HONG KONG, 17 Mar (Reuters) - A grande fabricante de alumínio China
Hongqiao Group espera que sua produção cresça em cerca de 20 por cento
este ano, mesmo enquanto o excesso de capacidade pode levar algumas
fabricantes menores à falência.
Os baixos preços domésticos
estão impactando o caixa em empresas menores, disse Zhang Bo, presidente
executivo da China Hongqiao, acrescentando que fabricantes maiores que
possuem usinas geradoras de energia ainda estão lucrando devido aos
preços fracos do carvão.
A eletricidade tipicamente responde por cerca de 40 por cento do custo de produção de alumínio na China.
"Nos
próximos três anos, ao menos cerca de 30 por cento da capacidade (será
forçada a deixar o mercado)", disse Zhang em uma coletiva de imprensa em
Hong Kong nesta segunda-feira.
A China tem hoje cerca de 30
milhões de toneladas de capacidade de alumínio, das quais 27 milhões
estão em operação, Zhang continuou.
Ele disse que cerca da metade da capacidade operacional está gerando prejuízos devido aos preços baixos.
Pequim
vem tentando há anos enfrentar o problema de excesso de capacidade na
indústria de alumínio e outras, mas o novo governo do presidente Xi
Jinping fez disso uma prioridade.
A capacidade de alumínio da
China Hongqiao cresceu 46 por cento na base anual para 2,96 milhões de
toneladas em 2013. Isso impulsionará a produção de alumínio da empresa
para cerca de 2,9 milhões de toneladas em 2014 ante 2,4 milhões de
toneladas no ano passado, disse Zhang.
(Por Polly Yam, publicado em 17 de março de 2014 em "123 notícias", disponível clicando aqui)
"a questão ambiental deve ser trabalhada não como resultante de um relacionamento entre homens e a natureza, mas como uma faceta das relações entre os homens, isto é, como um objeto econômico, político e cultural". (MORAES, 2002)
sábado, 22 de março de 2014
Operário Verde completa 2 anos no ar!
Há exatos dois anos o nosso blog "Operário Verde" fez a sua primeira postagem.
Desde então já foram cerca de 150 postagens relatando a relação da fábrica de alumínio de Saramenha (Novelis e Hindalco) e os moradores da região. Também foram feitas várias postagens com análises sobre o mercado do alumínio, políticas na área metalúrgica e sobre temas relacionados à defesa do meio ambiente.
Neste período também foram registradas uma Notificação Extrajudicial e uma Ação Judicial proposta pela empresa Novelis contra o responsável pelo blog. Nesta Ação, à propósito, a empresa já teve negada uma antecipação de tutela e um recurso de agravo. Em breve o "Operário Verde" espera noticiar aqui a vitória definitiva da sua liberdade da expressão e de opinão!
E assim, após mais de 10 mil acessos com origens em diversos países, o blog agradece aos seus leitores e colaboradores certo de que o trabalho aqui realizado contribui para a melhoria das condições de vida e moradia na região de Saramenha.
Muito obrigado!!!

Neste período também foram registradas uma Notificação Extrajudicial e uma Ação Judicial proposta pela empresa Novelis contra o responsável pelo blog. Nesta Ação, à propósito, a empresa já teve negada uma antecipação de tutela e um recurso de agravo. Em breve o "Operário Verde" espera noticiar aqui a vitória definitiva da sua liberdade da expressão e de opinão!
E assim, após mais de 10 mil acessos com origens em diversos países, o blog agradece aos seus leitores e colaboradores certo de que o trabalho aqui realizado contribui para a melhoria das condições de vida e moradia na região de Saramenha.
Muito obrigado!!!
Hindalco faz reunião com moradores da Vila Operária
No dia 18 de março de 2014 aconteceu mais uma reunião
da Associação de Moradores da Vila Operária (ACVO).
A pauta foi única com representantes da empresa Hindalco, que foram até lá para apresentar os projetos para a fábrica de alumina de Saramenha.
Os moradores presentes puderam esclarecer dúvidas e cobrar providências quanto aos incômodos causados pela poluição no bairro.
Foi acertado que a empresa manterá uma relação mais próxima com a comunidade priorizando a solução amigável de conflitos e, sobretudo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no bairro. A associação de bairro irá intermediar todas as reclamações e sugestões dos moradores, repassando-as à fábrica periodicamente. Do outro lado, qualquer anormalidade na fábrica será imediatamente comunicada pela empresa à associação, que repassará as informações aos moradores.
Mas gentilezas à parte, devidas apenas pela relação de vizinhança, o que pode ser observado na reunião foi a ausência de informações precisas sobre o que, de fato, será feito em Saramenha.
Os representantes da empresa falaram do grupo Atybia Birla, das suas operações mundo afora e do seu poderio econômico. Com relação à fabriqueta de Saramenha, apenas falaram do processo técnico de produção da alumina e sobre os prováveis empregos gerados. Não apresentaram valores de investimentos, projetos sociais e cronogramas. Fingiram desconhecer a Novelis e nada falaram sobre o futuro do alumínio.
Não se comprometeram em reduzir desde já a emissão de particulados sobre a Vila Operária e o mau cheiro que tanto incomoda a comunidade. Como se fossem novatos na região (ignorando que alguns lá estão há cerca de 30 anos), os funcionários da Hindalco pediram paciência e confiança à comunidade para que os problemas sejam gradualmente resolvidos, pois a empresa é "muito nova no país" e precisa aprimorar as suas instalações. Ora, será que não tiveram tempo pra se planejar nos quase 5 anos em que a fábrica de alumina esteve fechada?
Sinceramente, espero que não, mas acho cada vez mais que essa cisão da fábrica de Saramenha (mantendo-se o mesmo dono indiano) não passa de uma estratégia empresarial para o grupo Adytia Birla sair de Ouro Preto deixando para trás e nas mãos dos ouropretanos todos os prejuízos ambientais e sociais do encerramento da sua produção.
Certo mesmo é que o Operário Verde e diversos outros ouropretanos continuarão atentos e fiscalizando!
A pauta foi única com representantes da empresa Hindalco, que foram até lá para apresentar os projetos para a fábrica de alumina de Saramenha.
Os moradores presentes puderam esclarecer dúvidas e cobrar providências quanto aos incômodos causados pela poluição no bairro.
Foi acertado que a empresa manterá uma relação mais próxima com a comunidade priorizando a solução amigável de conflitos e, sobretudo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no bairro. A associação de bairro irá intermediar todas as reclamações e sugestões dos moradores, repassando-as à fábrica periodicamente. Do outro lado, qualquer anormalidade na fábrica será imediatamente comunicada pela empresa à associação, que repassará as informações aos moradores.
Mas gentilezas à parte, devidas apenas pela relação de vizinhança, o que pode ser observado na reunião foi a ausência de informações precisas sobre o que, de fato, será feito em Saramenha.
Os representantes da empresa falaram do grupo Atybia Birla, das suas operações mundo afora e do seu poderio econômico. Com relação à fabriqueta de Saramenha, apenas falaram do processo técnico de produção da alumina e sobre os prováveis empregos gerados. Não apresentaram valores de investimentos, projetos sociais e cronogramas. Fingiram desconhecer a Novelis e nada falaram sobre o futuro do alumínio.
Não se comprometeram em reduzir desde já a emissão de particulados sobre a Vila Operária e o mau cheiro que tanto incomoda a comunidade. Como se fossem novatos na região (ignorando que alguns lá estão há cerca de 30 anos), os funcionários da Hindalco pediram paciência e confiança à comunidade para que os problemas sejam gradualmente resolvidos, pois a empresa é "muito nova no país" e precisa aprimorar as suas instalações. Ora, será que não tiveram tempo pra se planejar nos quase 5 anos em que a fábrica de alumina esteve fechada?
Sinceramente, espero que não, mas acho cada vez mais que essa cisão da fábrica de Saramenha (mantendo-se o mesmo dono indiano) não passa de uma estratégia empresarial para o grupo Adytia Birla sair de Ouro Preto deixando para trás e nas mãos dos ouropretanos todos os prejuízos ambientais e sociais do encerramento da sua produção.
Certo mesmo é que o Operário Verde e diversos outros ouropretanos continuarão atentos e fiscalizando!
quinta-feira, 13 de março de 2014
Cenário complicado para o alumínio
A possibilidade de racionamento de energia no país preocupa a indústria do alumínio. A produção do metal consome grande quantidade do insumo, cujos custos são quase metade do custo total das empresas transformadoras. “Se houver falta de energia, isso pode aumentar o custo para as companhias e afetar a produção”, afirmou ao Valor Luiz Alberto Lopes, coordenador do Grupo Setorial de Alumínio Secundário da Abal.

Neste ano, a Abal espera a manutenção da produção no patamar do ano passado, que foi de 1,3 milhão de toneladas. O número foi 9,2% inferior ao de 2012, com redução justificada principalmente pelo alto custo da energia, que tornou inviável a produção em algumas unidades.
A queda do preço do metal (na bolsa de Londres, a LME) também pesou na decisão das companhias. No ano passado o alumínio caiu 13%, para US$ 1,8 mil a tonelada.
Com o alto custo da energia, associado ao baixo preço do alumínio, a indústria brasileira do metal teve três cortes de produção em 2013. Um deles na Alumar, operada pela Alcoa em consórcio com a BHP Billiton; outro pela Alcoa em sua unidade de Poços de Caldas (MG); e um da Novelis, em Ouro Preto (MG).
Como os cortes de produção foram feitos a partir de maio, o esperado seria um número ainda menor de produção neste ano, considerando 12 meses completos com as capacidades reduzidas. No entanto, a produção de 2014 vai depender da energia.
Há uma possibilidade de que parte da produção interrompida pela Alcoa seja retomada em algum momento, mas a empresa não deu nenhuma sinalização neste sentido. Isso poderia manter a produção no mesmo nível de 2013. A decisão da companhia, todavia, depende dos custos de energia e da situação do mercado.
A Alcoa tem 70% de autossuficiência em energia referente a participações em hidrelétricas e tem um contrato de fornecimento com a Eletronorte que vence em 31 de março. No ano passado, após longa negociação, as duas empresas chegaram a um acordo de suprimento de cerca de 200 MW da hidrelétrica de Tucuruí para a Alumar, com 11% de desconto. A tarifa ficou na faixa de US$ 58 o MWhora, acima da média mundial (US$ 40), segundo informou a Alcoa na ocasião.
Agora, a empresa precisa negociar esse pacote de energia com outras geradoras no país. A capacidade de produção do consórcio Alumar é de 455 mil toneladas ao ano. Atualmente, a produção está em torno de 300 mil toneladas.
A Votorantim Metais, com fundição em Alumínio (SP), também gera internamente 70% da energia que consome. Mesmo assim, está expostas aos riscos de falta de energia em suas hidrelétricas em uma situação de falta de chuvas.
Além do tema energético, as empresas de alumínio monitoram o mercado interno antes de tomar decisões. O preço do alumínio está em queda na LME, mas há grande preocupação com a redução do suprimento no mercado doméstico após os cortes de 2013. Quem compra o metal diz que o mercado ficou apertado. Se precisa de alumínio para entrega imediata, tem de pagar prêmio (preço cobrado acima do valor da LME), que já passa de US$ 600 a tonelada no país.
Fonte: Valor Econômico
segunda-feira, 10 de março de 2014
Monografias recentemente apresentadas na UFOP abordam a situação da fábrica de Saramenha
Recentemente, conforme já noticiado no blog, duas alunas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) abordaram a situação da fábrica de Saramenha em seus trabalhos de conclusão de curso.
Diante de tantas dúvidas e inseguranças, a população de Saramenha espera que esses trabalhos contribuam para a melhoria da qualidade de vida na região. Mais ainda, espera que a UFOP possa contribuir cada vez mais, em especial com um estudo epidemiológico sério e atual. Nós acreditamos nisso!
Parabéns às alunas pela qualidade do trabalho e, em especial, pela coragem de enfrentar os desafios decorrentes da relação ciência x sociedade x capital.
Para ler a monografia intitulada "Sustentabilidade Empresarial. Estudo de caso: indústria metalurgica do alumínio em Ouro Preto, MG", da aluna de Engenharia Ambiental Kênia Nassau Fernandes, clique aqui: https://drive.google.com/file/d/0B0DbwjCkPZUacFFDRVlMU3ZNcE0/edit?usp=sharing
Para ler a monografia intitulada "Reintegração de área urbana: desafios e potencialidades da desativação industrial. Estudo de caso Novelis, Saramenha, Ouro Preto/MG", da aluna de arquitetura Ana Rocha, clique aqui: https://1drv.ms/b/s!ArvCaylOz7nWjPUbscoZhIQAtsMhwQ?e=0QwJLz
Diante de tantas dúvidas e inseguranças, a população de Saramenha espera que esses trabalhos contribuam para a melhoria da qualidade de vida na região. Mais ainda, espera que a UFOP possa contribuir cada vez mais, em especial com um estudo epidemiológico sério e atual. Nós acreditamos nisso!
Parabéns às alunas pela qualidade do trabalho e, em especial, pela coragem de enfrentar os desafios decorrentes da relação ciência x sociedade x capital.
Para ler a monografia intitulada "Sustentabilidade Empresarial. Estudo de caso: indústria metalurgica do alumínio em Ouro Preto, MG", da aluna de Engenharia Ambiental Kênia Nassau Fernandes, clique aqui: https://drive.google.com/file/d/0B0DbwjCkPZUacFFDRVlMU3ZNcE0/edit?usp=sharing
Para ler a monografia intitulada "Reintegração de área urbana: desafios e potencialidades da desativação industrial. Estudo de caso Novelis, Saramenha, Ouro Preto/MG", da aluna de arquitetura Ana Rocha, clique aqui: https://1drv.ms/b/s!ArvCaylOz7nWjPUbscoZhIQAtsMhwQ?e=0QwJLz

Item 22 - 6ª Reunião Pública Ordinária ANEEL 25/02/2014
Item 22. Processo: 48100.000915/1994-11.
Assunto: Pedido de Reconsideração interposto pela Novelis do Brasil Ltda. em face do Despacho nº 2.178/2013, que declarou a perda de objeto do pedido de prorrogação de prazo da concessão Usina Hidrelétrica -- UHE Brito. Relator: Diretor Reive Barros dos Santos.
domingo, 9 de março de 2014
Instituto Mineiro de Gestão das Águas altera outorgas de uso de águas da Novelis para a Hindalco
As Superintendentes Regionais de Regularização Ambiental da Central Metropolitana, Noroeste de Minas e Alto São Francisco, por delegação de competência do Secretário de Estado de Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, nos termos da Resolução SEMAD nº 1280, de 04/03/2011, notifica aos interessados abaixo relacionados quanto às decisões proferidas nos processos administrativos de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos:
Retificações:
Retifica-se a portaria nº. 03468 publicada
dia 30/11/2012. Onde se lê:
Outorgado: Novelis do Brasil Ltda. CNPJ: 60.561.800/0030-48 – Leia-se:
Outorgado: Hindalco do Brasil Indústria e Comércio de Alumina Ltda. CNPJ:
17.720.994/0001-13. Município: Ouro Preto – MG.
Retifica-se a portaria nº. 03470 publicada
dia 30/11/2012. Onde se lê: Outorgado:
Novelis do Brasil Ltda. CNPJ: 60.561.800/0030-48. Leia-se: Outorgado: Hindalco
do Brasil Indústria e Comércio de Alumina Ltda. CNPJ: 17.720.994/0001-13.
Município: Ouro Preto – MG.
Retifica-se a portaria nº. 01325 publicada
dia 29/05/2009. Onde se lê:
Outorgado: Novellis do Brasil. CNPJ: 60.561.800/0030-48. Leia-se: Outorgado:
Hindalco do Brasil Indústria e Comércio de Alumina Ltda. CNPJ:
17.720.994/0001-13. Município: Ouro Preto – MG.
Retifica-se a portaria nº. 01096 publicada
dia 07/05/2009. Onde se lê:
Outorgado: Novelis do Brasil Ltda. CNPJ: 60.561.800/0030-48. Leia-se Outorgado:
Hindalco do Brasil Indústria e Comércio de Alumina Ltda. CNPJ:
17.720.994/0001-13. Município: Ouro Preto – MG.
Informação extraída do Diário Oficial: http://jornal.iof.mg.gov.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/113819/caderno1_2014-02-11%2024.pdf?sequence=1
Informação extraída do Diário Oficial: http://jornal.iof.mg.gov.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/113819/caderno1_2014-02-11%2024.pdf?sequence=1

Reexistências na luta pelo lugar: Uma análise da hidrelétrica Candonga na Zona da Mata Mineira
Resumo: O artigo apresenta uma análise das
contradições erigidas entre o reassentamento do Novo Soberbo, planejado
pelo Setor Elétrico, e a realidade dos reassentados, atingidos pela
hidrelétrica Candonga. As contradições existentes na relação
reassentados/reassentamento expressam a oposição entre dois modos
distintos de apropriar e significar o espaço: de um lado a racionalidade
técnica e economicista do Consórcio Candonga, manifesta na concepção do
reassentamento, em sua estruturação citadina; e de outro lado as
práticas e representações dos atingidos, vinculadas a um modo de vida
essencialmente rural. O reassentamento, como técnica para solução dos
impactos originários do processo de deslocamento compulsório, engendra
novas opressões e ameaças à reprodução da vida dos atingidos. Frente à
desestruturação do modo de vida dos reassentados surgem mobilizações,
resistências e reexistência na luta pelo lugar.
Clique aqui e leia todo o artigo: http://rccs.revues.org/5232
Clique aqui e leia todo o artigo: http://rccs.revues.org/5232

Acórdão 4.105/13/CE do Conselho de Contribuintes do Estado de Minas Gerais
DIFERIMENTO – DESCARACTERIZAÇÃO - ENCERRAMENTO - MERCADORIA DESTINADA A USO/CONSUMO. Constatou-se que a Autuada deixou de recolher o ICMS devido sobre a parcela de energia elétrica utilizada em equipamento (lavador a seco e exaustor) cuja função, primordial, é a remoção de fumaça resultante do processo industrial segundo os padrões da legislação ambiental. Configurada a hipótese de encerramento do diferimento prevista no art. 12, inciso IV da Parte Geral do RICMS/02. Corretas as exigências de ICMS e Multa de Revalidação prevista no art. 56, inciso II da Lei nº 6.763/75. Crédito tributário reformulado para excluir as exigências relativas ao período de paralisação do equipamento e, ainda, para excluir as exigências relativas ao percentual de energia elétrica consumida, no Sistema Dry Scrubber, para produção de matéria-prima a ser utilizada na linha de produção do estabelecimento. Reformada a decisão recorrida. Recurso de Revisão conhecido à unanimidade e parcialmente provido pelo voto de qualidade.
Vide em: http://www.fazenda.mg.gov.br/secretaria/conselho_contribuintes/acordaos/2013/s/410513ce.pdf
Publicado no Diário Oficial em 15/8/2013.
quinta-feira, 6 de março de 2014
Paraguai tenta atrair indústrias brasileiras com energia barata de Itaipu
A matéria abaixo é de 2011, mas pelo que temos ouvido por aí parece ainda estar super atual. Vale a reflexão e a observação. Disponível em: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=8054&id_tipo=2&id_secao=17
Segundo Fernando Umbria, da Abrace, na lista de avaliação sobre a possibilidade de seguir para o Paraguai está a Novelis, uma das principais companhias mundiais de produtos transformados de alumínio. Recentemente, a companhia encerrou as atividades na Bahia justamente por conta do preço elevado da energia. O valor pago ficou superior ao custo da produção.
Grandes consumidores veem alternativa no país devido às altas tarifas cobradas no Brasil; Abrace alerta para desindustrialização
Por Ivonete Dainese
O Brasil, segundo levantamento feito
por entidades ligadas ao setor industrial, como a Conferação Nacional
da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), associações de classe e sindicatos, vem passando por um
processo grave de desindustrialização. Um dos fatores que estavam
provocando esse processo era o crescimento econômico acelerado da China.
Porém, um novo movimento na indústria brasileira está contribuindo para
aumentar a desindustrialização: o alto preço da energia elétrica.
Segundo a Associação Brasileira de
Grandes Consumidores de Energia Industriais de Energia e Consumidores
Livres (Abrace), grandes empresas brasileiras estão seguindo,
principalmente, para o Paraguai e o Uruguai para instalar novas plantas
se beneficiando de tarifas mais baratas nesses países.

"O foco no país vizinho (Paraguai) se dá
porque a energia elétrica gerada por Itaipu é mais barata. O segmento
de alumínio, por exemplo, já tem a Rio Tinto Alcan (que migrou). Sabemos
também de uma outra de celulose que está seguindo para o Uruguai", diz o
assessor da diretoria da Abrace, Fernando Umbria.
Para a Câmara de Comércio Brasil -
Paraguai, existe uma lista de empresas brasileiras que devem seguir para
o país vizinho em 2012. "Nos últimos oito anos, uma série de fatores
contribuiu para que as indústrias seguissem para lá, principalmente
aquelas que têm a energia elétrica como matéria prima", comenta o
presidente da Câmara, Eulógio Kñonez.
O crescente movimento já contribuiu para
alavancar o Produto Interno Bruto (PIB) paraguaio, que cresceu 15% no
ano passado. "A meta do governo é a de atingir os 10% em 2012", aponta
Kñonez. Nesse sentido, o paraguaio destaca que será realizado um evento
em São Paulo nesta terça-feira (25/10), o Paraguay Invest. O objetivo é
apresentar as oportunidades de investimento no outro lado da fronteira e
atrair o interesse de companhias brasileiras de diversos setores.
Segundo o presidente da Câmara, durante o
evento serão adiantadas informações sobre um plano da Ande, estatal de
energia do País, que "vai estudar uma redução ainda maior no preço da
energia para as empresas que seguirem para o Paraguai". "O país já ocupa
o terceiro lugar entre os maiores produtores de soja do Mercosul e o
quinto no setor agropenegócios. Queremos crescer, fortalecer o Mercosul
e afastar as indústrias do avanço da China", completa.
Pelo Tratado de Itaipu, firmado em 1973,
cada um dos dois países tem direito a usar 50% da energia gerada pela
hidrelétrica - a maior do mundo em geração. Como o Paraguai utiliza
apenas 5% da energia gerada, o restante é vendido ao Brasil. Itaipu, com
potência de 14 mil MW, responde por 19% da energia consumida no País e a
91% do consumo paraguaio
Mais migrações
Segundo Fernando Umbria, da Abrace, na lista de avaliação sobre a possibilidade de seguir para o Paraguai está a Novelis, uma das principais companhias mundiais de produtos transformados de alumínio. Recentemente, a companhia encerrou as atividades na Bahia justamente por conta do preço elevado da energia. O valor pago ficou superior ao custo da produção.
A Companhia Brasileira de Alumínio
(CBA), também estuda a saída do Brasil para Trinidad Tobango. "Para se
ter noção de que a desindustrialização está ocorrendo, em 2009 o Brasil
importou 17 mil toneladas de alumínio . Em 2010, esse número chegou a 77
mil e para esse ano, o volume deverá ser ainda maior. Outro dado é que
nos últimos 25 anos, não se instala no Brasil nenhuma indústria desse
segmento", lista Umbria.
Recentemente, foi aprovada a revisão do
Tratado de Itaipu que determinou aumento da taxa anual de cessão paga
pelo Brasil ao Paraguai - o salto foi de US$ 120 milhões para US$ 360
milhões."Acompanhamos essa revisão com muita preocupação. E o que
estamos acompanhando é que o governo não deu muita consideração ao tema.
Outras indústrias que consomem muita energia, com toda certeza, devem
seguir o mesmo caminho (rumo ao país vizinho)", finaliza Umbria.
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