passem pelo que eu passei. Eu era gari, e com muita dificuldade construí a minha casa, mas todo ano a Defesa Civil, quando começa a chuva, dá 15 minutos e a gente tem que sair de casa carregando só o que estiver no corpo. Agora moro aqui no acampamento e só vou sair quando meu povo tiver uma moradia digna”, disse a moradora.
Possíveis soluções
Camila Sardinha, secretária municipal de desenvolvimento urbano e habitação, informou que nesta sexta-feira (11), o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, tem uma reunião com a Novelis para obter respostas sobre áreas pleiteadas pela prefeitura. “Essas áreas totalizam 200 mil m², então na realidade, não estamos buscando a construção de só 150 casas para o Taquaral, claro que esse pleito está envolvendo a questão do Novo Taquaral, mas nosso objetivo junto à Novelis, é conseguir um pleito muito maior para trabalhar melhor a política habitacional dentro de Ouro Preto”, explicou Camila.
A secretaria também afirmou que existe a promessa da doação de um área de 10 mil m² pela Novelis para a prefeitura. Entretanto, segundo Camila, sua procuradoria jurídica informou que a promessa já é um fato. “Ou seja, já podemos iniciar o processo de levantamento topográfico e de loteamento, precisamos só definir qual será a área exata junto a Novelis, mas os 10 mil m² já são nossos. Faremos estudos de planejamento urbano para que a gente consiga uma área que seja ocupável e que consiga ter o máximo de residências para a população”, declarou a secretária.
Foto: O Liberal |
segunda-feira, 7 de março de 2022
“O que há por trás da venda da Fábrica de Saramenha, em Ouro Preto”
sábado, 5 de março de 2022
O que é produzido atualmente em Saramenha?
Com a recente transferência de propriedade da fábrica de Saramenha da Hindalco para a Terrabel, muitos ficaram com dúvidas sobre o que de fato é produzido ali. Vamos esclarecer:
Desde 2014, quando a Novelis encerrou suas atividades em Saramenha, NÃO se produz mais alumínio. O metal, cuja primeira e histórica corrida de forno ocorreu aqui em 1945, deixou totalmente de ser produzido. Os fornos e demais equipamentos de produção foram desmontados e vendidos como sucata. A metalúrgica de alumínio não existe mais!
Porém, a primeira parte do processo químico de transformação do minério de bauxita em pó de alumina (gibsita) permaneceu, mas sob os cuidados da Hindalco do Brasil, uma empresa/CNPJ criada pelo grupo indiano Aditya Birla exclusivamente para a fábrica de Saramenha.
Alumina |
Fonte: Grantthornton |
aput https://doi.org/10.1590/S1517-70762007000200011) |
1). o uso de grande quantidade de soda cáustica numa área urbana e com grande ocupação residencial, sendo que os tanques de maior risco encontram-se dentro da fábrica, mas nas proximidades com a divisa com a Escola Municipal Tomás Antônio Gonzaga e com a Vila Operária;2). o depósito de rejeito de "lama vermelha", que molhado ou seco ainda é levado para a barragem do Marzagão, à montante pelo rio Funil. Embora "neutralizada", a lama vermelha é constituída por partículas muito finas e tem como principal característica uma elevada alcalinidade. No caso do rompimento da barragem, as áreas diretamente atingidas são os bairros Saramenha de Cima, Tavares, a planta da fábrica, Estação, Barra e todas as comunidades ribeirinhas à jusante, em especial Passagem de Mariana e o centro de Mariana.