No dia 18 de março de 2014 aconteceu mais uma reunião
da Associação de Moradores da Vila Operária (ACVO).
A pauta foi única
com representantes da empresa Hindalco, que foram até lá para apresentar os projetos para a
fábrica de alumina de Saramenha.
Os moradores presentes
puderam esclarecer dúvidas e cobrar providências quanto aos incômodos
causados pela poluição no bairro.
Foi acertado que a empresa
manterá uma relação mais próxima com a comunidade priorizando a solução
amigável de conflitos e, sobretudo, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida no bairro. A associação de bairro irá intermediar
todas as reclamações e sugestões dos moradores, repassando-as à fábrica
periodicamente. Do outro lado, qualquer anormalidade na fábrica será
imediatamente comunicada pela empresa à associação, que repassará as
informações aos moradores.
Mas gentilezas à parte, devidas apenas pela relação de vizinhança, o que pode ser observado na reunião foi a ausência de informações precisas sobre o que, de fato, será feito em Saramenha.
Os representantes da empresa falaram do grupo Atybia Birla, das suas operações mundo afora e do seu poderio econômico. Com relação à fabriqueta de Saramenha, apenas falaram do processo técnico de produção da alumina e sobre os prováveis empregos gerados. Não apresentaram valores de investimentos, projetos sociais e cronogramas. Fingiram desconhecer a Novelis e nada falaram sobre o futuro do alumínio.
Não se comprometeram em reduzir desde já a emissão de particulados sobre a Vila Operária e o mau cheiro que tanto incomoda a comunidade. Como se fossem novatos na região (ignorando que alguns lá estão há cerca de 30 anos), os funcionários da Hindalco pediram paciência e confiança à comunidade para que os problemas sejam gradualmente resolvidos, pois a empresa é "muito nova no país" e precisa aprimorar as suas instalações. Ora, será que não tiveram tempo pra se planejar nos quase 5 anos em que a fábrica de alumina esteve fechada?
Sinceramente, espero que não, mas acho cada vez mais que essa cisão da fábrica de Saramenha (mantendo-se o mesmo dono indiano) não passa de uma estratégia empresarial para o grupo Adytia Birla sair de Ouro Preto deixando para trás e nas mãos dos ouropretanos todos os prejuízos ambientais e sociais do encerramento da sua produção.
Certo mesmo é que o Operário Verde e diversos outros ouropretanos continuarão atentos e fiscalizando!
Que pena,ver tanta gente boa da Vila Operária sendo iludidas por esse tipo de gente da Hindalco, e o que dizer deste que conduz a reunião, meu pai! meu Deus!
ResponderExcluirÉ muita crueldade com essa gente tão generosa, boa e que neste tipo de reunião
sofre um verdadeiro esculacho.
Esse aí vai ganhar tapinha nas costas e rir depois do povo da Vila: -"Passei melzinho na boca deles", meu Deus, Meu pai, olhai, olhai.........o povo da nossa vila.